• Peões corporativos
Neste ano, eu decidi embarcar no jogo Cyberpunk 2077, após meu amigo Daniel me emprestar o Xbox Series X e insistir pra que eu investisse meu tempo no game. A princípio, eu fiquei um pouco hesitante se começava ou não, porque estava um pouco cansado de histórias gigantescas de mundo aberto. No final das contas, acabei aceitando e passei cerca de 100 horas no universo de Night City. Diante de um jogão desse, não teria como o anime Cyberpunk: Mercenários passar batido.
Sinopse
Um ano antes dos eventos do jogo Cyberpunk 2077, o humilde David Martinez tenta deslanchar na Academia Arasaka, uma escola com alunos de alto padrão. Quando uma tragédia acontece, David é forçado a morar na rua e levar uma turbulenta vida de mercenário.
Crítica
Pra começo de conversa, caso tenha caído aqui de paraquedas, você não precisa ter necessariamente jogado Cyberpunk 2077 para assistir Mercenários. Obviamente, fica muito mais legal se o fizer, porque tem muitas referências e contextos que você acaba perdendo por não ter visitado o game. Mesmo assim, dá pra assistir e entender o enredo principal sem problema algum.
O que mais chama atenção em Cyberpunk: Mercenários, pelo menos no início, é a identidade visual. O anime da Netflix, em formato de minissérie de dez episódios de cerca de 25 minutos cada, tem uma parte artística muito viva, colorida e que agrada aos olhos, misturando temas vibrantes com a melancolia da cidade fictícia onde a história se passa. Pra quem não conhece, a trama se desenrola em um futuro distópico em que o mundo é governado pelas megacorporações.
A trilha sonora também é sensacional, desde a música de abertura até as canções espalhadas pelos capítulos, que também estão presentes no jogo e causam aquela sensação de nostalgia pros mais familiarizados. A história é muito bem conduzida pelos criadores Rafal Jaki e Mike Pondsmith e muito bem dirigida por Hiroyuki Imaishi. A produção do Studio Trigger e da CD Projekt, responsável pelo jogo, é bastante cuidadosa.
Há muito a se elogiar aqui. Os personagens são cativantes e eu rapidamente me apeguei, até mesmo a aqueles que apareceram por pouco tempo. Na metade da temporada, eu me flagrei realmente fisgado pelas relações construídas, o que intensificou o sentimento de perda quando isso ocorreu. Pois, não se engane, o mundo de Cyberpunk não tem nada de alegre. Apesar das cores vivas, não existe final feliz em Night City.
Veredito
Cyberpunk: Mercenários é um excelente anime que funciona tanto pros fãs do jogo Cyberpunk 2077 quanto pra quem tá buscando algo novo pra assistir. O enredo é taciturno e trágico, mas ao mesmo tempo pulsante e bonito, causando diversas sensações diferentes que valem o seu tempo.
Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: Glossário do Leleco
Nota nº 2: quer conhecer melhor a história do blog e os critérios utilizados? Seus problemas acabaram!! É fácil, só acessar esse link: Wiki do Leleco
Nota nº 3: bateu aquela curiosidade de saber qual exatamente é a nota das temporadas, sem arredondamentos? Se sim, dá uma olhada aqui nesse link. Se não, pode dar uma olhada também: Gabarito do Leleco
Nota nº 4: pra saber sobre quais séries e temporadas eu já fiz críticas no blog, é só clicar aqui: Guia do Leleco
Nota nº 5: sabia que eu agora tenho um canal no YouTube? Não? Então corre lá pra ver, uai: Pitacos do Leleco
~ OBSERVAÇÕES SPOILENTAS: NÃO LEIA A NÃO SER QUE JÁ TENHA VISTO A TEMPORADA INTEIRA. O AVISO ESTÁ DADO ~
- Normalmente, eu escrevo vários tópicos pra falar dos momentos mais reveladores da temporada, mas hoje vou escrever tudo de uma vez. Cara, eu não esperava que praticamente todo mundo ia morrer. Como eu disse, eu joguei umas 100 horas de Cyberpunk 2077, chegando a fazer 100%, e eu não me lembro de todos os detalhes de cada missão principal e secundária, porque tem muita coisa. Por isso, não me recordava que o David e o Falco já tinham sido mencionados no jogo. É claro que eu deduzi que o David morreria pelas circunstâncias da série, mas eu pensava que pelo menos a Rebecca sobreviveria. Fiquei chocado quando o Adam Smasher a esmagou, fiquei até com vontade de zerar o jogo de novo só pra matar o vilão outra vez. No final das contas, os únicos que sobraram foram a Lucy e o Falco, todo o resto se ferrou. Gostei muito do final de Cyberpunk: Mercenários, acho que foi muito condizente com tudo que havia sido apresentado, e ficou aquela sensação agridoce na boca do estômago.
~ FIM DAS OBSERVAÇÕES SPOILENTAS. A PARTIR DAQUI PODE FICAR DE BOA SE VOCÊ AINDA NÃO VIU ~
+ Melhor personagem: David Martinez
Tem muita gente que poderia ter ocupado esse posto aqui. Lucy é enigmática e interessante, Rebecca tem um jeito meio Arlequina que diverte. Porém, o protagonista David imediatamente nos faz investir em sua história e torcer pra que as coisas terminem bem.
+ Melhor episódio: E04 (“Lucky You”)
Eu escolhi este capítulo por ter sido aquele em que eu percebi que estava realmente investido. Já estava gostando antes, mas aqui foi uma virada de chave pra mim.
Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou da temporada. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?