• Cobertura jornalística
Durante os Jogos Olímpicos de 1972, em Munique, na Alemanha, uma equipe de jornalistas esportivos assume a responsabilidade de cobrir um chocante tiroteio contra a delegação israelense.
Se este filme tivesse sido lançado uns cinco anos atrás, não teria gerado tanta controvérsia. Porém, em meio à terrível guerra entre Israel e Palestina e ao massacre de milhares de inocentes, Setembro 5 pode ser avaliado como uma tentativa de redirecionar parte da opinião pública. Na minha análise, vou me ater pura e simplesmente aos aspectos técnicos e à minha experiência pessoal com o filme.
Pra quem não sabe, Setembro 5 é baseado em fatos. Em vez de direcionar as principais atenções para os assassinos e/ou vítimas do episódio, o roteiro, que inclusive foi indicado ao Oscar 2025, se concentra na abordagem jornalística. O verdadeiro Geoffrey Mason, interpretado por John Magaro, trabalhou como co-produtor e consultor técnico do filme, para ajudar a contar o que ocorreu nos estúdios da ABC com o máximo de fidelidade possível.
Além do ótimo roteiro, Setembro 5 tem um elenco muito sóbrio e concentrado. A direção de Tim Fehlbaum e a montagem sabem muito bem como construir a tensão necessária pra deixar a gente com os olhos pregados na tela, sobretudo quem não sabe exatamente o que aconteceu na vida real. Nesse sentido, notei algumas semelhanças com Argo, de 2012, outra obra inquietante e de forte contexto político.
Fazia tempo que eu não me sentia tão envolvido dentro de um filme, a ponto de me esquecer totalmente dos meus arredores. É possível que grande parte desse meu interesse tenha sido captado pelo fato de eu ser jornalista, assim como aconteceu em Guerra Civil. Mesmo assim, acredito que o longa executa de forma competente a ideia que propõe.
Setembro 5 foi pra mim uma grata surpresa da temporada de premiações. É um filme bastante tenso, que coloca em discussão diversos temas éticos do jornalismo. A história tem um cenário reduzido e claustrofóbico, diminuindo a interferência externa e aumentando a sensação de aprisionamento no estúdio em que a trama se desenrola.
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Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou do filme. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?