Ação/Policial, Séries

Dexter: 5ª Temporada (2010)

• Uma presença “ilumenada”

Antes de dar o pontapé inicial deste pitaco, aviso logo de antemão: caso você, caro leitor, não esteja acostumado com o Melhor Blog do Brasil (de acordo com fontes confiáveis como a Fatos Desconhecidos), deixa eu te dizer uma coisa. Aqui neste site eu não passo spoiler da temporada ou do filme que estou escrevendo. Questão de princípios, sabe? O ódio que eu tenho ao descobrir o que acontece em algo que eu ainda não assisti é indescritível – dá vontade de pegar a pessoa que contou e obrigá-la a chutar uma mesa com o mindinho, de propósito. Contudo, se eu estou fazendo uma crítica da segunda temporada de uma série, spoilers sobre a primeira estão liberados no pitaco. Por isso, aviso novamente: se você não viu a quarta temporada de Dexter, fuja daqui mais rápido que o Flecha de Os Incríveis.
Putaquepariucaralhoporrapqp. Até hoje, cerca de dois anos depois de eu ter concluído a traumática quarta temporada de Dexter, a morte da Rita ainda pulsa por minha memória como se fosse a perda de algum parente próximo. Sim, ela era meio chatinha às vezes, meio sem sal, mas mano. Mano. MANO. Vê-la morrer daquele jeito foi chocante demais, doeu muito no coraçãozinho. Por causa disso, foi até um pouco difícil me convencer a começar a temporada seguinte, ainda mais porque eu tinha lido em váááários lugares que, assim como a Rita, Dexter morrera na quarta temporada. E, infelizmente, isso é até um pouco verdade.
O enredo do quinto ano de Dexter é basicamente sobre o protagonista tentando se recuperar da tragédia com sua esposa. A trama, no entanto, inclui Lumen Pierce como uma nova personagem principal, interpretada por Julia Stiles, de Dez Coisas que Eu Odeio em Você. Lumen é uma vítima de estupro e tortura, um trauma causado por não só um, mas vários homens. Dexter acaba ficando sem escolha e decide ajudá-la na sua caça aos criminosos que destruíram-na, e o caso vai ficando cada vez maior com o tempo.
Uma das características mais marcantes da série é a quantidade de arcos dentro de uma mesma história. Certo, primeiro temos Dexter tentando se recuperar da morte de Rita. Em segundo lugar, temos a Operação Lumen. Em terceiro, temos Debra Morgan (rainha absoluta do seriado) investigando o caso “Santa Muerte”, uma cadeia de assassinatos bizarros. Quarto, temos a evolução de Quinn como personagem e sua relação com os irmãos Morgan. Quinto, temos outros tantos sub-arcos que preenchem a temporada.
Como de praxe, antes de começar a escrever aqui eu vi vídeos de recapitulação dos acontecimentos, porque não dá pra lembrar tudo, né. Eu não sou a Scarlett Johansson em Lucy, nem tampouco o Bradley Cooper em Sem Limites. Ao ver as vídeo-aulas de Dexter, a montagem delas fez parecer que a quinta temporada era melhor do que realmente foi. Na realidade, é provavelmente a mais fraca da série, o que por um lado é de se compreender, depois de tanta coisa que acontecera na season finale passada.
Dexter começa a ficar desleixado, a Lumen não é nem um pouco carismática, e assim a quinta temporada é carregada basicamente por alguns plot twists, a presença sempre marcante de Deb e o crescente destaque de Quinn. Isso falando somente dos personagens. A história em si começa interessante, depois fica meio ble e se recupera somente nos capítulos finais, após algumas revelações que nos deixam empolgados. Em diversos momentos houveram cenas que me fizeram prender a respiração, mas, analisando o panorama geral, foi uma temporada abaixo do que a gente sabe que Dexter pode produzir.
Não vou me demorar mais aqui, porque acho que já disse tudo o que queria. E confesso que tô com um pouquinho de preguiça de escrever no momento A quinta temporada de Dexter deve ser assistida depois de vários dias de reflexão pós-morte de Rita, e deve ser vista como um marco de transição na história da série. O que vem depois dela, porém, isso fica para o próximo pitaco.

