Marvel (MCU), Quadros

MCULeleco #23 – Homem-Aranha: Longe de Casa (2019)

• Expresso do Oriente

Pode parecer redundante, mas não posso deixar de trazer isto à tona caso você esteja muito desavisado. No pitaco a seguir, obviamente falarei sobre as consequências de Vingadores: Ultimato, até porque é um dos pontos centrais da sequência do Teioso. Por isso, se você ainda não assistiu ao encerramento da Saga do Infinito e não quer saber de spoilers, feche logo essa aba e não olhe pra trás. Se não é esse o caso, espero que goste da minha singela crítica sobre o segundo capítulo do melhor super-herói da Marvel em seu próprio Universo Cinematográfico. Com Tom Holland no comando e uma nova adição no elenco, Longe de Casa é um ótimo encerramento da Fase 3 do MCU.

 

Sinopse

O MEU TONY STARK ESTÁ MORTO. Não quero voltar a assistir, só quero HOMEM DE FERRO. Achas que tens o que é preciso para esmagares a minha aranha? CLICA AQUI.
Depois dos eventos que aniquilaram metade dos seres vivos do universo, mas que posteriormente acabaram sendo corrigidos pelos Vingadores, o planeta Terra entrou em uma gigantesca confusão. Pessoas que haviam morrido há cinco anos ressuscitaram, encontrando-se com outras que eram mais novas e agora estão mais velhas. Com tanta coisa a ser desenvolvida, Homem-Aranha: Longe de Casa começa mostrando os principais desdobramentos de toda a tragédia consertada, sem perder aquele velho bom humor do Aranhaverso, que chega a ser refrescante depois de tanta tensão. Peter Parker e seus companheiros de escola estão prestes a tirar férias, e ele só quer aproveitar o momento de descanso. Obviamente, nada é tão fácil assim. Assim que ele viaja para a Europa, descobre que o Velho Continente está sendo atacado por monstros chamados de Elementais. Para seu alívio, tem um novo cara no pedaço pra ajudá-lo. Apelidado de Mysterio, o homem o auxilia na luta contra os inimigos e acaba com a ameaça. Como era de se esperar, nem tudo é o que parece e Peter Parker novamente mergulha em um mar de combates e confrontos, na tentativa de herdar o legado de seu falecido ídolo.

Eu veria tranquilamente um filme só desses três

Crítica

Sabe quando você chega em casa após um longo dia de obrigações, tira o tênis, se estica no sofá e tira aquele cochilo maroto? A sensação de conforto assistindo a Longe de Casa é mais ou menos assim. Depois de estraçalhar nossos sentimentos com os dois últimos filmes dos Vingadores, a Marvel resolveu dar um passo pra trás e resgatar a sua fórmula que tanto deu certo na última década. Investindo nas piadinhas e no clima leve, o novo longa do Homem-Aranha me fez rir desde o seu início, tirando um certo peso dos acontecimentos recentes. O ritmo descompromissado permanece nos principais momentos da obra, mas nem por isso ela deixa de desenvolver seus personagens.
Em De Volta ao Lar, o filme optou por dar o maior enfoque em como Peter Parker conciliava sua vida escolar e sua recém-formada vida de super-herói. Em Longe de Casa, o foco está no cansaço do protagonista. Após trabalhar sob tanta pressão em Guerra Infinita, além de ter precisado lidar com a morte de sua figura paterna, o adolescente de 16 anos quer mais é ficar de boa. A estratégia faz sentido, até porque nessa idade a gente normalmente quer seguir o que todo mundo tá fazendo, conhecer novas pessoas… não é normal um menino dessa idade querer ficar se preocupando só com problemas intergalácticos. O filme desenvolve muito bem esse dilema de Peter e também dá mais espaço pros seus personagens, como a MJ, a tia May e o Happy. Até o Flash é sutilmente mais trabalhado.
A presença de Quentin Beck, o Mysterio, não é tão boa quanto a do Abutre, por exemplo. Contudo, é pra lá de interessante. Sua personalidade se encaixa com o Aranhaverso e ele fica longe de ser desperdiçado. O ritmo do longa é bem dosado, embora o começo seja um pouco lento. Alguns detalhes da batalha final também me incomodaram um pouquinho, mas em geral é um excelente filme.

Macaco Noturno, ao seu dispor

Veredito

Homem-Aranha: Longe de Casa é um filme muito Homem-Aranha. Alguns traços do herói não são tão abordados, e por isso as lutas são um pouco menos divertidas. Em compensação, a obra traz muito a questão do ilusionismo, e isso funciona bem na tela. Os personagens estão mais maduros, as novidades agregam valor e no quesito comédia o 23º capítulo do MCU é praticamente impecável. As cenas pós-créditos são espetaculares e nos deixam ansiosos pela Fase 4 da Marvel. O que será que vem de bom por aí?

