• Uma investigação filosófica

True Detective é uma série da HBO em que cada temporada conta histórias diferentes com personagens diferentes (não como AHS, que repete os mesmos atores).
A temporada de estreia da série é sobre dois detetives, Marty Hart e Rust Cohle, que são interrogados em 2012 por uma investigação que eles aparentemente resolveram há tempos, mas que mostra sinais de que não foi encerrada totalmente.
O começo é bem lento pra quem tá acostumado com ação. Na verdade, ação não é uma característica de True Detective, que foca muito na trama e no desenvolvimento dos personagens. Ou seja, quem assiste tem que passar por vários pensamentos ~~viajados~~ filosóficos sobre questões da vida, todos eles transmitidos por Rust.
Mas a temporada não é só drama e filosofia, temos alguns temas nada felizes também, como: prostituição, assassinatos, estupros, violência, conspirações, religiões extremistas, traições e adolescentes rebeldes. Além disso, também temos coadjuvantes interessantes, como os policiais que interrogam os protagonistas.
A trama é realmente espetacular. Existem várias críticas em relação ao último episódio e o desfecho do caso, porque vários argumentam que deveria ter sido mais surpreendente; de fato poderia ter sido mais chocante, mas não deixou de ser bom, justamente por ter sido bem sutil a primeira aparição do culpado/vilão. O ritmo é um pouco devagar e os episódios bem densos, mas vale muito a pena conferir. Ah! Outra coisa: a abertura é boa pra caramba, principalmente a música que toca nela. Caso queiram saber, o nome e a banda são respectivamente ‘Far From Any Road – The Handsome Family’.

+ Melhor personagem: Rust Cohle
De longe o melhor. Suas frases e pensamentos, apesar de um pouco loucos, são bastante profundos e dignos de destaque, ainda mais porque Matthew McConaughey tá monstruoso no papel e deveria ter ganhado um Emmy. Uma pena não ter vencido, mas a gente entende já que o prêmio foi concedido ao Bryan Cranston, o Walter White de BB.