• Novo Império Romano
Muitas gerações depois de César, os macacos dominam a Terra após a quase extinção dos humanos. Noa vive tranquilamente ao lado de seus amigos e família, mas a sede de poder de outros companheiros de espécie coloca tudo em xeque.
Planeta dos Macacos: O Reinado tinha uma missão difícil. Seguir os passos da trilogia anterior, agora com a ausência do icônico César, era um desafio em dobro porque as comparações com os filmes anteriores seriam inevitáveis. Na minha humilde opinião, a melhor saída era honrar o legado, mas investir em dinâmicas ainda não exploradas. O quarto capítulo da saga começa fazendo isso, mas se perde no meio do caminho.
A princípio, o filme nos dá a impressão de que não teremos um só protagonista, mas sim três. Além de Noa, os seus amigos Soona e Anaya dividem o tempo de tela inicial, ainda que eventualmente fique claro que Noa terá um pouco mais de destaque. Em certo ponto, a trama abre mão dessa estrutura e direciona os holofotes somente pra Noa. Não me entendam mal, eu o achei um grande personagem, mas me soou bastante como um César 2.0.
A mesma coisa vale pra personagem de Mae, interpretada por Freya Allan, a Ciri de The Witcher. O seu silêncio dava vislumbres de algo autêntico, mas o filme também abre mão disso. A impressão que eu tive é de que Planeta dos Macacos: O Reinado tinha ideias boas e que fugiam do óbvio, mas optou por jogar de maneira mais segura e repetir algumas fórmulas já abordadas na trilogia.
Um dos meus aspectos favoritos dos três primeiros filmes era a capacidade de utilizar a aventura dos macacos pra espelhar a história humana, e fiquei feliz disso ter sido mantido na continuação. É possível enxergar claras alusões ao Império Romano e ao Egito Antigo em Reinado, dando uma ideia de ciclo e sugerindo que os macacos estão fadados a cometer os mesmos erros dos humanos, talvez em virtude da inteligência – que pode ser usada tanto para o bem quanto para o mal.
Planeta dos Macacos: O Reinado dá um passo atrás em qualidade narrativa na comparação à trilogia da década de 2010, mas fornece um bom início pra uma nova história situada no mesmo universo, que se passa três séculos depois dos eventos de César.
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>> Planeta dos Macacos #01 a #03 – A Trilogia de César (2011/14/17)
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