Marvel (MCU), Quadros

MCULeleco #12 – Homem-Formiga (2015)

• Pequenas proporções

Se Homem-Formiga pudesse ser definido em uma palavra, provavelmente seria “agradável”. Ninguém ama esse filme, mas ninguém odeia. Todas as pessoas que eu conheço e já assistiram possuem basicamente a mesma opinião – é divertido e um bom entretenimento. Depois de um motherfuckin’ Era de Ultron, a tendência era que o capítulo seguinte desacelerasse um pouco as coisas, e é exatamente isso que a história do menor super-herói do MCU traz. É uma obra leve e gostosa de acompanhar, sem momentos empolgantes, mas sem cenas entediantes. Sua duração é menor (cerca de duas horas) e ele te prende sem muito esforço, com personagens cativantes e uma trama tranquila.

 

Sinopse

Scott Lang (Paul Rudd) é o mocinho mais improvável da Marvel. Ele começa o filme saindo da prisão, anos depois de ter sido encarcerado por protagonizar uma ação no estilo Robin Hood. Porém, não confunda o “estilo Robin Hood” com aventuras do Gavião Arqueiro! O “estilo Robin Hood” de Scott Lang se refere ao fato de que ele roubou uma empresa que havia dado calote em geral, devolvendo o dinheiro pra galera que havia se fodido. Ou seja, ele é um criminoso do bem™.
Assim que ele sai da prisão, ele se encontra com seu amigo Luis (Michael Peña), o qual insiste que Scott retorne à sua vida de insubordinação pra faturar uma grana alta. O nosso personagem principal, porém, se recusa a fazer isso pois não quer comprometer o futuro com sua filha, a fofa Cassie (Abby Ryder Fortson). Entretanto, sem opções, Scott acaba aceitando o trabalho proposto por Luis e seus dois parceiros, Kurt (David Dastmalchian) e Dave (T.I.), o que acaba envolvendo-o no estranho mundo de Hank Pym (Michael Douglas), um cientista aposentado que no passado havia desenvolvido uma fórmula capaz de diminuir qualquer coisa.

Ih, que isso, MICHAEL DOUGLAAAAAS

Crítica

A primeira coisa que chama a atenção em Homem-Formiga é a perfeição no rosto de Michael Douglas em cenas nas quais seu personagem era jovem. Sério, dá pra acreditar que aquilo foi filmado sem alterações durante as gravações. A primeira qualidade, por outro lado, surge quando o enredo começa a se desenrolar, nos fazendo gostar do protagonista logo de cara. Afinal, quem não gosta de alguém que busca a redenção? Os personagens, aliás, são um ponto alto de Homem-Formiga. As aparições de Luis são sensacionais, principalmente quando começa a contar histórias. Os núcleos paralelos envolvendo Hank Pym, sua filha Hope (Evangeline Lilly), e o poderoso Darren Cross (Carey Stoll), na pele do grande vilão da obra, são bastante interessantes, ainda que o antagonista não tenha lá muitas camadas. Ele só serve ao propósito de apresentar a primeira ameaça ao novo herói, não tem lá muita personalidade própria. Judy Greer e Bobby Cannavale, como Maggie Lang e Paxton, respectivamente, servem somente pra dar apoio a alguns arcos.
O ritmo do filme é bem dosado, com um gênero que é obviamente comédia. Não aquela comédia recheada de piadas igual a Guardiões da Galáxia, mas uma comédia repleta de momentos divertidos. Até quando o diretor Peyton Reed se arrisca a abordar um pouco o drama, ele quebra a cena para que o clima não fique muito para baixo. Em algumas partes, a estratégia funciona, em outras não muito. O roteiro é básico, não tem nada de muito original, embora a maneira com que os conflitos acontecem seja um pouco diferente do esperado. Os efeitos especiais são legais, especialmente quando as formigas ganham seu espaço na tela.

O romantismo não está morto!!

