Ação, Filmes, Jason Bourne

Jason Bourne #01 a #03 – Identidade, Supremacia e Ultimato (2002-07)

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• Quem sou eu?

Eu sigo firme e forte na minha missão de conhecer as principais franquias de ação do cinema. Já escrevi sobre quase todos os filmes de Missão Impossível, a saga completa de Duro de Matar, tudo sobre Velozes e Furiosos e até comecei a maratonar 007, embora tenha parado. Agora é a vez de Jason Bourne. Antes de escrever este pitaco, eu não havia assistido nada dele. Então vem comigo pra gente conversar um pouquinho sobre os três primeiros filmes, protagonizados por Matt Damon.

 

A Identidade Bourne (2002) – Sem nome

Um homem é encontrado em alto mar por pescadores. Quando acorda, ele não se lembra da própria identidade, mas tem um chip implantado no corpo com uma conta bancária. Em busca de conhecer mais a própria história, ele se junta a uma viajante e tenta fugir de assassinos contratados para matá-lo.

Eu gosto muito desse tipo de história, em que o protagonista sabe tanto sobre si mesmo quanto a gente. Isso ajuda na construção do mistério, e A Identidade Bourne faz isso muito bem. O carismático ator Matt Damon sabe como controlar o personagem nas partes mais dramáticas, e as cenas de ação são bem legais de assistir, sobretudo as perseguições de carro. É natural comparar este filme com a franquia Missão Impossível, porque aqui também temos um homem lutando contra o sistema que deveria protegê-lo. Ainda assim, há características próprias, como um maior foco no suspense.

A Identidade Bourne é um bom filme de ação, com um protagonista marcante e vilões convincentes. Ele seria ainda melhor se o roteiro não forçasse um romance totalmente desnecessário – a personagem Marie é bem introduzida, mas fica tempo demais na trama e possui um desenvolvimento mal feito e que não se justifica. Odeio a mania que Hollywood tem de querer sempre colocar uma interação amorosa, até quando isso não faz sentido. Mas beleza, ainda assim isso não estraga o longa, só impede que ele seja mais redondinho.

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A Supremacia Bourne (2004) – Não mexe com quem tá quieto

Jason Bourne e Marie vivem escondidos em uma cidade na Índia. Dois anos de paz são interrompidos quando Jason é recolocado em uma trilha de sangue por um misterioso atirador e uma conspiração com o objetivo de incriminá-lo.

O segundo filme de Jason Bourne é tão bom quanto o primeiro, possivelmente até melhor. Todas as características de A Identidade Bourne estão presentes aqui, para o bem ou para o mal. No lado negativo, eu não gostei muito da câmera tremida do diretor Paul Greengrass e de seu excesso de cortes. Isso torna as sequências de ação mais confusas e menos dinâmicas. No primeiro filme, dirigido por Doug Liman, até senti um pouco disso, mas no segundo ficou pior. Há uma cena de luta em um apartamento em que eu não entendi praticamente nada. Quanto às sequências de perseguição de carro, eu também achei melhor no primeiro filme, apesar de eu tirar o chapéu pra como a franquia não economiza na hora de fazer o protagonista destruir o próprio veículo. Mesmo assim, a história é mais regular, principalmente porque não há mais forçação de barra com um romance dispensável.

A Supremacia Bourne dá continuidade ao que foi feito no filme anterior, mantendo a essência e corrigindo algumas partes narrativas. Não sou muito fã de como as coisas se resolvem no final (achei meio preguiçoso) e o antagonista russo é bem mal trabalhado. Por outro lado, o atirador interpretado pelo ator do Billy Butcher é muito massa e a personagem Pamela Landy é uma grata surpresa. No balanço das coisas, é uma sequência que, no mínimo, mantém o nível de sua antecessora.

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O Ultimato Bourne (2007) – Queima de arquivos

Enquanto continua fugindo das autoridades dos Estados Unidos, Jason Bourne dá passos importantes rumo à descoberta de sua própria identidade. Mas, para confrontar o seu passado, precisará sobreviver ao presente.

Eu nunca vi uma franquia com filmes tão parecidos uns com os outros. As três primeiras incursões de Jason Bourne poderiam facilmente fazer parte da temporada de uma série, de tão semelhantes que são as tramas. Normalmente, em uma saga de ação, temos histórias independentes entre os longas, por mais que haja uma cronologia unindo-os. Neste caso, são continuidades diretas com uma estrutura narrativa que pouco se diferencia. Por um lado, isso é bom, porque mantém o nível dos filmes. Por outro, faz com que eles percam um pouco do senso de novidade. O Ultimato Bourne ensaia ir por um caminho diferente ao introduzir o arco de um jornalista, que, por sinal, rende pra mim a melhor sequência da saga até aqui. Porém, com o passar do tempo, o roteiro entra na zona de conforto e faz coisas que já vimos antes.

O Ultimato Bourne é provavelmente o melhor dos três primeiros filmes, porque desenvolve uma dinâmica diferente no primeiro ato e no começo do segundo, e a direção de Paul Greengrass tá bem menos irregular. Matt Damon tá mais à vontade do que nunca no papel e tecnicamente é um longa de ação com cenas marcantes. Poderia ter ido além, mas é um bom entretenimento, assim como os anteriores.

Farmando aura

 

CURIOSIDADES

  • O sobrenome Bourne vem do pregador Ansel Bourne. Em 1887, ele se esqueceu quem era e adotou o sobrenome Brown. Três meses depois, lembrou de tudo como Bourne e se esqueceu de tudo como Brown.
  • Ao contrário dos filmes de James Bond na franquia 007, todos os equipamentos utilizados por Jason Bourne existem na vida real e podem ser adquiridos por um cidadão comum.
  • O Ultimato Bourne venceu todas as três categorias que disputou no Oscar: Melhor Montagem, Melhor Mixagem de Som e Melhor Edição de Som. Os demais filmes da franquia sequer foram indicados.

 

FICHA TÉCNICA

Nome original: The Bourne Identity
Duração: 1h59
Países: República Tcheca, Alemanha, EUA
Direção: Doug Liman
Elenco principal: Matt Damon, Franka Potente, Chris Cooper, Clive Owen, Brian Cox, Adewale Akinnuoye-Agbaje, Julia Stiles, Gabriel Mann, Walton Goggins

FICHA TÉCNICA

Nome original: The Bourne Supremacy
Duração: 1h48
Países: EUA, Alemanha, Índia, Rússia
Direção: Paul Greengrass
Elenco principal: Matt Damon, Joan Allen, Brian Cox, Julia Stiles, Franka Potente, Karl Urban, Gabriel Mann, Marton Csokas, Patrick Crowley

FICHA TÉCNICA

Nome original: The Bourne Ultimatum
Duração: 1h55
Países: EUA, Alemanha, França, Espanha
Direção: Paul Greengrass
Elenco principal: Matt Damon, Joan Allen, Julia Stiles, David Strathairn, Edgar Ramírez, Albert Finney, Scott Glenn, Paddy Considine, Joey Ansah

 

Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: Glossário do Leleco

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Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê acha dos filmes. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?

Publicado por Luiz Felipe Mendes

Fundador do blog Pitacos do Leleco e referência internacional no mundo do entretenimento (com alguns poucos exageros, é claro).