• Passado sangrento

No ano passado, surgiu o filme X – A Marca da Morte, com uma trama ousada que misturou sangue, perseguição, pornografia e drama, tudo isso com uma ambientação setentista. Inclusive, já escrevi sobre ele aqui no blog. Após uma boa recepção por parte de público e crítica, a obra ganhou uma sequência cujo enredo se passa antes dos eventos do título inicial. Essa sequência é Pearl, que consegue ser melhor do que o antecessor.

Para assistir a este filme, não é estritamente necessário ter visto X, mas obviamente fica mais legal quando se tem a experiência completa. O roteiro conta a história da jovem Pearl, que vive com os pais em uma fazenda dos EUA. O sonho da garota é ser uma estrela, como a própria diz, mas para isso precisa superar as barreiras da época e da própria família. Paralelamente, Pearl tenta compreender os seus impulsos assassinos que vão ficando cada vez mais preocupantes.

Pearl também se encaixa no slasher, mas de uma forma diferente de X. No primeiro filme, nós espectadores acompanhamos uma jornada com grande enfoque no sexo, antes de se abrir completamente para uma sequência de assassinatos. Em Pearl, isso é mais sutil, e as mortes são mais um aperitivo do que o prato principal.

Isso quer dizer que o grande trunfo de Pearl está na construção da protagonista. Afinal, a dita cuja possui algumas características que nos fazem simpatizar por ela, apesar de tudo. A personagem é limitada o tempo todo pelas convenções sociais da época, e o seu sonho chega a beirar a inocência. É claro, antes de se tornar uma obsessão.

A cereja do bolo, que pode ser considerado o recheio inteiro, é a interpretação de Mia Goth. A neta da atriz brasileira Maria Gladys domina completamente as cenas, e chega ao ápice em um complicado monólogo de seis minutos.

Em suma, Pearl é uma interessante trajetória pela mente de uma psicopata fictícia. Possui tons de tragédia, suspense e terror, que dão os contornos de uma sólida obra. Em comparação com X, é um filme mais cadenciado, mas a recompensa é igualmente satisfatória. Nota final: 4,0/5.

Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: Glossário do Leleco

Nota nº 2: quer conhecer melhor a história do blog e os critérios utilizados? Seus problemas acabaram!! É fácil, só acessar esse link: Wiki do Leleco

Nota nº 3: pra saber sobre quais filmes eu já fiz críticas no blog, é só clicar aqui: Guia do Leleco: Filmes

Nota nº 4: sabia que eu agora tenho um canal no YouTube? Não? Então corre lá pra ver, uai: Pitacos do Leleco

Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou do filme. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?