• BlindsTop
Começar chutando bundas e depois perder o pique ou começar como quem não quer nada e surpreender a nossa psique? Ah, a rima foi boa, vai. Tá, vou me concentrar no que eu vim aqui pra fazer: escrever sobre a terceira temporada de Blindspot. Bom, nós que acompanhamos a série obviamente percebemos a evolução que ela teve ao longo de seu tempo de existência. Presenciamos nossa querida Jane Doe, que eventualmente se tornaria Taylor Shaw, apenas pra que a gente descobrisse que ela na verdade não era a Taylor Shaw, emergindo cheia de tatuagens e vazia de memórias no meio da Times Square. Então, vimos ela encontrando um grupo supimpa do FBI, conhecendo seu irmão e sua mãe, exemplos perfeitos de uma família equilibrada, e acompanhamos diversos casos conspiratórios.
A primeira temporada começou interessantíssima, mas caiu no ostracismo. Contudo, ela surpreendeu ao dar a volta por cima e sair um pouco do clichê. A segunda foi mais regular – embora o melhor momento dela não tenha sido superior ao melhor momento da primeira, sua sequência não teve tanta oscilação, e por isso considerei que ela foi melhor. A terceira seria o divisor de águas, pois ou ela mostraria que aprendera com os erros cometidos anteriormente ou apostaria na mesma coisa de sempre, deixando grande a possibilidade de que fosse uma temporada mediana. A “maldição das terceiras temporadas” também estava ali à espreita, mas Blindspot não ligou pra isso. Fez o seu trabalho e apresentou uma trama bem mais consistente.
No final da segunda, Kurt Weller encontra sua esposa Jane Doe em um lugar bem distante e ambos descobrem que esta última tava cheia de novas tatuagens brilhantes e azuis. A terceira começa com a equipe do FBI sendo novamente contextualizada, com muitas mudanças desde que a ameaça de Shepard fora neutralizada. Todo mundo agora, Kurt, Jane, Reade, Patterson, Zapata e Rich, têm segredos com potencial de causar dramas e divisões no clã, uns mais tensos, e outros um pouco mais de boa. Ainda que isso tenha sido perceptível logo na season premiere, a alteração maior foi claramente na produção. Blindspot nunca foi aquela série de encher os olhos visualmente, de fazer a gente ficar de queixo caído com as lutas, encantado com as paisagens e embasbacado com as atuações. Isso mudou. Logo de cara, a obra nos dá um tapa na cara ao aplicar um capítulo em Veneza, fugindo da mesmice de Nova York. A direção tá mais bem feita e agora a gente tem a impressão de que tá vendo um bagulho ambicioso, e não uma série qualquer de policiais e conspirações. Além disso, as interpretações estão bem melhores, sobretudo a de Luke Mitchell, que dá vida a Roman, o irmão da Jane. Na temporada passada, eu achava ele um pé no saco e considerava o ator ruim, mas o roteiro faz diferença, meus queridos pitaquetes. Com um bom enredo sustentando as bases de tudo, Mitchell brilhou e entregou um personagem impressionante. Quanto aos outros do elenco principal, nenhum desenvolve uma atuação digna de Emmy, mas nenhum está sofrível. Até mesmo Rob Brown, o sem graça Reade, chegou num patamar mediano, e não mais ruim de doer.
Os novos personagens da terceira temporada também dão um peso considerável. Hank Crawford (David Morse) e Blake Crawford (Tori Anderson) são rostos muito bem-vindos com suas próprias complexidades, fazendo a gente não sentir nem um pouco a falta da Shepard e seus lacaios. O antagonista é de fato o pai Crawford, um mafioso poderoso com conexões no mundo todo, intocável em seu pedestal. A filha Crawford é apenas uma jovem riquinha na superfície, mas a partir do momento que Roman tenta usá-la para se aproximar de Hank, a personagem cresce e fica cada vez mais surpreendente. Aliás, a relação entre ela e o irmão de Jane é de longe a melhor da temporada, deixando no chinelo a interação entre Kurt e a protagonista. Rich e Patterson também voltam a formar uma boa dupla, assim como Reade e Zapata em seus próprios núcleos.
