Drama

CurtinhasdoLeleco #109 – Adoráveis Mulheres (2019)

adoráveis mulheres

• Quatro identidades

Eu me lembro bem de quando vi esse filme pela primeira vez. Foi na preparação pro Oscar de 2020. Fui ao cinema, sozinho, e assisti O Escândalo e Adoráveis Mulheres, um depois do outro. Quatro anos depois, resolvi revisitar o longa dirigido por Greta Gerwig, que ficou marcada recentemente por Barbie.

No século XIX, Jo, Amy, Meg e Beth são quatro irmãs de personalidades e planos bem diferentes. Enquanto partilham um forte laço na passagem entre infância, adolescência e vida adulta, elas precisam passar pelas difíceis provações de viver em uma época hostil para as mulheres.

Na primeira vez que vi Adoráveis Mulheres, eu não tinha noção do quão influente era o livro de Louisa May Alcott e que ele já havia sido adaptado antes. Eu não sabia quase nada sobre o enredo, com exceção de um spoiler que tinha pegado em um episódio de Friends.

As atuações são boas. Saoirse Ronan é o grande destaque, mas vale a menção pra Florence Pugh e Timothée Chalamet. Já não posso dizer o mesmo da montagem. A trama é contada fora da ordem cronológica. Isso por si só não é um problema, é claro, mas o filme vai e volta em duas linhas do tempo diferentes com poucos elementos que as diferenciam, deixando as coisas confusas.

Acredito também que foi um erro terem escalado as mesmas atrizes pra interpretar as personagens no passado e no presente. Isso porque não dá pra acreditar que a Florence Pugh, por exemplo, tem 13 anos de idade. Não vou negar, isso ficou meio tosco e me desconectou da experiência. Se não queriam escalar atrizes mais jovens para interpretar crianças, então por que não focar só no tempo presente, pegando um recorte diferente das demais adaptações?

Ao longo do filme, esses problemas diminuem e o enredo acerta a mão. Os aspectos técnicos são ótimos, principalmente figurino e ambientação, assim como fotografia e trilha sonora. Sem dúvidas, é uma obra bonita de se ver e ouvir.

Adoráveis Mulheres é um bom filme de época, com direção, elenco e produção inspirados. A montagem e algumas escolhas do roteiro atrapalham, mas não o suficiente pra apagar os acertos.

Quando os universos de Lady Bird Duna se encontram

 

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Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou do filme. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?

Publicado por Luiz Felipe Mendes

Fundador do blog Pitacos do Leleco e referência internacional no mundo do entretenimento (com alguns poucos exageros, é claro).