Curtinhas do Leleco, Suspense/Thriller

CurtinhasdoLeleco #112 – Destinos à Deriva (2023)

destinos à deriva

• Resiliência de uma mulher grávida

Este filme eu dedico à minha sogra, que sempre me dá recomendações e eu frequentemente esqueço de assistir, porque a minha memória não é das melhores. Vamos lá!

Em uma realidade onde mulheres, crianças e idosos são perseguidos com a justificativa da escassez de alimentos, uma grávida consegue escapar da Espanha, com a intenção de ir até a Irlanda de navio. No caminho, uma série de entreveros acontece e ela vai parar em um contêiner, sozinha, no meio do mar.

Eu acho que deveria existir algum gênero cinematográfico específico que contemple pessoas que tentam sobreviver sozinhas em condições extremas. A estrutura é quase sempre a mesma, mas, se a trama é bem contada e a gente se importa com os personagens, a sensação de agonia e nervosismo faz valer a pena a experiência.

Destinos à Deriva acerta em cheio nesse quesito. Vi muitos comentários dizendo que “ai, isso nunca aconteceria na vida real” ou então “nossa, muito exagerada essa história, a mulher é foda até demais”. Mas, sinceramente? Eu não dei play esperando por um documentário e, embora tenha muitos acontecimentos improváveis, não tive a sensação de haver algum realmente impossível.

Muitas dessas reclamações obviamente são pelo fato da protagonista ser mulher – pois é muito mais fácil comprar a ideia de que um homem musculoso sobreviveria naquelas condições do que uma “frágil e indefesa” grávida de nove meses. E tá aí mais um fator diferente em Destinos à Deriva: o protagonismo não é mais do mesmo. E ah, a atuação de Anna Castillo é digna de nota.

O filme tem boas doses de tensão, drama e momentos de respiro, a famosa calma antes da tempestade. De vez em quando, algum desses elementos fica em evidência por tempo excessivo, mas em geral a minha atenção ficou captada pelo que o diretor espanhol Albert Pintó queria mostrar.

Destinos à Deriva ostenta uma trama simples, focada na sobrevivência. O filme não se alonga demais ao tentar explicar o contexto, porque não se propõe a isso. É uma história de como o ser humano é capaz de ultrapassar limites, sem querer ser motivacional ou realista.

Não é bem assim que eu imagino tomar Sol na piscina

 

Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: Glossário do Leleco

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Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou do filme. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?

Publicado por Luiz Felipe Mendes

Fundador do blog Pitacos do Leleco e referência internacional no mundo do entretenimento (com alguns poucos exageros, é claro).