Antes mesmo de terminar a temporada, eu já sabia que daria 5 Lelecos; eu só mudaria se uma tragédia muito grande acontecesse. Ainda bem que não foi o caso, e a season finale ainda contou com um cliffhanger que promete muita coisa massa pro futuro. Agora que a série aumentou seu nível de qualidade, o nível de exigência também vem junto. E estaremos de olho.
Ah, uma pequena observação: o título do pitaco, “BlindsTop”, é uma piada interna daqui de casa. Como a série ficou bem melhor, a gente começou a falar que tava bem top, e então inventamos esse trocadilho sem graça. É isso.
{Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: https://pitacosdoleleco.com.br/2017/07/11/glossario-do-leleco/}
{Nota nº 2: quer conhecer melhor a história do blog e os critérios utilizados? Seus problemas acabaram!! É fácil, só acessar esse link: https://pitacosdoleleco.com.br/2017/09/16/wiki-do-leleco/}
{Nota nº 3: bateu aquela curiosidade de saber qual exatamente é a nota desta temporada, sem arredondamentos? Se sim, dá uma olhada aqui nesse link. Se não, pode dar uma olhada também: https://pitacosdoleleco.com.br/2017/09/16/gabarito-do-leleco/}
~ NARRAÇÃO SPOILENTA: NÃO LEIA A NÃO SER QUE JÁ TENHA VISTO A TEMPORADA INTEIRA. O AVISO ESTÁ DADO ~
- Roman tá mais bonito, que homão, hein
- Produção da série realmente tá melhor, assim como meu irmão falou
- Todo mundo cheio de segredos, já tô com cagaço
- Será que agora vão ser casos do mundo inteiro? Porque isso seria louco demais. As cenas em Veneza já foram sensacionais
- Muito massa os paralelos da Jane saindo de uma mala no primeiro ep dessa temporada com o da primeira
- Relacionamento romântico entre Jane e Weller tá muito fofin
- Coreografias parecem melhores
- Eu pensava que não fosse achar isso, mas a Jane com o cabelo um pouco maior ficou muito linda
- Jane tem um filho e Kurt sabe. Claro que isso vai dar merda
- Reade, Hirst e o carinha do Departamento de Estado estão encobrindo alguma coisa
- Stuart morreu e um cara sem orelha tá envolvido
- Zapata é um mulherão
- Muito bom a Hirst pagando aposta pro Reade ao usar a camisa do time dele. Aliás, o ponto cômico da temporada tá muito positivo
- Rich funciona bem como consultor, tá na medida perfeita. E foi massa ele e Patterson terem feito um grupo hacker, Os Três Ratos Cegos
- Temporada até aqui muito melhor que as outras, tramas muito mais interessantes, embora com algumas falhas à la Blindspot
- Roman bom demais, e que cara bonito, porra
- Me incomoda um pouco os casos sempre serem em NY. Poderia ser em outros lugares, né?
- Por uma temporada focada na CIA, eu voto sim
- Que maravilha de personagem aquele Weitz, sério
- Os vídeos de casamento de Jane e Weller foram muito bons aaaaa
- Fiquei com dó do carinha que o Roman matou pra poder pegar seu dinheiro e identidade
- [Se a temporada continuar boa, dar o nome de Blindstop]
- Reade finalmente foi esperto uma vez na vida
- KURT MATOU A FILHA DA JANE MDS DO CÉU
- Zapata xonada no Reade, Patterson sacou
- Rich é um personagem fantástico e parece ser leal
- Hirst bem fraquinha, ainda bem que vazou
- Nos oito primeiros eps Roman foi o melhor personagem, embora sua motivação para com a Jane seja meio boba
- Por que fizeram novas tatuagens na Jane se o Roman praticamente resolve elas sozinho? Não era mais fácil ele simplesmente ligar e botar todo mundo a par da situação? Na trama de Sandstorm as tattoos faziam sentido, mas e agora? E como o Roman tem tanta informação? Quem será que é o novo vilão?
