• Ultron: O Legado
O mundo comemorou, chorou de emoção e gritou histericamente quando os Vingadores foram reunidos pela primeira vez em 2012. Por isso, era natural que a sequência viesse carregada de expectativa. Com as presenças conhecidas de nossos queridos heróis, a Marvel investiu pesado na divulgação. Infelizmente, ela passou do ponto e revelou muita coisa que poderia ter ficado escondida. De qualquer forma, Vingadores: Era de Ultron foi lançado e gerou opiniões divergentes entre os espectadores, e segue sendo um dos capítulos que mais dividem os fãs do MCU.
Sinopse
Oh, meu Odin, a HIDRA tá com o maldito Cetro de Loki em uma de suas sedes secretas, com dois Aprimorados protegendo o local. Precisamos conter a ameaça, quem devemos chamar? Homem de Ferro? Capitão América? Thor? Hulk? Viúva Negra? Gavião Arqueiro? Hmmm, que tal TODO MUNDO? Que tal se a gente mandasse os malditos Vingadores pra cumprir essa missão, pra que não aconteça mais merda no futuro? Ok, ótima ideia. Somos gênios.
Bom, é assim que começa Era de UItron. Em Os Vingadores, o diretor Joss Whedon se preocupou em fazer com que os seres mais poderosos da Terra (e de Asgard) se encontrassem, sem que isso ficasse artificial. Ele trabalhou as primeiras interações de cada personagem, criando uma pequena rixa entre Tony e Steve, um companheirismo entre Viúva e Gavião e um respeito mútuo entre Tony e Bruce, por exemplo. Agora, ninguém mais quer saber de introduções, e Whedon entendeu isso. Por isso, ele bota o Mjölnir na mesa e inicia Era de Ultron com sequências de ação envolvendo nosso time favorito de super-heróis – nos cinemas, pelo menos. A trama geral só se desenvolve depois desse primeiro cartão de visitas. Na intenção de criar uma inteligência artificial pra proteger o planeta contra futuras invasões, Tony Stark e Bruce Banner dão vida a Ultron, que acaba adotando o estilo Skynet e firma como objetivo pessoal reconstruir um novo mundo.
Crítica
Lembra que eu mencionei ali em cima uns tais Aprimorados? Bom, são os novos personagens, yay! Irmãos gêmeos, Wanda (Elizabeth Olsen) e Pietro (Aaron Johnson) Maximoff têm superpoderes. A primeira possui umas habilidades telecinéticas que deixam seus alvos perturbados da cabeça. O segundo é rápido pra caramba, quase no nível Forrest Gump de velocidade. Com uma infância trágica e dolorida, eles acabaram se afiliando à HIDRA e se opondo aos Vingadores. Suas participações em Era de Ultron são muito boas, principalmente as de Wanda. Ela é consideravelmente mais interessante que o irmão, o qual não possui muitas camadas. O fato dela ser poderosa pra caralho e não ter total dimensão disso é um elemento positivo no longa.
Quanto aos personagens antigos, eles não brilham tanto quanto em Os Vingadores. Quase nenhum deles se destaca, embora também não estejam ruins. A química entre o grupo é muito grande, sobretudo nas cenas envolvendo uma festa no começo do filme, com momentos de descontração. Os secundários têm pouco espaço, como o Máquina de Combate e o Falcão. Por incrível que pareça, Clint Barton, o Gavião Arqueiro, é o mais bem desenvolvido e um dos que mais se destaca. Seu arco humano chama a atenção e o coloca em um novo patamar no MCU.
Sobre a obra em geral, ela possui seus defeitos e qualidades, como qualquer outro filme. Ao contrário de Os Vingadores, ela não conta com tantos momentos épicos assim. Joss Whedon parece se preocupar mais com a ação do que com o desenvolvimento dos personagens. A premissa de Ultron é boa, ainda que não exatamente original, mas o vilão gera controvérsias. Eu, particularmente, acho ele um antagonista decente, mas reconheço que poderia ter sido melhor. A voz de James Spader dá um tom sombrio ao personagem, que se revela não ser tão sombrio assim. Isso faz sentido se considerarmos que ele é muito atrelado à personalidade de Stark, mas acaba sendo um tanto quanto decepcionante. A história conta com acontecimentos essenciais para a continuidade do MCU e partes que fazem os fãs dos quadrinhos e os fãs dos filmes balançarem as pernas de tanta animação. A cena pós-créditos é legal, mesmo não se encaixando muito com a linha do tempo estabelecida no universo. Isso, no entanto, é coisa pra outro pitaco.
