• Talento não tem endereço
Stanley é um olheiro do Philadelphia 76ers que coloca o próprio emprego em risco pra tentar convencer a comunidade da NBA a dar uma chance ao jovem e inexperiente Bo Cruz.
Eu não acompanho basquete, então passei a maior parte do filme jurando que era uma história baseada em fatos. Só lá pra frente, quando as coisas começaram a ficar cinematográficas demais, me dei conta de que tudo não passava de ficção.
Sobre essa parte de ser “cinematográfico demais”, não entendam como um defeito. Na verdade, é o contrário. A trama de Arremessando Alto parece tão real que eu já estava pensando em pesquisar mais sobre a vida de Bo Cruz pra descobrir em que time ele estaria atualmente, considerando que esse filme é de dois anos atrás.
Eu disse que não sou tão fã de basquete, mas adoro uma boa e velha história de esportes. Não importa se for futebol americano, como na série Last Chance U, beisebol, como no filme O Homem Que Mudou o Jogo, ou basquete, como em Arremessando Alto, que faz tudo que você espera de um longa do gênero. Isso significa que ele ostenta alguns clichês que telegrafam bastante pra onde as coisas estão andando, mas a narrativa é muito bem construída.
Adam Sandler está ótimo no papel do protagonista. A sua sinergia com Juancho Hernangómez, que interpreta Bo e na vida real é de fato um jogador profissional de basquete, é um dos maiores motivos pelo qual o filme funciona. Mas, além disso, o roteiro é capaz de construir de maneira orgânica a jornada de ascensão improvável – uma proposta batida, mas charmosa.
Em algumas cenas motivacionais, acho que o filme exagera um pouquinho. Sabe aquele momento em que o herói sai derrotado de uma batalha e treina intensamente pra vencer o vilão no embate seguinte? Pois é, acho que aqui essas sequências se esticam além do necessário.
Arremessando Alto é um filme sobre basquete que com certeza vai chamar a atenção de quem curte a modalidade, tem grandes chances de agradar quem é aficionado por esportes e também possui virtudes mais do que suficientes pra fazer o público geral se sentir engajado pela história.
Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: Glossário do Leleco
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Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou do filme. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?