 

{Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: https://pitacosdoleleco.com.br/2017/07/11/glossario-do-leleco/}

{Nota nº 2: quer conhecer melhor a história do blog e os critérios utilizados? Seus problemas acabaram!! É fácil, só acessar esse link: https://pitacosdoleleco.com.br/2017/09/16/wiki-do-leleco/}

{Nota nº 3: bateu aquela curiosidade de saber qual exatamente é a nota desta temporada, sem arredondamentos? Se sim, dá uma olhada aqui nesse link. Se não, pode dar uma olhada também: https://pitacosdoleleco.com.br/2017/09/16/gabarito-do-leleco/}

 

~ OBSERVAÇÕES SPOILENTAS: NÃO LEIA A NÃO SER QUE JÁ TENHA VISTO A TEMPORADA INTEIRA. O AVISO ESTÁ DADO ~

 

  • Desculpa, se você acha que o melhor momento da temporada foi o Jordan Chase falando “tick tick tick. This is the sound of your life running out” na frente do Dexter, você está enganado. Se você acha que foi Debra frente a frente com o irmão, perto de descobrir seu segredo, mas desistindo no meio do caminho, errado novamente. Dexter matando Stan Liddy? Nope. Dexter e Lumen matando estupradores? Nananinanão. O verdadeiro ponto alto e sublime da temporada foi a senhorita Debra Morgan chamando “Santa Muerte” de “Santa Mierda”. Aquilo lá foi sensacional, bicho.
  • É SOM DE PRETOOOOO, DE FAVELADOOOO, MAS QUANDO TOCAAA, NINGUÉM FICA PARADOOOO
  • Caso você não tenha entendido essa loucura acima, assista novamente o episódio 6, com atenção, ou simplesmente procure por “funk no seriado Dexter” no Youtube.
  • Não sei bem se torço pra Deb ficar com o Quinn, meus sentimentos estão confusos. Inclusive, ainda não tenho uma opinião formada sobre ele.
  • Dexter é tão foda que derrotou até o Robocop. Derrotou até ele mas não conseguiu impedir o pai do Barney Stinson de assassinar a sua esposa
  • Dexter antes da morte da Rita – psicopata frio e calculista, segue à risca o Código de Harry, consegue se misturar na sociedade e administrar uma família juntamente com seu ~passageiro sombrio~.
    Dexter depois da morte da Rita – lek desajeitado e emotivo, fez merda logo no primeiro episódio, deixou uma pessoa pegá-lo no flagra, além de quase permitir que um policial corrupto o denunciasse.
  • ^ Sentiram a diferença? A série deveria chamar Rita, e não Dexter.
  • Muito foda a Deb hesitando, vendo um inocente morrer na sua frente e alguns dias mais tarde, diante de uma situação semelhante, ter aprendido com os erros e dado um fuckin’ headshot no carinha aleatório lá. Que mulher!
  • A Lumen foi a primeira personagem em todas as séries que eu já vi que completou sua vingança e sentiu um certo alívio. Porque em toda obra é sempre a mesma coisa: a pessoa sofre algo traumático, busca retaliação e quando consegue, percebe que aquilo não lhe deu paz de espírito. Foi interessante a série ter explorado essa outra visão.
  • O que o Harry Potter falou quando viu o “Dark Passenger” do Dexter? Lumen Maxima!
  • Meu deus, que piada ruim.
  • Para que eu não ache as mudanças na personalidade de Dexter um tanto quanto lixosas, tento pegar os fatos e interpretá-los da minha própria maneira. Por exemplo, gosto de pensar que o cara, mesmo sendo psicopata, ficou tão quebrado com o jeito que a Rita partiu, que aquilo acabou despertando alguns tipos de sentimento nele – e por isso ficou tão ridiculamente apegado à Lumen. Só assim pra abrandar a agonia que senti com Dexter ficando meio sentimental demais, com outra mulher, ainda por cima. Este meu estilo de pensamento vai ser muito abordado no próximo pitaco, aguardem……..
  • Hoje tô fazendo mais cliffhanger que The Walking Dead.

 

~ FIM DAS OBSERVAÇÕES SPOILENTAS. A PARTIR DAQUI PODE FICAR DE BOA SE VOCÊ AINDA NÃO VIU ~

 

+ Melhor personagem: Debra Morgan
A série quase sempre alterna entre os dois irmãos como melhores personagens. A única exceção foi na temporada passada, com Arthur Mitchell sendo o destaque. Contudo, a hegemonia voltou a ser instaurada.

O Passado de Debra (1080p)

+ Melhor episódio: S05E08 (“Take It!”)
Não sei bem se eu o escolheria como o melhor se fosse hoje. Entretanto, na época que assisti, uma das cenas me marcou bastante, o que acabou influenciando na minha escolha. A season finale também é eletrizante.

Cochilo reciclável

+ Maior surpresa: Joey Quinn
Nunca pensei que ele fosse se tornar um personagem tão interessante. Por vezes odiável, Quinn também consegue emanar uma certa bondade. É um dos mais bem trabalhados da temporada.

Harley Quinn

 

Obs.: era pro Quinn acima ter ficado parecido com um motoqueiro. Acabou se assemelhando a um terrorista, eu sei. Mas o que vale é a intenção, né?

 

Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou da temporada. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?

Publicado por Luiz Felipe Mendes

Fundador do blog Pitacos do Leleco e referência internacional no mundo do entretenimento (com alguns poucos exageros, é claro).