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CurtinhasdoLeleco #142 – Não Se Mexa (2024)

não se mexa

• Terror paralisante

Após receber ajuda de um desconhecido, Iris cai em uma armadilha e precisa encontrar um jeito de escapar, apesar de não conseguir se mover.

Tá procurando por um filme na Netflix que, apesar dos clichês e conveniências narrativas, vai te deixar imerso do começo ao fim? Não Se Mexa é a pedida certa. Dirigido por Adam Schindler e Brian Netto, o longa demora alguns minutos pra engrenar, mas, quando o faz, cumpre o seu propósito de criar uma história tensa em que a protagonista precisa fugir de uma espécie de cativeiro interno – algo parecido com o que faz o filme Fuja. Também vi semelhanças com American Horror Story, mas talvez seja por causa do ator Finn Wittrock.

No cinema, já vimos personagens tendo que evitar falar, olhar pra cima, respirar, entre outras proibições. Desta vez, o problema é o movimento. O máximo que Iris consegue fazer é piscar os olhos. Como avisar a outras pessoas que ela tá ao lado de um serial killer, sendo incapaz de se comunicar pela fala ou por gestos? Essa impotência é a chave pra que o filme nos cause agonia. Nesse ponto, Não Se Mexa é ótimo.

A dupla central faz o suficiente pra gerar as sensações necessárias. Iris (Kelsey Chow) perdeu o filho e demonstra fragilidade na superfície, mas revela ter uma força de espírito impressionante. Richard (Finn Wittrock) é um charmoso homem que mostra, a cada cena, a sua verdadeira face. Não são arquétipos originais, mas funcionam.

Quanto ao restante da trama, é necessário relevar alguns elementos pra poder aproveitar o que o filme quer passar. É quase uma regra implícita deste subgênero do terror que os personagens tenham tanta inteligência quanto uma casca de noz. Isso é algo que me incomodou em alguns momentos de Não Se Mexa, mas, pra ser justo, até achei que ocorreu menos do que já vi em outras obras.

Não Se Mexa é um filme paralisante em que escapar da ameaça principal demanda muito mais esperteza por parte da protagonista. A dupla de personagens principais é boa e a história consegue transmitir o medo de não poder fazer nada pra se salvar, ainda que caia constantemente nas convenções do gênero.

Ai, que aflição

 

Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: Glossário do Leleco

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Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou do filme. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?

Publicado por Luiz Felipe Mendes

Fundador do blog Pitacos do Leleco e referência internacional no mundo do entretenimento (com alguns poucos exageros, é claro).