Ficção científica, Séries

Doctor Who: 2ª Temporada (2006)

• O nascimento de um ícone

Antes de mais nada, devo esclarecer algumas coisas.
Na review que vou fazer agora estou tomando como base as minhas reações na primeira vez que eu assisti. Na época, Doctor Who ainda não era uma de minhas séries favoritas, então se eu fosse dar os pitacos da forma como vejo hoje todas as temporadas receberiam 5 Lelecos. Por isso, para ser justo, vou analisar com as minhas primeiras impressões dos episódios.
Em relação à primeira temporada, o primeiro capítulo da segunda é muito superior. O Décimo Doutor de David Tennant, o queridinho dos fãs, é beeeem mais brincalhão que o Nono, com uma personalidade muito diferente. O Nono Doutor de Christopher Eccleston, apesar de ser um personagem carismático, tinha um jeitão mais sério por causa das cicatrizes da guerra contra os Daleks e por isto muita gente prefere começar a série pela segunda temporada, apesar de eu considerar isto um erro.
Mas continuando, logo no primeiro episódio percebemos a mudança de caráter do Doutor após sua regeneração. Os outros personagens da primeira temporada continuam aqui, como Rose, Mickey e Jackie, e estão presentes ao longo de toda a história, principalmente e obviamente mais a Rose, que muitos consideram que foi a grande paixão do Doutor nesta nova fase da série.
As histórias dos episódios evoluíram bastante. Enredos mais interessantes, personagens mais marcantes e um Doutor mais simpático são elementos que fazem desta temporada bem melhor que a primeira. Ainda assim, Doctor Who peca com alguns episódios bem mais ou menos, como o zoado episódio 10 e alguns outros mais lentos. Outro ponto negativo que costuma incomodar as pessoas que estão começando a assistir é a baixa qualidade dos efeitos especiais. Em comparação com a primeira temporada, eles melhoraram, mas ainda continuam estranhos numa época em que as séries estão cada vez mais desenvolvidas.
Não temos aqui um enredo principal que dura a temporada inteira. O formato de Doctor Who até a terceira temporada é feito desta maneira: alguns episódios são independentes enquanto algumas histórias podem ser contadas ao longo de dois ou três capítulos. Normalmente os que têm uma trama maior são mais legais, como os episódios 8 e 9, que contam a história do próprio Demônio em um planeta distante.
Claro que o maior destaque da temporada é o episódio final, que destrói corações até hoje. Sim, eu chorei. Sim, eu me lamentei. Sim, eu tive que quebrar uma cadeira, chutar meu irmão e esmurrar a parede para me sentir másculo novamente. Sério, não dá – se você não se emocionar pelo menos um pouquinho com o último episódio você com certeza não tem coração.
Elementos importantes também são adicionados, como Torchwood, que acabou virando o tema de uma série spin-off de Doctor Who e passa a ser muito importante daqui pra frente. Além disso, um inimigo clássico do Doutor é abordado – os temidos e famosos Cybermen – e uma antiga companheira aparece, a amada Sarah Jane Smith.
Eu mencionei os episódios duplos que são bons mas devo destacar também os que possuem uma história única e interessante, como os episódios 4 e 11, que curti bastante, além do especial de Natal. Um ponto positivo de Doctor Who é a quantidade de episódios, que pra mim está dentro do ideal: 13. Raramente séries com muitos capítulos por temporada mantêm a qualidade, não canso de repetir.
Concluindo, a segunda temporada de Doctor Who é bem melhor que a primeira mas ainda peca nos mesmos aspectos. Revendo hoje, consigo ignorar os episódios medianos, mas pra quem está começando, fica um pouco mais complicado. No entanto, continuo recomendando esta série maravilhosa que já ganhou um espaço no meu coração.

 

~ OBSERVAÇÕES SPOILENTAS: NÃO LEIA A NÃO SER QUE JÁ TENHA VISTO A TEMPORADA INTEIRA. O AVISO ESTÁ DADO ~

 

  • I’m burning up a sun just to say goodbye. Mesmo meses depois de assistir a esta cena, ela ainda me provoca feels.
  • Embora eu não ache a Rose a melhor companion, vê-la se despedindo daquela maneira foi de quebrar o coração.
  • K-9 melhor dog.
  • Não adianta, todo mundo zoa o episódio “Love & Monsters” hahaha uma pena, porque aquele ator que faz o Elton é foda.
  • Cassandra ideal de beleza do futuro.
  • Nem o próprio Demônio é páreo para o Doctor.
  • Madame de Pompadour <3
  • Por falar nisso, o episódio dela é muito bom, adorei.
  • Depois do episódio 5, quero passar bem longe de fones de ouvido sem fio.
  • Imagina que louco se fantasmas começassem a andar pela Terra?
  • Nada como o sotaque britânico de crianças como a Chloe Webber.
  • Que coisa bizarra o povo ficando sem rosto, credo.
  • Maior crueldade do mundo a cena do Doctor falando “Rose Tyler, I…”. 
  • PRA QUE MEXER COM MEUS SENTIMENTOS DESSE JEITO?
  • É, acho que nunca vou superar o final dessa temporada.

 

~ FIM DAS OBSERVAÇÕES SPOILENTAS. A PARTIR DAQUI PODE FICAR DE BOA SE VOCÊ AINDA NÃO VIU ~

 

+ Melhor personagem: Doctor
Agora na pele de David Tennant, o nosso Senhor do Tempo ganha uma personalidade inteiramente diferente e é por muitos considerado o melhor Doutor desta geração.

s2
s2

+ Melhor episódio: S02E13 (“Doomsday”)
Ainda não tenho estruturas para esta season finale.

Hello darkness, my old friend…

 

Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou da temporada. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?

Publicado por Luiz Felipe Mendes

Fundador do blog Pitacos do Leleco e referência internacional no mundo do entretenimento (com alguns poucos exageros, é claro).