• Lisan al Gaib
Mesmo com pouco tempo de existência, já podemos dizer que Duna: Parte 2 é um fenômeno. Notas altíssimas nas plataformas de avaliação de filmes, boa bilheteria, sucesso com público e crítica… mas será que ele é bom mesmo?
Depois de escaparem com vida da batalha em Arrakis, Paul e sua mãe começam a aprender os hábitos dos Fremen, que vivem no deserto daquele planeta. Rapidamente, Paul se torna uma figura de liderança e dá início a uma jornada de revolução contra o Império.
Denis Villeneuve sabe como dirigir um espetáculo audiovisual. Blade Runner 2049, A Chegada, Duna: não faltam exemplos do talento do cineasta com esse tipo de abordagem. Em Duna: Parte 2, ele acerta novamente, embalado pela sensacional trilha sonora de Hans Zimmer.
A narrativa, que foi um grande problema no primeiro filme, melhora muito no segundo. A trama se desenrola de maneira mais direta, o enredo é mais claro e os personagens são mais desenvolvidos, fazendo a gente se importar com eles bem mais do que antes. A inserção de novas caras também ajuda, em um elenco bastante estrelado.
Acho que o maior problema de Duna: Parte 2 é a administração do tempo de sua duração. A primeira hora do filme é focada na cultura cotidiana dos Fremen, com um ritmo mais cadenciado. Lá pra metade, um novo personagem importante é introduzido, e a partir dali tudo caminha rápido demais. Pelo jeito foi só comigo, mas eu senti que a construção da tensão de um certo duelo se iniciou de maneira um pouco tardia, e a guerra em si poderia ter se estendido mais, a fim de valorizá-la.
Não há como negar: o segundo capítulo de Duna é um filmão. Acima de tudo, é uma aula de cinema no sentido mais primordial da palavra, destacando-se como experiência sensorial. O arco religioso do filme é incrível, e eu fiquei muito impressionado com a atuação de Timothée Chalamet. Rebecca Ferguson também tá maravilhosa.
Duna: Parte 2 é definitivamente melhor do que o primeiro e compõe uma ficção científica quase irretocável. Tenho meus problemas com certos aspectos da montagem e uma falta de dosagem no ritmo do longa, mas é sim um excelente filme.
Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: Glossário do Leleco
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