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CurtinhasdoLeleco #158 – Batalhão 6888 (2024)

batalhão 6888 filme

• Heroínas por encomenda

Um batalhão formado apenas por mulheres negras quer ajudar os EUA durante a Segunda Guerra Mundial, mas recebe uma missão impossível: entregar milhões de cartas não enviadas aos seus respectivos destinatários.

Eu fui assistir a este filme com a expectativa de que seria semelhante a Estrelas Além do Tempo, que eu particularmente gostei muito quando vi lá em 2016. A temática de empoderamento feminino é um elemento em comum e a premissa de Batalhão 6888 é muito boa. Como filme, porém, ele é recheado de problemas.

As atuações e personagens são os maiores defeitos. O nome mais famoso do elenco é o de Kerry Washington. Eu já vi alguns outros trabalhos dela, como Django Livre, e sei que é uma boa atriz. Porém, nem a sua interpretação passa incólume em Batalhão 6888. Acredito que a culpa maior é de Tyler Perry, responsável pela direção e roteiro.

Pelo que li no IMDb, o cineasta quis desenvolver o filme o mais rápido possível pra que a verdadeira Lena Derriecott, protagonista do longa, conseguisse assisti-lo antes de sua morte aos 100 anos de idade, que ocorreu em 18 de janeiro de 2025. Provavelmente, essa pressa em desenvolver o filme culminou em uma menor polidez no roteiro, que é cheio de diálogos clichês e interpretações forçadas. A atriz Ebony Obsidian, que dá vida a Lena, foi quem teve a interpretação mais natural, enquanto Shanice Williams, que representa Johnnie Mae, é pra lá de caricata e não passa de um incômodo alívio cômico.

O terceiro ato, por outro lado, é muito bom. A trama real é historicamente relevante e o filme conseguiu extrair sentimentos genuínos de mim, apesar de alguns exageros da direção. Se o nível geral de Batalhão 6888 tivesse sido parecido com a sua reta final, tenho certeza absoluta de que eu teria apreciado mais.

Batalhão 6888 tem grandes méritos ao mostrar pro mundo um episódio esquecido da Segunda Guerra Mundial, que teve considerável importância na época e acabou sendo ignorado nos livros de história. Como filme, ele abusa dos sotaques estranhos e interações óbvias, e possui um roteiro com nenhum pingo de sutileza.

Amor proibido nos EUA

 

Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: Glossário do Leleco

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Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou do filme. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?

Publicado por Luiz Felipe Mendes

Fundador do blog Pitacos do Leleco e referência internacional no mundo do entretenimento (com alguns poucos exageros, é claro).