Veredito
Vingadores: Era de Ultron é um ótimo filme, bastante subestimado pela comunidade. Ele obviamente não é melhor que seu antecessor e pra mim fica atrás de capítulos como Guardiões da Galáxia e talvez Capitão América: O Soldado Invernal, mas é bem superior a outros longas da extensa saga do MCU. Seus defeitos poderiam ter sido facilmente corrigidos no roteiro, mas o filme empolga e traz novidades legais pro mundo da Marvel. E que venha o Homem-Formiga!
Aviso: Tem uma cena pós-créditos.
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~ OBSERVAÇÕES SPOILENTAS: NÃO LEIA A NÃO SER QUE JÁ TENHA VISTO O FILME. O AVISO ESTÁ DADO ~
- Sério, toda vez é uma delícia assistir à sequência em que todo mundo tenta levantar o Mjölnir, ainda mais quando o Cap quase consegue e o Thor fica com o cu trancado.
- “There are no strings on me” tinha tudo pra ser um bordão foda pra caralho, é uma pena que o Ultron não foi tão bem aproveitado. E vamo combinar, aquela parte em que ele fala das omeletes dá muita vergonha alheia.
- O Andy Serkis finalmente conseguiu interpretar uma pessoa de verdade e logo nas primeiras cenas tem o braço cortado fora. Isso é que eu chamo de sorte.
- Bom, por aquela eu não esperava, ver o Clint com família e tudo mais. Quando o Nick Fury apareceu, também foi uma surpresa agradável. E fica o questionamento: será que ele já teve um caso com a Hill?? Eu particularmente acho que não, mas não coloco minha mão no fogo.
- A manopla do Thanos aparecendo na visão do Thor foi muito aaaaa. Assim como o Falcão dizendo que tava procurando pela “pessoa desaparecida”.
- Já que eu mencionei uma visão acima, o que dizer do Visão. O cara já botou o ímã na mesa ao levantar o Mjölnir com a mesma facilidade de seu dono. E foi massa ver que o Jarvis foi parar em algum lugar sem ser a Lixeira do Windows.
- Que irônico o cara mais rápido do MCU ser morto por balas comuns (ou seriam elas de Mercúrio?). E ah, a cena da Wanda explodindo tudo ao sentir que seu irmão morreu foi bem forte, por sinal.
- Um casal formado por Banner e Romanoff, confesso que não esperava. Na primeira vez que assisti, fiquei pensando que não tinha nada a ver. Na segunda, comecei a enxergar com outros olhos. Agora, até acho que faz sentido, mas desenvolveram isso muito abruptamente. Uma pena, porque poderia ter rendido um arco melhor.
- Capitão trollando todo mundo no final ao quase dizer Avengers Assemble. Maldita Marvel.
- #ApariçãodoStanLee: um senhor que se atreve a beber um drinque de Asgard e sai dizendo coisas sem sentido como “Excelsior”.
- – Beleza, piá – afirmou Thanos, enfiando sua forte mão arroxeada dentro de uma manopla dourada – Xá comigo que eu cuido dessa porra. Naquela cena pós-créditos, uma coisa ficou clara: ele está chegando.
~ FIM DAS OBSERVAÇÕES SPOILENTAS. A PARTIR DAQUI PODE FICAR DE BOA SE VOCÊ AINDA NÃO VIU ~
+ Melhor personagem: Wanda Maximoff/Feiticeira Escarlate
Mostrou que tem potencial pra grandes coisas no MCU. O tempo dirá se a profecia se cumpriu. Gostei também de seu irmão, Pietro, mas ele acaba sendo pouco explorado.
+ Maior evolução: Clint Barton/Gavião Arqueiro
Finalmente resolveram abordar um pouco mais dele. Foi o segundo maior destaque do filme, tem muitos méritos.
Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou da temporada. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?