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CurtinhasdoLeleco #156 – Flow (2024)

flow

• A arca de Noé

Um gato é obrigado a se refugiar em um pequeno barco, ao lado de outros animais, quando um dilúvio de repente atinge o planeta.

Na minha bolha cinéfila, Flow é um dos filmes mais comentados do ano passado. Pode até não ser tão conhecido assim pelo público geral, em comparação a Divertida Mente 2 e até Robô Selvagem, por exemplo, que têm grandes estúdios por trás. Esta animação aqui sequer é dos EUA; foi produzida na Lituânia e foge bastante do padrão de Hollywood que a gente conhece.

Normalmente, quando vou analisar animações, a primeira coisa que me chama a atenção é a parte visual. Nisso, Flow se destaca imensamente. Os traços são muito bonitos e o comportamento dos animais é incrível, ainda mais pra quem, assim como eu, tem gato em casa. Na parte sonora, a trilha apresenta uma sinergia impressionante com o enredo, algo que fica ainda mais evidente pelo fato do filme não ter diálogos.

Sim, Flow não tem diálogos. Os únicos sons que saem da boca dos animais são aqueles normalmente emitidos na vida real. Como não é algo tão comum assim no gênero, quando a gente traz pra discussão os filmes da Disney, Pixar e DreamWorks, esse acaba sendo um charme bem único da produção europeia. Os sentimentos dos personagens (capivara, eu te amo!) não são traduzidos em palavras, mas sim por seus timbres, expressões e reações ao ambiente em que se encontram.

Acredito que a palavra “delicado” descreve perfeitamente o que eu acho de Flow. A trama também sustenta essa mesma qualidade. O filme não tem ápices e nem momentos feitos pra gente se emocionar, às vezes até de forma apelativa. Mesmo assim, é um enredo muito bonito e recheado de mensagens sobre como a vida em comunidade é essencial pra sobrevivência, sobretudo em um contexto de tragédia.

Flow é uma animação encantadora e vai te atingir de um jeito especial, caso você tenha uma relação mais profunda com a natureza e os animais. Mesmo se não for o caso, tenho certeza de que as chances de o filme te fisgar são altas. A ausência de falas passa longe de ser um demérito, pelo contrário – é uma das características mais marcantes do projeto.

Melhores amigos pelas circunstâncias

 

Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: Glossário do Leleco

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Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou do filme. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?

Publicado por Luiz Felipe Mendes

Fundador do blog Pitacos do Leleco e referência internacional no mundo do entretenimento (com alguns poucos exageros, é claro).