• O riso como remédio

Philippe é um rico homem tetraplégico em busca de um novo cuidador. Contra todas as expectativas, ele vê os seus dias mudarem ao fazer amizade com Driss, um sujeito de vivência totalmente oposta à sua.

Intocáveis é aquele típico filme que quase ninguém desgosta. Às vezes você pode até não achar brilhante, mas acho bem difícil que ele te cause mais sentimentos negativos do que positivos. Isso acontece porque é uma história deliciosa de assistir, e eu sempre bato na tecla de que comédias dramáticas, quando bem feitas, são possivelmente o melhor gênero cinematográfico.

A frase “os opostos se atraem” é óbvia, mas resume perfeitamente o roteiro de Intocáveis, que é baseado em fatos. Nem sempre essa atração dos opostos é romântica ou sexual, ela também pode surgir como uma amizade e companheirismo entre duas pessoas. É esse o caso de Philippe e Driss. Philippe é rico, sério, erudito e possuo um gosto “sofisticado” pra arte. Driss é pobre, engraçado, malandro e tem apreço por aquilo que o diverte, não por aquilo que provoca o seu intelecto. E, em vez de tratar uma das filosofias como mais correta do que a outra, o filme faz com que os dois personagens aprendam um com o outro.

Quando eu assisti pela 1ª vez, eu chorei de rir. Tantos anos depois (e olha que a minha memória pra filmes anda cada vez pior), eu ainda me lembrava de diversas cenas, como o Driss fazendo a barba do Philippe, e pequenas coisas como o fato de que a canção September tocava em algum momento. Considerando que eu só tinha visto o filme uma vez há mais de dez anos, isso pra mim é um feito impressionante. Tem diversos filmes bons por aí que eu me esqueço dos detalhes pouco depois de assistir, e este em específico me marcou muito.

Intocáveis tem a façanha de ser praticamente unânime. Você pode chamar os seus pais, avós, tios ou irmãos pra assistir, e é bem difícil que alguém saia desapontado da sessão. É um filme leve e divertido, com partes engraçadas e uma das amizades mais legais deste século no cinema.

CURIOSIDADES

• Apesar de na vida real o personagem baseado em Driss ser argelino, os diretores trocaram a nacionalidade pra senegalês porque tinham gostado de trabalhar com o ator Omar Sy no filme Tellement Proches.
• Em 2013, Intocáveis se tornou o filme francês mais bem-sucedido da história de Alemanha, Espanha, Itália, Holanda, Suíça, Dinamarca, Coreia do Sul, México, Peru, Brasil e vários outros países até então.
• Durante a perseguição de carro no início do filme, a maior parte das sequências foi feita por um motorista profissional. Porém, em alguns momentos, de fato era Omar Sy dirigindo o veículo.
• Em 2012, um dos diretores do filme, Éric Toledano, revelou que recebeu mais de 3.000 mensagens de agradecimento de usuários de cadeiras de rodas de diferentes cantos do mundo.

FICHA TÉCNICA

Nome original: Intouchables
Duração: 1h52
País: França
Direção: Olivier Nakache, Éric Toledano
Elenco principal: Omar Sy, François Cluzet, Anne Le Ny, Audrey Flerot, Alba Gaïa Bellugi, Cyril Mendy, Dorothée Brière

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Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou do filme. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?