Marvel (MCU), Quadros

MCULeleco #05 – Capitão América: O Primeiro Vingador (2011)

• Bandeira, segunda pele

Em sua essência, o Capitão América é o super-herói mais ridículo do universo. O cara é praticamente uma bandeira ambulante, se veste como o salvador inexistente dos EUA e é basicamente um letreiro com os dizeres “NÓS SOMOS OS MOCINHOS”. Por isso, a minha surpresa quando assisti a Capitão América: O Primeiro Vingador foi grande.
Não é besteira dizer que esse filme foi um dos precursores da minha paixão por histórias de super-heróis. Aquele tipo de trama me pega demais, mano. O mocinho baixinho desprezado pelos outros, visto como fraco e sem valor, de alguma forma dá a volta por cima e mostra pra todos que o bagulho não é assim não. Se o enredo tem essa premissa, já é 50% de chance de eu gostar. Com O Primeiro Vingador, eu gostei 100%.

 

Sinopse

Steve Rogers (Chris Evans) é um jovem da década de 1940, em plena Segunda Guerra Mundial. O maior sonho de sua vida é servir ao Exército dos Estados Unidos. Até aí tudo bem, mas digamos que, hm, ele não faz muito o tipo militar. Com um corpo franzino e uma cabeça do tamanho da arrogância do Tony Stark, ele não cansa de tentar se alistar para enfrentar os nazistas alemães. Contudo, é sempre reprovado. Ainda assim, ele não desiste, mesmo com as intervenções de seu melhor amigo, Bucky Barnes (Sebastian Stan), que o aconselha a deixar pra lá.
Certo dia, a oportunidade que Steve Rogers sempre esperou cai em seu colo repentinamente quando o Doutor Abraham Erskine (Stanley Tucci) faz uma proposta a ele, uma chance de entrar no Exército. Obviamente, Steve logo aceita, mas a intenção de Erskine é transformar seu convocado em um supersoldado norte-americano. O General Chester Philips (Tommy Lee Jones) se opõe à ideia, mas o experimento continua. Agora turbinado, Steve Rogers, com a ajuda da oficial Peggy Carter (Hayley Atwell), toma como missão principal frustrar os planos do maligno Johann Schmidt (Hugo Weaving), um dos braços-direitos de Adolf Hitler.

O que disse, machista

Crítica

Digo tranquilamente que O Primeiro Vingador é um dos filmes mais subestimados do MCU. Apesar da intensa panfletagem pró-EUA em praticamente o filme inteiro, eu consegui aceitar isso tranquilamente a partir do momento que assimilei que aquilo é o elemento principal do protagonista. Um Capitão América sem patriotismo seria tipo um Homem-Aranha rico. Acabaria com a graça do personagem. Além do mais, na segunda metade do longa a ameaça se torna muito maior do que “simplesmente” um embate entre Aliados e Eixo.
A jornada de Steve Rogers é muito bem construída. É verdade que o personagem não é nem de longe marcante como Tony Stark, por exemplo, mas é um tanto quanto refrescante acompanharmos um herói que esbanja bravura e coloca sua coragem acima das outras características. Curiosamente, à medida que a problemática do filme passa a ser entre o Capitão e Schmidt, o Caveira Vermelha, a obra perde um pouco o pique. As batalhas deixam de ser interessantes como antes e caem um pouco no ostracismo. É como se o filme começasse nota 10 e terminasse com um 7,5, sei lá.
O modo como o roteiro amarra o passado e o presente é legal de se ver, sobretudo na figura de Howard Stark (Dominic Cooper), o pai do nosso Anthony. O desfecho é digno de nota e a cena pós-créditos nos deixa em um hype absoluto. Até hoje, O Primeiro Vingador permanece como um dos meus filmes favoritos do MCU, muito por causa do valor emocional, e muito por causa de sua trama.

Esquadrão Suicida (2016)

Veredito

Um herói um tanto quanto piegas, mas que acaba sendo interessante. Uma história daora. Um vilão legal. Um elenco forte. Algumas cenas de ação meio esquecíveis, mas tudo bem. Ele acaba sendo um filme digno de 4,5 Lelecos, mas repito, não me preocuparei em dar notas exatas. O Primeiro Vingador, capítulo mais antigo na linha do tempo do MCU, abre o universo da empresa com um gancho ótimo para Os Vingadores.

Look do dia

 

Aviso: Tem uma cena pós-créditos.

 

{Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: https://pitacosdoleleco.com.br/2017/07/11/glossario-do-leleco/}

{Nota nº 2: quer conhecer melhor a história do blog e os critérios utilizados? Seus problemas acabaram!! É fácil, só acessar esse link: https://pitacosdoleleco.com.br/2017/09/16/wiki-do-leleco/}

 

~ OBSERVAÇÕES SPOILENTAS: NÃO LEIA A NÃO SER QUE JÁ TENHA VISTO O FILME. O AVISO ESTÁ DADO ~

 

  • Detalhe curioso o fato daquela arma foderosa do membro da Hidra fazer o mesmo barulhinho da arma do Homem de Ferro, considerando que elas bebem da mesma fonte: a energia do Tesseract.
  • Aquela moto do Cap era meio roubada, né. Tava tudo explodindo em volta, pessoas morrendo, destroços voando, mas a motinha continuou firme e forte até o fim.
  • Os soldados amigos do Cap não deveriam ser um pouco menos treinados não? Beleza que eles são do Exército e tudo mais, só que eles pareciam ser de uma maldita Força de Elite.
  • Peggy e Cap melhor casal, aaaa. Ah, e aproveito pra deixar aqui meu pequeno repúdio àquele beijo da personagem da Natalie Dormer no Steve só pra gerar uma cena de ciúmes. A Peggy putassa foi massa de ver, mas achei meio deslocado aquele momento.
  • Tadinho do Bucky, caindo do trem e se espatifando lá embaixo. E o Steve, melhor amigo dele, não pôde nem ficar bêbado pra afogar as mágoas 🙁
  • Porra, o Schmidt poderia ter ficado o filme inteiro sem o rosto de látex, né? Muito mais foda ele com a expressão rubra. E a interação dele com o Zola foi boa também.
  • Melhor cena aquela do General dizendo que não vai beijar o Steve. Se bem que a sequência do nosso herói correndo logo após descobrir os poderes e testemunhar a morte do cientista também foi massa pra caralho.
  • Não acredito que um dos melhores casais da Marvel teve pouco tempo de tela. Muito triste o Cap jogando o avião no gelo e depois descobrindo que acordou cerca de 70 anos depois. “Eu tinha um encontro”. Aaaaa, melhor final.
  • #ApariçãodoStanLee: na cerimônia de homenagem ao Capitão, o Pai da Marvel comenta que jurava que o herói fosse mais alto. É um brincante mesmo.
  • Steve foi chamado pelo Nick Fury pra fazer parte de uma iniciativa aí na cena pós-créditos. A porra tá ficando MUITO séria.

 

~ FIM DAS OBSERVAÇÕES SPOILENTAS. A PARTIR DAQUI PODE FICAR DE BOA SE VOCÊ AINDA NÃO VIU ~

 

+ Melhor personagem: Steve Rogers
Transformaram o chato Capitão América em um herói apreciável. É preciso aplaudir.

Como vim para  aqui meu. Deus eu só tenho 6. anos

 

Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou da temporada. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?

Publicado por Luiz Felipe Mendes

Fundador do blog Pitacos do Leleco e referência internacional no mundo do entretenimento (com alguns poucos exageros, é claro).