• Genocídio silencioso
É bem difícil fazer uma crítica curta sobre um filme de 3h30, mas vou tentar. Na primeira participação do Brenno Mitchell como o mais novo participante do grupo, fomos todos ao cinema encarar o novo trabalho do renomado diretor Martin Scorsese.
Nos EUA do início do século XX, a nação indígena Osage controla as terras de Oklahoma, enriquecendo-se através do mercado de petróleo. Porém, os colonizadores dão início a um projeto de eliminação dos nativos, pra assim conseguir as concessões daqueles lugares.
Com Leonardo DiCaprio e Robert De Niro no comando do elenco, uma das pessoas que mais brilham no filme é Lily Gladstone. Com uma atuação contida e poderosa, ela serve como o baluarte de integridade em uma história caracterizada por indivíduos ardilosos. O desenvolvimento de personagens, inclusive, é um dos grandes trunfos da história, ainda que o excesso de nomes às vezes atrapalhe a identificação geral.
A trilha sonora é fantástica, com uma melodia repetitiva e constante, dando a sensação de que algo ruim tá sempre prestes a acontecer. As atuações estão maravilhosas, até mesmo as de intérpretes com menor participação. A fotografia também chama a atenção, com locações abertas e uma construção de mundo que nos deixa vidrados.
Sobre a longa duração do filme, eu praticamente não senti o tempo passando, e vi duas vezes no cinema (o que me ajudou a pegar ainda mais detalhes). A narrativa tende a ser lenta em alguns momentos, mas não a julguei como “enrolada”. Scorsese utiliza o tempo que julga necessário pra colocar em tela diferentes discussões, com uma montagem magistral de Thelma Schoonmaker, vencedora de três Oscars.
Na principal premiação do cinema, aliás, acredito que a nova obra de Scorsese deve receber várias indicações, com grandes chances de vencer nas categorias de roteiro, edição, atuações, direção e até mesmo como Melhor Filme.
Assassinos da Lua das Flores é um filme denso, incrustado de detalhes e de temática complexa, que não hesita em abordar de maneira crua um contexto de genocídio e subverter noções de protagonismo em um drama de inúmeros focos.
NOTAS
Leleco: 4,5/5
Brenno: 4,5/5
Pedro: 4,5/5
Ricardo: 4,5/5
Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: Glossário do Leleco
Nota nº 2: quer conhecer melhor a história do blog e os critérios utilizados? Seus problemas acabaram!! É fácil, só acessar esse link: Wiki do Leleco
Nota nº 3: pra saber sobre quais filmes eu já fiz críticas no blog, é só clicar aqui: Guia do Leleco: Filmes
Nota nº 4: sabia que eu agora tenho um canal no YouTube? Não? Então corre lá pra ver, uai: Pitacos do Leleco
Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou do filme. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?