Ainda bem que eles voltaram de vez, já tava sentindo falta

 

Aviso: Tem duas cenas pós-créditos.

 

{Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: https://pitacosdoleleco.com.br/2017/07/11/glossario-do-leleco/}

{Nota nº 2: quer conhecer melhor a história do blog e os critérios utilizados? Seus problemas acabaram!! É fácil, só acessar esse link: https://pitacosdoleleco.com.br/2017/09/16/wiki-do-leleco/}

 

~ OBSERVAÇÕES SPOILENTAS: NÃO LEIA A NÃO SER QUE JÁ TENHA VISTO O FILME. O AVISO ESTÁ DADO ~

 

  • Não vou mentir, eu derramei algumas lágrimas quando o Peter tava arrumando seu traje enquanto o Happy o observava nostalgicamente. Sério, a perda do Tony bateu forte naquela hora.
  • Durante o filme, parecia que a Disney tava jogando dinheiro na minha cara, dizendo coisas como: “achou que a gente não tinha recursos financeiros? Então vamo pra Veneza!!”, “já se cansou de lá? Então vem comigo pra Praga!!” e “chega dessa brincadeirinha, partiu Londres!!”.
  • Eu gostaria que aquela luta final com o Mysterio tivesse sido com o vilão totalmente mascarado e pronto pra briga, não ele na ponte com aquela roupinha mixuruca. Imagina uma batalha entre Homem-Aranha e Mysterio no maior estilo de desenho animado? Senti falta disso.
  • Você pode até preferir a Mary Jane ruiva e/ou com o Tobey Maguire, mas precisa confessar que a MJ da Zendaya e o Peter do Tom Holland possuem MUITO mais química.
  • E por falar em química, eu simplesmente amo o Ned. A relação dele com a Betty Brant foi sensacional. E ah, já quero ver ela no Clarim Diário online.
  • Jake Gyllenhaal foi tão bom que na primeira metade do filme eu tava torcendo pra ele na verdade não ser um vilão, só por causa da relação dele com o Peter. Porém, quando revelou-se como antagonista, continuou bom. Isso é que é um personagem sólido.
  • Ah, confesso que a tia May tava melhor nesse filme. Em De Volta ao Lar eu não curti muito, mas agora ela ficou mais orgânica. E já quero ver mais de seu “”namoro”” com o Happy.
  • Engraçado como a Marvel cuspiu na nossa cara com o negócio do Multiverso, né. Fiquei literalmente feliz e puto quando descartaram aquela possibilidade logo de cara. Eu só queria o Miles Morales, é pedir demais??
  • Poxa, fiquei com pena do Flash com aquele bagulho envolvendo os pais dele, desde quando mostraram seu SMS lá no ônibus, pouco antes do Peter tentar matar o Brad. Espero que abordem mais isso no futuro e, quem sabe, explorem o Agente Venom que todos sabemos que há dentro dele.
  • Infelizmente, não tivemos a #ApariçãodoStanLee. Fica aqui meu mais humilde agradecimento por tudo que o mestre fez. Jamais será esquecido.
  • Puta merdaaaaa, o J.K. Simmons tá de volta, porraaaa!!!! Eu quase gritei naquela hora, nunca esperava que ele fosse voltar justamente como o J. Jonah Jameson. Velho, eu tô muito hypado pro futuro, pena que o próximo filme do Aranha deve ficar só pra 2076.
  • Mano, não posso dizer que fiquei surpreso com o Fury e a Hill sendo Skrulls naquele ponto da história, muito por causa da quantidade de teorias que estavam surgindo. Só que eu não esperava que eles fossem tratar aquilo com tanta naturalidade, sem o peso que geral esperava. Ah, e eu amo o Talos, sério. Melhor coisa que teve em Capitã Marvel, de longe.

 

~ FIM DAS OBSERVAÇÕES SPOILENTAS. A PARTIR DAQUI PODE FICAR DE BOA SE VOCÊ AINDA NÃO VIU ~

 

+ Melhor personagem: Peter Parker/Homem-Aranha
A maneira com que eles trabalharam o amadurecimento e o crescimento tanto do nerd adolescente quando do Cabeça de Teia foi muito bem feita.

Não julgo, eu também levaria esse uniforme na minha mala

+ Maior surpresa: Quentin Beck/Mysterio
Jake Gyllenhaal raramente decepciona, e não foi dessa vez que isso aconteceu.

Rey Mysterio without his mask in the Royal Rumble Match, WWE, 2006

 

Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou da temporada. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?

Publicado por Luiz Felipe Mendes

Fundador do blog Pitacos do Leleco e referência internacional no mundo do entretenimento (com alguns poucos exageros, é claro).