• Capitães da areia
Eu já tinha visto Duna na época do lançamento, mas três anos são muito tempo pra eu me lembrar dos detalhes de uma história que só acompanhei uma vez. Em preparação pro segundo filme, decidi revisitar o primeiro e mantenho a mesma opinião que desenvolvi naquela época.
Paul Atreides é o herdeiro de uma importante Casa. Quando a sua família é enviada ao planeta Arrakis a fim de cultivar a “especiaria” local, a substância mais valiosa do universo, o clã se vê envolto em uma rede de traições, maquinações políticas e destinos previamente traçados.
O cinema é importante por vários motivos. Um deles é o resgate de obras literárias relevantes que antes faziam parte de uma bolha específica. Sejamos sinceros, a não ser que você fosse fã de ficção científica, eu duvido que conhecia os livros de Frank Herbert antes de lançar o filme. Duna me fez perceber o tamanho da influência dessa saga, que basicamente moldou o sci-fi como é conhecido hoje.
Além da relevância por trás de sua existência, Duna é incrivelmente bem feito. A trilha sonora de Hans Zimmer é espetacular, a fotografia é belíssima e os efeitos visuais são de tirar o fôlego. O elenco caprichado de nomes conhecidos de Hollywood e capitaneado pelo jovem Timothée Chalamet não fica sobrando.
A construção de mundo também é um excelente ponto de destaque em Duna. Dá pra sentir rapidamente que há muita mitologia inserida naquele contexto, e o filme faz questão de não complicar demais a compreensão. É claro, demora alguns minutos pra gente se acostumar com os nomes, mas aos poucos tudo vai ficando menos complexo.
Porém, embora eu ache Duna tecnicamente impecável e com uma ótima introdução, acredito que o filme perde força considerável em seu terceiro ato. No momento em que dois personagens ficam isolados dos demais, em consequência de um conflito, o longa torna-se gradativamente desinteressante e o desfecho soa incompleto e sem graça.
Duna é uma sublime obra de arte audiovisual, impossível de não causar impacto em quem assiste. Narrativamente falando, o filme sofre um pouco com o tamanho de seu folclore, deixando aquela sensação de que o melhor ainda está por vir.
Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: Glossário do Leleco
Nota nº 2: quer conhecer melhor a história do blog e os critérios utilizados? Seus problemas acabaram!! É fácil, só acessar esse link: Wiki do Leleco
Nota nº 3: pra saber sobre quais filmes eu já fiz críticas no blog, é só clicar aqui: Guia do Leleco: Filmes
Nota nº 4: sabia que eu agora tenho um canal no YouTube? Não? Então corre lá pra ver, uai: Pitacos do Leleco
Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou do filme. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?