Curtinhas do Leleco, Drama

CurtinhasdoLeleco #67 – Priscilla (2023)

• Nunca conheça seus ídolos

Devo dizer que não sou fã de Elvis Presley. Até pouco tempo atrás, meu conhecimento acerca dele se limitava a “I Can’t Help Falling In Love With You”. Depois de ver o filme Elvis, de 2022, aprendi um pouco mais sobre a história do artista. Por isso, fui assistir Priscilla com curiosidade, pra ter uma outra visão do assunto.

Com direção de Sofia Coppola, o filme tem como base um livro de memórias escrito por Priscilla Presley, apresentando uma perspectiva diferente sobre a figura de Elvis. O enredo gira em torno da paixão do casal, além dos comportamentos abusivos do Rei do Rock.

Não quero ser pessimista, mas eu sinceramente acho que grande parte (se não a maioria) dos artistas que fazem um sucesso absurdo são babacas em algum nível. Alguns podem ser simplesmente arrogantes, mas outros são coisas bem piores. É o caso de Elvis. Nesse sentido, Priscilla faz um bom trabalho ao desmistificar um homem que, embora seja um dos maiores da história da música, não era nem de perto um santo.

A ambientação do filme é muito bem feita. Dou um destaque especial pro trabalho de maquiagem. Através desse fator, Priscilla é capaz de demonstrar a passagem de tempo de forma natural e sem exageros. A boa atuação de Cailee Spaeny também vale a menção positiva.

Quanto ao restante do filme, confesso que não gostei tanto. A edição é um pouco confusa e a história parece vazia. O roteiro tem em mãos uma história com potencial, mas consegue arranhar apenas a superfície, com pouco a dizer de fato. O argumento de mostrar o relacionamento tóxico do casal é proposto de maneira competente, mas sem ir a fundo.

A obra tem boas intenções e uma ótima execução na parte técnica. Jacob Elordi, no entanto, não me convence como Elvis, ainda mais depois de uma interpretação tão marcante quanto a de Austin Butler.

Priscilla toca em um assunto sensível e tem a coragem de expor um artista gigantesco sem romantizá-lo. Contudo, é contraditório ao reduzir a identidade da protagonista ao seu cônjuge, sem acrescentar muito. É uma experiência visualmente boa, mas que falha em sua narrativa.

Uma coisa eu tenho que reconhecer: o design de produção deste filme é maravilhoso

 

Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: Glossário do Leleco

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Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou do filme. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?

Publicado por Luiz Felipe Mendes

Fundador do blog Pitacos do Leleco e referência internacional no mundo do entretenimento (com alguns poucos exageros, é claro).