• Flechas e flashbacks
“Meu nome é Oliver Queen. Por cinco anos, eu fiquei preso numa ilha com um único objetivo: sobreviver. Agora, eu vou realizar o desejo do meu pai ao morrer, de usar a lista de nomes que ele me deixou, e derrubar aqueles que estão envenenando minha cidade. Para fazer isso, eu preciso me tornar outra pessoa. Eu preciso me tornar… outra coisa”.
Pronto, este foi o resumo de hoje
Arrow é uma série da CW baseada na história do Arqueiro Verde, um herói da DC Comics. Embora tenha muitas diferenças para com a história original dos quadrinhos, não deixa de ser uma boa adaptação.
Comecei a assistir meio despretensiosamente. Como eu já disse em algum lugar aqui antes, sempre gostei de superheróis, mas nunca soube muita coisa sobre este em particular. Liguei pra minha amiga Netflix e ficamos conversando por um tempão, até que chegamos à decisão de que eu começaria a assistir Arrow. Resultado: acabei me surpreendendo bastante.
Vamos aos elementos da série, começando pelos personagens. Oliver Queen é um fanfarrão bilionário que tocava a vida fazendo nada de produtivo ao seu país, até o dia em que seu navio naufraga e ele se vê preso em uma ilha, onde permanece durante cinco anos. Sua personalidade e seu comportamento mudam devido aos acontecimentos envolvendo este naufrágio, e quando ele finalmente retorna à sua cidade, volta totalmente mudado, focado em apenas um objetivo: “limpar” sua cidade da corrupção.
O formato da série é o seguinte: ela nos apresenta tanto os acontecimentos atuais quanto os eventos da ilha onde Oliver ficou, esta última em flashbacks. No começo estas transições são meio irritantes, mas com o tempo você acostuma e as coisas ficam interessantes. O núcleo da ilha é bem legal, explicando o porquê do nosso protagonista ter mudado tanto, e voltando à época atual, o enredo é basicamente Oliver colocando sua roupinha de caçar bandidos e tocando o terror em Starling City.
Além de Oliver, John Diggle se destaca, com seu papel de segurança particular e ajudante oficial do herói; Laurel Lance, o amor da vida de Oliver que agora namora seu melhor amigo, Tommy Merlyn; Thea Queen, a irmãzinha problemática; Moira Queen, a mãezinha polêmica; Quentin Lance, o policial desconfiado e pai de Laurel; Felicity Smoak, o alívio cômico; e Malcolm Merlyn, o grande antagonista da temporada.
Uma coisa que irritou meu irmão foi o exagero das flechas do Arqueiro, que fazem basicamente tudo: explodem, hackeiam computadores, além da função óbvia de atingir os inimigos. Confesso que isto não me incomodou muito, sendo que botei na minha cabeça desde o começo de que era uma série mais voltada pro lado da ficção, diferente de Demolidor por exemplo, que tenta puxar mais pro lado da realidade. O que mais me incomodou na verdade foi o fato de todos os vilões residirem nos Glades, o bairro de Oliver. Tudo gira em torno desse lugar, o que eu achei um pouco repetitivo. Além do mais, as histórias de alguns episódios são bem parecidas, o que reforça minha opinião de que tem muita série por aí que possui uma quantidade exagerada de episódios por temporada.
Entretanto, gostei bastante desta estreia de Arrow. Maratonei rapidamente e já comecei a segunda em pouco tempo. Se você gosta de heróis e não liga pra uma história mais mentirosa ficcional, esta série é uma boa pedida.
~ OBSERVAÇÕES SPOILENTAS: NÃO LEIA A NÃO SER QUE JÁ TENHA VISTO A TEMPORADA INTEIRA. O AVISO ESTÁ DADO ~
- Como não vibrar com a cena do Oliver falando “você falhou com esta cidade, Moira Queen!”?
- John Barrowman é um ator foda pra caralho, né.
- O Oliver tem que aprender a escutar mais o Diggle, o cara avisou sobre a Caçadora…
- Que voz foda a do Slade.
- Achei esta interpretação do Deadshot extremamente foda, pirei.
- É muito legal ver a desconfiança e a perseguição do Quentin em relação ao Oliver (com razão hehe), mesmo sendo um pouco clichê.
- R.I.P. Tommy.
~ FIM DAS OBSERVAÇÕES SPOILENTAS. A PARTIR DAQUI PODE FICAR DE BOA SE VOCÊ AINDA NÃO VIU ~
+ Melhor personagem: Oliver Queen
Mesmo não sendo tão carismático quanto deveria ser, sua transformação e seus novos ideais são muito cativantes. Malcolm Merlyn segue logo atrás na parada dos melhores da temporada.
+ Melhor episódio: S01E23 (“Sacrifice”)
O renomado prêmio de “Melhor Episódio” dos Pitacos do Leleco vai dessa vez pra season finale, cheia de emoções e revelações.
Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou da temporada. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?