• Nada demais

Certo, eu preciso deixar uma coisa bem clara aqui. A história real por trás deste filme é controversa. Os feitos da protagonista não são totalmente reconhecidos e há certos elementos nebulosos que até hoje geram polêmica. Porém, eu não sou especialista no assunto, e nem me proponho a ser. Portanto, vou analisar este filme apenas pelo que ele é: um filme.

Diana Nyad é uma exímia nadadora que tenta percorrer o mar entre Cuba e a Flórida, em uma jornada de mais de 150 km. No auge de sua forma física, ela falha. Contudo, aos 60 anos de idade, a mulher decide fazer uma nova investida, apostando na sua força mental como principal trunfo.

As atrizes Annette Bening e Jodie Foster são os maiores pontos positivos de Nyad. As duas ostentam grandes interpretações, e acho que suas indicações ao Oscar passam longe de ser um absurdo. Este é um filme que fala sobre levar o corpo ao limite, e a habilidade dramática precisa estar em dia. E acreditem, as personagens principais não decepcionam.

A trama é estressante, no sentido de que nós, como espectadores, ficamos com uma agonia crescente de ver uma nadadora passar por tantos percalços, tais quais animais marinhos, correntes inesperadas e tempestades. Em certo ponto, os mergulhos de Nyad ficam meio repetitivos, mas em geral cumprem o papel de nos fazer torcer para que o sonho da protagonista se realize, apesar de todas as adversidades.

Quando Nyad precisa focar em qualquer coisa que não tenha a ver com barcos, óculos de natação e voltas por cima, o roteiro dá pistas de que está mais inserido na superfície do que nas águas profundas. Os personagens são rasos e as ondas narrativas seguem um caminho protocolar, sem inventar muito. Resumindo, o filme vai bem na parte prática, mas não possui um bom desenvolvimento de personagens.

Nyad pode até não ser uma história comprometida com a veracidade dos fatos que representa, mas isso foge do meu escopo. Como trama motivacional, dando atenção especial à mensagem de que ninguém nunca está velho demais pra sonhar, o filme me agradou bastante. Não vai além, mas tal abordagem talvez nem exigisse tanto assim.

Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: Glossário do Leleco

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Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou do filme. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?