Veredito

Homem-Formiga não tem nada de especial, e é justamente isso que o faz ser especial. É claramente um filme de transição entre as Fases 2 e 3 do MCU, uma preparação para a carga pesada que vem logo em seguida, em Capitão América: Guerra Civil. Scott Lang é introduzido com charme e uma das duas cenas pós-créditos revela uma história a ser desenvolvida no futuro. Perto dos principais capítulos do Universo da Marvel, ele é um dos mais discretos, mas eu sinceramente duvido que você vá se lembrar dele como algo ruim na linha do tempo da empresa.

Senta que lá vem história

 

Aviso: Tem duas cenas pós-créditos.

 

{Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: https://pitacosdoleleco.com.br/2017/07/11/glossario-do-leleco/}

{Nota nº 2: quer conhecer melhor a história do blog e os critérios utilizados? Seus problemas acabaram!! É fácil, só acessar esse link: https://pitacosdoleleco.com.br/2017/09/16/wiki-do-leleco/}

 

~ OBSERVAÇÕES SPOILENTAS: NÃO LEIA A NÃO SER QUE JÁ TENHA VISTO O FILME. O AVISO ESTÁ DADO ~

 

  • Eu realmente não esperava que o Falcão fosse aparecer. Quando o Scott tava descendo lá montado no Anthony, eu pensei “que massa, é a base dos Vingadores, mas com certeza ninguém vai estar lá”. No momento em que percebi que tava errado, me diverti bastante com os dois lutando e o Scott pedindo desculpas a cada passo.
  • Um detalhe interessante é que os filmes de origem do MCU normalmente contam com um padrão. O protagonista tá num momento bom da sua vida ou buscando algo. Em seguida, ele se depara com aquilo que viria a torná-lo superpoderoso. Então, ele entra em conflito com um vilão. Perde. Por isso, ele treina e no fim consegue derrotar a ameaça. Homem-Formiga pula algumas etapas. Em sua primeira luta com o Jaqueta-Amarela, ele já vence, e antes disso o vilão nem tinha aparecido em sua plena forma. Diferente do habitual.
  • Toda vez eu dou trela do Thomas (o trenzinho) gigante e balançador de olhos sendo arremessado pra fora da casa. Assim como a cena do Jaqueta sendo atropelado nos trilhos.
  • A Cassie é muito fofa, aaaaa <3 ela falando pro Paxton “tomara que você não pegue ele”, se referindo ao pai, foi muito bom.
  • Que tenso a história da esposa do Hank ficando presa no universo quântico. E que foda a representação do mesmo quando o Scott se diminui ao nível subatômico.
  • Imagina o Luis contando uma história de terror. Eu não sei dizer se isso seria horrível ou espetacular. Sinceramente.
  • Peggy não consegue ganhar uma maquiagem legal, né. Sempre que ela aparece mais velha fica meio tosco.
  • #ApariçãodoStanLee – um bartender dentro de uma das crônicas malucas de Luis, sendo dublado pelo próprio.
  • SOLDADO INVERNAL NA CENA PÓS-CRÉDITOS. REPITO, SOLDADO INVERNAL NA CENA PÓS-CRÉDITOS.
  • Ou, e já quero ver a Hope como a Vespa. Certeza que ela vai ser uma heroína bem melhor que o próprio Scott como Homem-Formiga.

 

~ FIM DAS OBSERVAÇÕES SPOILENTAS. A PARTIR DAQUI PODE FICAR DE BOA SE VOCÊ AINDA NÃO VIU ~

 

+ Melhor personagem: Scott Lang
A verdade é que quero destacar quatro deles, e não apenas um. Scott ganha o prêmio de Melhor Personagem por ser o elo que une todos os núcleos, aparecendo como um possível novo membro dos Vingadores. Hope demonstra garra e coragem, e precisa ser lembrada por isso. Hank é um ótimo tutor, e Michael Douglas está bem no papel. Por fim, Luis é um excelente alívio cômico, roubando a cena em muitas ocasiões.

Cadê a Phoebe nessas horas?

 

Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou da temporada. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?

Publicado por Luiz Felipe Mendes

Fundador do blog Pitacos do Leleco e referência internacional no mundo do entretenimento (com alguns poucos exageros, é claro).