Filmes Solo, Quadros

Guardiões da Galáxia Vol. 2 (2017)

• Eles estão de volta!

Todo mundo sabe que Guardiões da Galáxia é um dos melhores filmes da Marvel.
A missão do segundo filme da franquia não era fácil: depois do sucesso impressionante de seu precursor, Guardiões da Galáxia Vol. 2 tinha a missão de ser no mínimo tão incrível quanto o outro. Talvez ele não tenha sido tão bom, mas ainda assim é um puta filme legal.
Quem acompanha o blog já tá ligado que eu não sou muito de dar pitacos em filmes. Desde o começo meu foco está nas séries. C U R I O S I D A D E —> Você sabia que quando tive a ideia original da página do Instagram, o nome era “Séries do Leleco”?. Meu irmão foi quem me aconselhou a mudar, caso algum dia eu quisesse escrever uma resenha de algum filme. Pois é, este é um dos casos, e enquanto ouço a playlist inteira do Senhor das Estrelas – o Vol. 1 – parto pra mais uma viagem ao mundo das críticas não-especializadas e não tão boas assim.
A sequência inicial de Guardiões da Galáxia Vol.2 é sensacional, embalada por cenas de lutas contra alienígenas estranhos e Baby Groot dançando. Logo naquele início já fiquei animado com o que estava por vir, mesmo já tendo ouvido em alguns lugares que o filme não era tão bom quanto o primeiro.
O infame Senhor das Estrelas retorna com sua ironia e sua incrível capacidade de ser cool. Gamora continua com aquele seu jeito turrão e sério de ser e Drax surge um pouco diferente – enquanto no primeiro filme ele era mais ríspido, com um vocabulário bem esquisito complexo e uma inocência bruta, neste ele já tá cheio das piadas desde o começo.
Baby Groot tá mais fofinho do que nunca, fazendo até o homem mais barbudo, violento e mortal dar um sorrisinho amigável sempre que o personagem aparecia, e por outro lado Rocky talvez tenha sido minha maior decepção. Acho que a palavra “decepção” é um pouco forte demais, mas em Vol. 2 o guaxinim (ou roedor, raposa, como queira – só não diga isto perto dele) tá meio chatinho, não encantando tanto quanto antes, com seu humor sarcástico e suas tiradas.

Olha essa carinha, mano

Vamos à trama do negócio. A base de tudo é centrada na misteriosa paternidade do Senhor das Estrelas e em tudo que ela acarretou na vida dele. Logicamente temos diversas subtramas na história, mas todas acabam convergindo no enigmático pai de Quill.
Infelizmente, o roteiro aqui não parece tão bem feitinho quanto em Vol. 1, e em alguns momentos parecia que a história não tinha muito rumo. Devo tá parecendo aqueles críticos de cinema chatos, mas perguntei pra alguns amigos meus o que eles acharam e vários concordaram comigo. Não que a história do filme seja ruim, mas não é tão bem desenvolvida quanto antes.
Outro pequeno defeito de Vol. 2 é o exagero. Como os produtores tinham plena consciência do que havia dado certo anteriormente, parece que amplificaram tudo para tentar agradar ainda mais. O problema é que algumas vezes as coisas ficavam estranhas. Pooooor exemplo, tive a impressão de que em vários momentos a trilha sonora ficou meio deslocada, mais ou menos como se o diretor tivesse pensado “e aí, galera, seguinte: as músicas do primeiro filme foram do caralho, agora enche o segundo de música boa sempre que der“.
Outro probleminha foram as piadinhas. O que mais me agrada nos filmes da Marvel é justamente o humor, e nunca me importei de piadas no meio de batalhas, porque pra mim isto deixa o filme mais divertido até. Tem gente que prefere o tom mais sério da DC, mas eu sempre curti mais o estilo descontraído da Marvel, ainda que ame as duas. Em Vol. 2, pelo fato do humor ter sido um dos pontos mais altos da primeira obra, em algumas cenas as piadas ficaram extremamente bobas, como em uma parte em que a Nebulosa (interpretada pelo meu mozão Karen Gillan) faz um discurso ameaçador e o carinha lá quebra o momento dizendo uma coisa bem nada a ver com nada.
AGORA CHEGA DE SER CHATO, LELECO, EU VIM AQUI PRA VER CRÍTICA DESCOMPROMISSADA, E NÃO ESSE BAGULHO TÉCNICO QUE CÊ TÁ FALANDO AÍ, VACILÃO. Pois bem, amigos, vamos aos pontos positivos.
Além do entrosamento incrível entre os personagens, um em particular me surpreendeu: Yondu. Ele e Baby Groot foram de longe os melhores do filme. Vamo combinar que aquela varinha mágica do Yondu é foda pra caralho, bem que o ator poderia ter usado aquilo em The Walking Dead.
Ainda que o humor e a trilha sonora tenham passado um pouquinho do ponto, não dá pra não dizer que são dois aspectos fortíssimos da franquia. Inclusive neste momento já estou ouvindo a playlist do Awesome Mix, Vol. 2 e me inspirando com essas músicas maravilhosas que saem tabelando. O bom humor do filme também me divertiu muito, principalmente com o Drax, mesmo estando com um jeito mais ácido.
Alguns personagens novos são introduzidos, como o pai de Peter Quill (não é bem um spoiler porque isto é revelado praticamente na primeira cena do filme), a inocente Mantis e os Soberanos, um bando de gente dourada com uma autoestima absurdamente grande e uma frota de naves não tão eficiente.
Nota sobre o filme: Sylvester Stallone faz uma ponta, mas uma ponta bem ponta mesmo, aparecendo em umas duas cenas no máximo. Acho que podemos dizer que ele teve o mesmo tempo de tela que o mestre Stan Lee em Guardiões da Galáxia, Vol. 2.
As cinco cenas pós-créditos (sim, cinco!) não são lá grandes coisas, mas uma delas revelou algo que deixou todos os fãs de quadrinhos com uma expressão parecida com a daquela reação “uau” do Facebook. Eu não conheço muito de hqs, então como um bom ~modinha~ tive que pesquisar direito para entender o real impacto daquele momento.
O vilão foi um pouquinho decepcionante, mas as cenas de ação e batalha são muito legais de assistir. O final pareceu um pouco corrido, porém é uma boa conclusão pra um filme realmente muito legal, ainda que esteja abaixo do primeiro. Agora só resta esperar os próximos filmes de super-heróis, porque neste ano ainda teremos Liga da Justiça, Thor: Ragnarok, Homem-Aranha: de Volta ao Lar Mulher Maravilha. Que delícia de 2017, cara.

 

+ Melhor personagem: Yondu
Quando postei este pitaco acabei elegendo o Baby Groot como o melhor. Contudo, depois de um dia estou editando e mudando de ideia, optando pelo Yondu. Vejam o filme e provavelmente concordarão comigo.

Porque moicano é pros fracos

 

Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou do filme. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?

Publicado por Luiz Felipe Mendes

Fundador do blog Pitacos do Leleco e referência internacional no mundo do entretenimento (com alguns poucos exageros, é claro).