- Roman tá muito bommmm, virou um legítimo anti-herói. A relação dele com a Blake também é boa demais
- Seria muito corajoso se eles fizessem a Zapata superar o crush no Reade, ficar feliz pelo amigo e arranjar outro. Fugiria do óbvio. Com certeza a Meg, mina do Reade, que eu achei muito massa por sinal, vai morrer ou ser uma inimiga infiltrada ou alguma outra coisa desse tipo. Aliás, não ficou muito claro o porquê do Roman ter escolhido ela como o contato dos refugiados, né. Curioso
- O ator do Kurt melhorou a atuação. Dramas dele com a Jane estão bons, mas ela tá caindo cada vez no meu conceito. Claro que matar a filha e trair o parceiro são coisas bem diferentes, mas é muita hipocrisia logo ela chamar o Kurt de mentiroso quando ela escondeu que tava saindo com o Clem MESMO estando casada. O caralho de “não sabia se ia te ver novamente” ou “estávamos afastados”, o Kurt ficou que nem louco procurando por ela no mundo inteiro e ela lá
- Patterson tá perdendo um pouco de espaço, infelizmente
- Rich sempre muito bom e cumprindo o seu papel, principalmente com a Patterson. Fiquei tristinho que ele e o Boston romperam relações de vez :/
- As tramas com o jogo Wizardville são sempre muito boas
- Os diálogos da série estão mais bem escritos, a conversa entre Roman e Victor no bar foi sensacional
- Tem algo errado com a Avery, filha da Jane. Quero até ver o que é
- Antigo parceiro do Kurt apareceu, ele e a Jane fizeram as pazes, Roman fez o Victor ser morto e ganhou a confiança do Crawford
- O ep focado na Patterson, acho que o 14, com os loops e tal, foi o melhor da série e ponto final
- Borden tá vivo, quê? Maior erro da temporada
- Jane ficando mais próxima da Avery, Roman ganhando confiança do Crawford
- Cade morreu?
- Ah, a Nas reapareceu e com uma puta vontade de voltar pra NSA. Vimos esse ep sem legenda porque ela bugou
- Blindspot no Brasil, aeho
- Tô achando que o Roman tá se afeiçoando ao Crawford
- Crawford não tem muita cara de vilão, eu gosto dele
- Zapata era intermediária do Borden, Patterson ficou puta com ela. Zapata falou pro Reade que é apaixonada por ele, ele ficou puto
- Galera intercedeu pro Rich continuar no time
- IMPRESSIONANTE como a Avery e a Jane são parecidas no jeito impulsivo de ser
- Muito foda o lance do Roman ter encontrado uma família, nos fazendo simpatizar com ele
- Por que ele não disse pro Crawford que reconheceu os agentes pra ele não desconfiar?
- Essa temporada tá muito boa aaaa esse ep que todos eles foram perseguidos com cores simbolizando foi pika, com a única ressalva de que os assassinos foram muito bobos na hora da abordagem, pensei que seriam melhores
- Rich e Patterson ainda vão ficar juntos, anote o que eu digo
- Bill Nye sendo o pai da Patterson
- Mania do Kurt de botar uma mão na barriga quando senta, inclinar a cabeça e sempre aparecer antes das aberturas
- QUAL O PRIMEIRO NOME DA PATTERSON?
- Reade e Zapata finalmente ficando juntos ao som de The Weeknd, Meg terminando o relacionamento
- Jane matou Crawford, Blake matou Roman (aquela primeira cena dela matando ele falsamente foi desnecessária, colocou muita intensidade pra nada), Zapata é meio que uma traidora pelo jeito, Kurt tá em cirurgia e Jane voltou a ser Remi, ai mds
- Ah, falar sobre a Shepard aparecendo decadente e sobre a morte triste do Roman. Foi decadente e triste, respectivamente. Pronto, falei
~ FIM DA NARRAÇÃO SPOILENTA. A PARTIR DAQUI PODE FICAR DE BOA SE VOCÊ AINDA NÃO VIU ~
+ Melhor personagem: Roman Briggs
Já nas primeiras cenas ele era um candidato forte ao título de Maior Surpresa, mas foi tão bom que não tinha como não ganhar o de Melhor Personagem.
+ Melhor episódio: S03E14 (“Everlasting”)
Provavelmente o melhor de toda a série até agora. Aplausos estrondosos pra ele.
Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou da temporada. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?