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ClubedeCinema #16 – Blade Runner 2049 (2017)

blade runner 2049

• A complexidade da vida

Após se deparar com uma situação sem precedentes, o agente K recebe a perigosa missão de eliminar qualquer vestígio do caso antes que aquilo desmorone a sociedade.

Eu tenho uma história pessoal muito grande com Blade Runner 2049. Assisti pela 1ª vez em 2017, no cinema, ao lado dos meus amigos Brenno e Ricardo (que formam o atual Clube do Cinema, junto ao meu outro parceiro Quiste). Inclusive, escrevi sobre ele no blog, aqui neste link. Na época, o filme virou meme porque eu fui o único que não gostou. Por anos, meus amigos me “ridicularizaram” por eu não ter curtido algo tão bom, então em 2025, tantos anos depois, resolvi dar uma nova chance com a impressão de que desta vez eu gostaria. E estava certo.

As qualidades mais óbvias de Blade Runner 2049 têm a ver com os dois sentidos mais importantes do cinema: visão e audição. A fotografia é espetacular e a construção de mundo respeita o original, ao mesmo tempo em que dá uma roupagem atualizada. Tudo é muito bonito no filme, e o mesmo vale pra ótima trilha sonora de Hans Zimmer. A música acompanha a trama de maneira simbiótica e guia a narrativa.

As atuações também valem o destaque. A interação dos personagens de Ryan Gosling e Dave Bautista na sequência inicial dá o tom exato do que está por vir. O roteiro reserva reviravoltas – algumas mais óbvias do que outras – e referências aos fãs do filme original, até porque se trata de uma continuação, e não de um reboot.

A única coisa que eu sinto ser um problema em Blade Runner 2049 é o elemento que mais me fez desgostar dele em 2017: o ritmo. Algumas cenas são lentas demais e fazem com que a gente sinta intensamente a duração de quase três horas. Eu sei que vivemos em uma era acelerada em que as pessoas têm menos tolerância a algo mais devagar, mas isso não significa que algo mais devagar sempre vai ser bom. Não é sobre o ritmo, é sobre como ele é trabalhado. Um filme de 1h30 pode ser cansativo, por exemplo.

Blade Runner 2049 é mais um bom trabalho da brilhante carreira do diretor Denis Villeneuve, uma sequência que supera o original com folga e uma ficção científica criativa em que cada frame é uma obra de arte.

Um dos frames mais emblemáticos do sci-fi neste século

 

CURIOSIDADES

  • A primeira escolha do diretor Denis Villeneuve pra interpretar Niander Wallace era David Bowie, mas o cantor morreu seis meses antes do início das filmagens. Jared Leto herdou o papel.
  • Em uma cena de luta, Harrison Ford acidentalmente acertou um soco no rosto de Ryan Gosling. Como um pedido de desculpas, o ator convidou o companheiro a dividir uma garrafa de uísque com ele.
  • Para interpretar o cego Niander Wallace, Jared Leto mergulhou fundo no personagem e utilizou lentes de contato opacas que tornavam a tarefa de enxergar impossível.
  • A equipe de efeitos visuais passou um ano só pra fazer a cena da replicante de Rachael. A atriz Loren Peta interpretou a personagem desta vez e teve a aparência modificada por CGI; a voz foi dublada.

 

FICHA TÉCNICA

Nome original: Blade Runner 2049
Duração: 2h44
Países: EUA, Canadá, Espanha
Direção: Denis Villeneuve
Elenco principal: Ryan Gosling, Harrison Ford, Ana de Armas, Jared Leto, Robin Wright, Sylvia Hoeks, Dave Bautista

 

NOTAS

Leleco: 4,0/5
Brenno: 4,5/5
Quiste: 4,5/5
Ricardo: 3,5/5

 

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Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: Glossário do Leleco

Nota nº 2: quer conhecer melhor a história do blog e os critérios utilizados? Seus problemas acabaram!! É fácil, só acessar esse link: Wiki do Leleco

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Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou do filme. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?

Publicado por Luiz Felipe Mendes

Fundador do blog Pitacos do Leleco e referência internacional no mundo do entretenimento (com alguns poucos exageros, é claro).