• Dentro da concha
A jovem Grace reflete sobre seus anos de infância e adolescência, enquanto mede o impacto da ausência dos pais e do irmão gêmeo.
Antes de assistir aos indicados a Melhor Animação no Oscar 2025, eu havia ouvido falar principalmente de Flow e Robô Selvagem; por ter um nome já consolidado, Divertida Mente 2 também dispensava apresentações. Comecei a ver Memórias de um Caracol com a expectativa baixa, e eu não esperava que se tornaria o meu favorito da categoria.
Não tem jeito, eu gosto muito de histórias bem contadas. Sei que isso pode parecer meio simplista – quem é que não gosta? Contudo, tem gente que não se importa tanto com o enredo, os diálogos ou as reviravoltas. Uma grande parcela do público preza por outros aspectos, desde o espetáculo audiovisual aos detalhes técnicos que compõem o cinema. Eu, por outro lado, tenho um fraco por tramas que me fazem mergulhar de cabeça, esquecendo de tudo ao meu redor.
Eu não estava familiarizado com o trabalho do diretor australiano Adam Elliot, responsável por comandar as ações em Memórias de um Caracol. Pelo que li, uma de suas marcas registradas é o “excesso” de narração em off, estratégia utilizada em partes pra cortar custos, porque sincronizar as falas com os lábios de cada personagem não é algo simples de se fazer. Mesmo com um baixo orçamento em relação a outras obras do gênero – o filme teve orçamento de cerca de 4,5 milhões de dólares, contra 200 milhões de dólares de Divertida Mente 2, por exemplo -, a paixão presente nesse projeto rende muitos frutos.
Apesar dessa questão do orçamento, a técnica de animação é legal de acompanhar e traz uma identidade própria ao filme. Os personagens são incríveis, cada um à sua própria maneira, e o roteiro é hipnotizante. No começo, me veio o pensamento de que não haveria coisas suficientes pra serem contadas e que o longa rapidamente ficaria entediante, mas isso foi só uma impressão. Ele me prendeu do começo ao fim.
Memórias de um Caracol é um aglomerado de sentimentos. É um filme bastante engraçado e espirituoso, mas também é trágico e triste. Se você entrar com a imaginação aberta pra conhecer a jornada de uma garota de passado tão sofrido, será recompensado com uma excelente e reflexiva narrativa.

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Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou do filme. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?