• A caixa de Pandora
Mais de dez anos após o lançamento do primeiro filme, Avatar: O Caminho da Água chegou aos cinemas com a promessa de fornecer um novo espetáculo audiovisual. Novamente com direção de James Cameron, o longa volta a impressionar pela construção de mundo, mas oferece uma história rasa diante de profundas águas azuis.
Assim como na vida real, se passou uma década desde os eventos do filme de 2009. Jake Sully vive em paz com sua esposa Neytiri, e juntos os dois cuidam de quatro filhos. Pandora está novamente em um período de estabilidade, até que os humanos retornam da Terra para uma segunda investida contra os Na’vi.
O 3D de Avatar: O Caminho da Água é belíssimo, e as paisagens são impressionantes. Pandora parece mais viva do que nunca, com uma biologia própria e uma construção de mundo que enche os olhos e os ouvidos. A imersão é ainda maior do que no primeiro filme, e os cenários marítimos são estonteantes.
Porém, é preciso entender uma coisa para aproveitar Avatar: O Caminho da Água em toda a sua plenitude: ele não é um filme comum. Frequentemente, quando a gente acompanha um longa, a trama é o principal alicerce. Aqui, as coisas são diferentes. O enredo é apenas um detalhe, pois o real foco do filme é a jornada pelas águas.
Por isso, é totalmente possível se decepcionar com a história. Afinal de contas, ela é pouco inspirada. Elementos excessivos são importados do primeiro filme, com poucas modificações. Personagens antigos voltam com desculpas esfarrapadas do roteiro, e agora a obra claramente está se enxergando como franquia, e não mais como um filme.
Preguiças narrativas à parte, Avatar: O Caminho da Água é um excelente protótipo de mundo, um deleite para os sentidos e contém um universo tão vivo que nos faz esquecer da nossa própria realidade. É imersivo e criativo, fazendo-nos mergulhar de cabeça naquele cenário.
Portanto, se você está buscando uma jornada mais sensorial, com certeza o novo longa de James Cameron vai te agradar. No entanto, se a trama é o elemento mais importante pra você, é provável que a experiência perca um pouco de força. Nota final: 3,5/5.
Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: Glossário do Leleco
Nota nº 2: quer conhecer melhor a história do blog e os critérios utilizados? Seus problemas acabaram!! É fácil, só acessar esse link: Wiki do Leleco
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