Obras de Época, Séries

Vikings: 3ª Temporada (2015)

• Je vous salue

Vikings é uma série que pode ser comparada aos vinhos: com o tempo fica cada vez melhor. Acho que nem é assim o ditado, mas o que importa é que a cada temporada a saga dos nórdicos guerreiros melhora, com mais intrigas, traições, sangue e Ragnar Lothbrok.
Sim, ele está de volta. Agora como o simpático rei da porra toda e depois de ter mandado o Rei Horik ser chato em outra série (oi, Sons of Anarchy), Ragnar continua com sua sede de poder e domínio por toda a Europa. Não podemos esquecer que o mesmo fez uma amizade sincera com Ecbert, o Rei de Wessex, um detalhe vital. Ou seja, mesmo com a tradição de sair matando geral pra poder conquistar novos reinos, Ragnar conseguiu unir os vikings e se aliar ao Rei Ecbert.
Esta aliança dá certo por inúmeros motivos. Primeiro, porque Ecbert é gente boa e sabe que se bater de frente com os nórdicos não vai sair lá muito bem, sendo que os ingleses perto dos vikings parecem eu perto do Jason Momoa. Segundo porque esta união conta com vários aperitivos, como o Athelstan que não se decide se quer ser cristão ou pagão e que se dá bem com ambos os lados. Com o Ragnar, principalmente, até porque são amantes
Pra quem não se lembra muito bem dos desdobramentos da temporada anterior, basta checar meu pitaco do ano passado. Basta pesquisar ali “Vikings” na lupa que vai aparecer rapidinho. Caso esteja com muita preguiça de ler o outro, eis aqui o que precisa saber: Ragnar e seus amigos saem dominando tudo, se aliam ao Rei Ecbert, Lagertha fica grilada pelo fato de Ragnar a ter traído com Aslaug, Bjorn cresce, Floki se torna um tremendo vacilão mas acabamos descobrimos que sempre foi leal a Ragnar e o mais importante, Rollo deixa de ser cuzão (um pouco, pelo menos).
Agora que tudo já tá um pouquinho mais fresco em sua mente (assim espero), vamos ao plot da terceira temporada. Como a passagem de tempo em Vikings é meio nebulosa, às vezes não dá pra dizer ao certo quanto tempo passou entre alguns fatos da trama. Porém, isto nem é tão importante assim. A gente pensa que o primeiro episódio da temporada não vai contar com cenas épicas de batalha, membros sendo arrancados e tudo mais. Também já é pedir demais, né. Mas por incrível que pareça, temos sim uma cena de batalha no primeiro episódio. Ainda assim, o capítulo de introdução faz justamente o que deve fazer: introduzir. Introduzir o conteúdo, quero dizer. O conteúdo da série, isso.
Logo no início Ragnar dá uma de Rick Grimes e conta pro Bjorn que nunca quis ser rei, liderar, só queria brincar de Colheita Feliz em paz. Maaaas como nem sempre a vida nos dá o que pedimos, o cara acabou virando a figura mais importante da região. Por isso, acaba caindo na real e voltando aos assuntos que fazem a gente querer assistir a série – os conflitos. Graças à Odin Vikings não seguiu o exemplo de The Walking Dead.
Logo nos primeiros momentos da temporada já somos capazes de vislumbrar o que está por vir. Tretas envolvendo a princesa ninfomaníaca Kwenthrith, Judith e Athelstan e também o núcleo de Kattegat, o qual inclui Aslaug, Siggy e Helga, não demoram a acontecer, surgindo sem maiores enrolações. Ao longo dos episódios, novas tramas maiores vão despontando e tudo fica mais e mais interessante, chegando ao seu clímax no final. Sério, que final fodástico.
Se você me perguntar qual temporada eu gostei mais, a segunda ou a terceira, cada vez te darei uma resposta diferente. Tem vez que eu penso que gostei mais da segunda, do nada eu decido que curti mais a terceira, então é mais fácil dizer que as duas são do mesmo nível, pelo menos pro Leleco aqui.
Senti um pouco de falta do personagem da Lagertha, parece que às vezes os roteiristas não sabem muito bem aonde encaixá-la. Floki, por outro lado, já adianto que continua um fdp, só que agora de maneira diferente. Já os irmãozinhos fofos Ragnar e Rollo permanecem sendo bem desenvolvidos e essenciais para a história.
Algo que me agrada muito em Vikings é justamente a falta de enrolação. Muitas séries por aí, quando percebem que estão tendo uma grande audiência, tendem a ficar atrasando a trama só para a temporada ter mais episódios e com isso render mais lucro. Vikings, por outro lado, é o que é. Não se preocupa em ficar “”””””desenvolvendo“”””” demais alguns personagens inúteis, e entrega aos fãs um produto final altamente satisfatório.
Quanto ao clima de Vikings, acho meio exagero ficar comparando com Game of Thrones, sendo que realmente não tem muito a ver, com exceção do clima medieval. É mais ou menos igual as pessoas que ficam querendo comparar O Senhor dos Anéis com Harry Potter, não dá pra entender.
De qualquer forma, a maior qualidade da série (e nesta temporada não é diferente) é talvez o seu maior defeito. Algumas das ações de vários personagens parecem um pouco injustificadas, dando a impressão de que os roteiristas só fizeram certas coisas pra causar um plot twist. Muitas dessas jogadas acabam funcionando, mas outras ficam meio sem sentido mesmo.
Já devo ter deixado claro que vale a pena pra caralho assistir à esta temporada, né? Se por acaso eu não tiver deixado transparecer isto, escreverei aqui com todas as letras: VEJAM ESTA TEMPORADA, PELO AMOR DE DEUS. Você vai sorrir, talvez vai chorar, e garanto que assim que terminar a season finale aplaudirá. É bem verdade que enquanto escrevo isto já assisti metade da quarta temporada e ela tá beeeem abaixo desta, porém vamos deixar este assunto pra um próximo pitaco – espero vocês lá.

