• Dramas em pequenos frascos
Pela primeira vez na história deste blog, vou falar sobre curta-metragens. Pra fazer jus às durações dos filmes, as minhas resenhas serão breves e resumidas, só pra dar um panorama do que cada produção indicada ao Oscar 2025 tem a oferecer. Vamo que vamo!
A Lien (2023) – Emboscada de imigrantes
Um casal passa por momentos de tensão durante uma entrevista para a obtenção de green card.
O timing deste curta é terrivelmente perfeito. Em meio a uma série de deportações no início de governo Trump, A Lien serve como uma representação crua do que acontece no mundo real, e que infelizmente deve ganhar ainda mais força. A história é simples e aflitiva, através da proximidade da câmera e da temática urgente.

Anuja (2024) – Entre a cruz e a espada
Uma garota é obrigada a tomar uma decisão que envolve o seu próprio futuro e o de sua irmã.
Eu fiquei envolvido do começo ao fim, e até me esqueci de que estava assistindo a um filme. A história vai direto ao ponto, embora seja rica em detalhes e dê um bom panorama das duas personagens principais. O final é aberto e pode ser um pouco frustrante, mas a possibilidade de diferentes interpretações é enriquecedora.

I’m Not a Robot (2023) – Artificialidade dos relacionamentos
Uma mulher não consegue responder corretamente ao teste CAPTCHA e é questionada se é uma robô.
Este curta é uma brisa, sério. O enredo começa engraçadinho e do nada passa a escalar de um jeito cada vez mais absurdo, no bom sentido. Seu maior acerto é pegar uma ideia que talvez tenha passado pela cabeça de todo mundo, mas ninguém havia transformado essa ideia em arte.

O Homem que Não se Calou (2024) – Um grito contra o silêncio
Na Bósnia, um trem é revistado por militares à procura de pessoas específicas sem os devidos documentos.
Eu não acho que filmes têm o dever de ambientar historicamente o espectador, mas eu senti falta de um contexto maior aqui. O curta é bem feito e a construção da tensão é acertada, mas eu sequer sabia em que país a trama se passava. Há o mérito de que ele me motivou a procurar saber mais sobre a Guerra da Bósnia, mas acho que poderia ter sido um pouco mais didático.

The Last Ranger (2024) – A caça ilegal
Vigilantes da natureza têm a missão de evitar que rinocerontes tenham os seus chifres arrancados.
Ótima produção sul-africana, que me causou sentimento de revolta. Caçadores de animais selvagens estão entre as minhas pessoas menos favoritas, e The Last Ranger sabe como mostrar o sofrimento dos animais e a agonia daqueles que tentam protegê-los. É um curta muito bem dirigido por Cindy Lee.

Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: Glossário do Leleco
Nota nº 2: quer conhecer melhor a história do blog e os critérios utilizados? Seus problemas acabaram!! É fácil, só acessar esse link: Wiki do Leleco
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Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou dos filmes. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?