• Nosso psicopata favorito
A review de hoje é sobre um seriado americano que conta a história de um cara chamado Dexter, que trabalha em um laboratório e tem uma irmã cujo nome começa com D. Poderia ser O Laboratório de Dexter, mas com a pequena diferença de que no desenho o protagonista não mata pessoas em seu tempo livre.
Sim, é disso que Dexter se trata. O personagem principal, Dexter Morgan, é um psicopata que tenta levar uma vida relativamente normal e para fazer isto ele satisfaz seus desejos assassinos matando outros assassinos. Isso tudo foi ideia de seu pai, que descobriu que o filho tinha estas pequenas particularidades e criou o ‘Código de Harry’, que consistia em concentrar seus impulsos homicidas somente em outros homicidas.
Dexter namora Rita, uma tímida mulher que possui dois filhos pequenos. Apesar dele não ser capaz de sentir do mesmo modo que nós sentimos, possui uma certa afeição pela família. Nenhum deles obviamente sabe de seu segredinho – o qual ele esconde apenas para si mesmo, já que seu pai Harry morrera anos atrás.
Pelo fato de trabalhar como legista ele ganha acesso à várias informações da polícia, o que facilita seu trabalho noturno. Dexter é muito talentoso em sua profissão, o que ajuda a mascarar suas práticas psicopatas.
Com isso, ele leva sua vidinha tradicional de bandido bom é bandido morto legista. Mesmo sabendo de seus atos, a gente cria um laço com Dexter justamente porque ele é muito carismático. Seu jeito estranho e suas tentativas de se encaixar e entender a sociedade são de certo modo cômicas e ao mesmo tempo interessantes. Por isso, mesmo sem perceber nós nos vemos torcendo pelo protagonista assassino.
O formato da série é normalmente um caso diferente por temporada. Na primeira, a polícia encontra um corpo mutilado com cortes limpos, claramente feito por alguém profissional. Com o tempo descobrem que se trata de um serial killer, que acaba cativando Dexter justamente pelo modo com que ele deixa suas vítimas. A trama vai se desenrolando de forma bem legal, e é totalmente aceitável assistir vários episódios um atrás do outro.
Os personagens são todos carismáticos, não só o protagonista. A irmã de Dexter, Debra Morgan, ganha destaque com sua personalidade grossa e cheia de palavrões (quem não gosta de palavrões?), Angel Batista com seu jeito brincalhão e Masuka com suas brincadeiras um tanto quanto inapropriadas. Não só estes, mas vários outros mais secundários também.
Mas os melhores são mesmo o próprio Dexter e o vilão Ice Truck Killer. O modo como os dois são parecidos e a relação de respeito mútuo dão um charme à temporada. O nosso legista é um pouco superior devido à sua complexidade, mas o serial killer ITK não fica muito atrás no quesito “fodisse”. Roteiro bem escrito, personagens bem escritos: tudo é perfeito neste início de Dexter.
~ OBSERVAÇÕES SPOILENTAS: NÃO LEIA A NÃO SER QUE JÁ TENHA VISTO A TEMPORADA INTEIRA. O AVISO ESTÁ DADO ~
- Que família emocionalmente controlada a do Dexter!
- Rudy não é aquela música do Kaiser Chiefs?
- Não tem nome de serial killer mais foda que Ice Truck Killer, aceitem.
- Irmãozinhos carinhosos <3
- Que trela aquela cena do molequinho descrevendo Jesus.
- Debra melhor pessoa.
~ FIM DAS OBSERVAÇÕES SPOILENTAS. A PARTIR DAQUI PODE FICAR DE BOA SE VOCÊ AINDA NÃO VIU ~
+ Melhor personagem: Dexter Morgan
Como a gente é capaz de torcer por um psicopata assassino? Apenas coisas de Dexter Morgan.
+ Melhor episódio: S01E12 (“Born Free”)
Aquele típico final de temporada surpreendente.
Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou da temporada. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?