 

~ OBSERVAÇÕES SPOILENTAS: NÃO LEIA A NÃO SER QUE JÁ TENHA VISTO A TEMPORADA INTEIRA. O AVISO ESTÁ DADO ~

 

  • Primeiramente, fora Floki.
  • Aquele Ecbert heinnnn, caí direitinho na lábia daquele otário.
  • Quero só ver o que vai acontecer com aquele Kalf quando a Lagertha mostrar quem é de verdade.
  • Siggy </3
  • Nããããããão, acabaram com o melhor shipp da série. Por que Athelstan teve que morrer e deixar seu parceiro Ragnar desamparado? Damn you, Floki.
  • O Bjorn é mais sem sal que comida de nutricionista. Com a Porunn então, pqp.
  • Você pode até ser macho alpha™, mas nunca chegará aos pés de Torstein em seus últimos suspiros.
  • Ainda não decidi o que pensar do Harbard. Tem vez que acho ele daora, outras acho ele um cuzão. Vai entender.
  • Cara, que genial a jogada do Ragnar ao se fingir de morto. Claro que eu desconfiava de alguma coisa, mas ainda assim foi épico demais.
  • Paris Batismos – leve o indivíduo e ganhe DE GRAÇA uma invasão em sua cidade! Ligue agora!
  • Aquela Gisla é muito zzzzzzzz
  • Judith fazendo aquele cosplay básico de Van Gogh.
  • Sai dessa, Helga! Você merece coisa melhor.
  • Quando a gente pensa que o Rollo melhorou, virou um cidadão de bem, o lek vai e faz aquilo. Desisto desse cara.

 

~ FIM DAS OBSERVAÇÕES SPOILENTAS. A PARTIR DAQUI PODE FICAR DE BOA SE VOCÊ AINDA NÃO VIU ~

 

+ Melhor personagem: Ragnar Lothbrok
Com um look novo, Ragnar está mais sensacional do que nunca em todos os sentidos. Nesta temporada realmente não teve pra ninguém.

Após fazer a promessa de ir à missa todos os domingos durante um ano, Ragnar passa na faculdade e raspa a cabeça
Após fazer a promessa de ir à missa todos os domingos durante um ano, Ragnar passa na faculdade e raspa a cabeça

+ Melhor episódio: S03E10 (“The Dead”)
Que plot twistão da porra. Esta temporada conta com vários ótimos episódios, mas a season finale conseguiu superar todos.

Esta cena é do primeiro episódio, mas eu queria deixar o questionamento: qual cabelo é mais fabuloso?
Esta cena é do primeiro episódio, mas eu queria deixar o questionamento: qual cabelo é mais fabuloso?

 

Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou da temporada. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?

Publicado por Luiz Felipe Mendes

Fundador do blog Pitacos do Leleco e referência internacional no mundo do entretenimento (com alguns poucos exageros, é claro).