• Melancólica e sombria
Após uma primeira temporada com uma trama muito bem feita e personagens bem construídos, esta segunda começa na mesma pegada, se desenrolando a partir dos eventos ocorridos anteriormente.
Em relação à primeira, esta temporada peca em alguns aspectos. Diferentemente da outra, aqui a história parece meio corrida no começo, o que gera estranheza sendo que uma das características da série é justamente a história bem contada. Por outro lado, aqui temos muito mais ação e depois dos primeiros episódios, o desenrolar das coisas empolga bastante.
Nossa amiga esposa de Lúcifer Vanessa Ives continua fodasticamente bem interpretada por Eva Green, mas não vou colocá-la como o maior destaque da temporada desta vez. Por quê? Porque eu quero Porque um outro personagem ganha uma grande ascensão e pra mim merece todos os holofotes: Sembene.
Desde a primeira temporada este cara me deixou intrigado, com suas marcas no rosto e seu jeito misterioso. Agora, ele interage mais e sua personalidade é mais levada em consideração, monstrando que ele possui muita coragem, honra e lealdade. Ethan Chandler continua sendo um personagem legal com seu jeito lupino, mas assim como antes, não brilha tanto quanto os outros, mesmo sendo um dos meus favoritos.
Outro personagem que eu curti muito foi o alívio cômico Ferdinand Lyle, um sujeito muito afetado e divertido. Mesmo tendo algumas ações duvidosas, nunca deixei de torcer por ele. Malcolm não está tão badass aqui como costuma ser, mas isto acontece por uma boa razão; Dorian Gray continua um inútil; e o plot de Frankenstein é meio preguiçoso, só ganhando emoção nos episódios finais, com a transformação de uma “nova” personagem: Lily.
Um ponto que também merece atenção é a aproximação de Vanessa e Caliban, agora chamado de John Clare. A tristeza, melancolia e a paixão pela arte acabam acendendo a chama de uma sincera amizade entre os dois, o que é muito interessante de se ver.
Por último, gostaria de falar sobre as vilãs da temporada, as bruxas. Lideradas por Evelyn Poole, que aparece em um episódio da primeira temporada, elas representam uma ameaça que Vanessa não sabe se consegue enfrentar, e além de tudo, vários flashbacks são mostrados – revelando que as bruxas sempre estiveram ali por perto, observando e esperando a hora certa de dar o bote.
Mesmo com todo esse background sombrio, Evelyn não convenceeeeu totalmente como uma vilãzona, mesmo com as cenas polêmicas do episódio 2. Suas “ajudantes” também são meio fraquinhas, talvez com a exceção de Hecate, que desafia um pouco a chefe do bagulho todo.
O maior erro da temporada foi o desnível entre os núcleos. Enquanto o núcleo envolvendo Vanessa, Chandler e Malcolm é sempre frenético, os de Frankenstein e Caliban no começo são bem chatinhos, e como eu falei, só melhoram mesmo no final – com uma reviravolta surpreendente. Mas o pior continua sendo Dorian, que parece que só existe na série pra causar. Sério, não sei o porquê dele ainda estar sendo mostrado, teve no máximo uma ou duas cenas que realmente valeram a pena.
Mesmo eu tendo apontado vários errinhos, a temporada não deixa de ser boa. Ela evolui em vários aspectos em relação à primeira, como o fato da trama principal fluir mais e ter mais peso, além de apresentar novos personagens que buscam seu espaço. O desfecho também é bom, deixando um gancho depressivo para a próxima e última temporada.
Com certeza Penny Dreadful é uma série subestimada que deveria ter mais atenção, por não ter medo de mostrar os horrores cometidos por todos naquele universo e principalmente por ter uma coisa que está faltando nesse meio: personalidade.
~ OBSERVAÇÕES SPOILENTAS: NÃO LEIA A NÃO SER QUE JÁ TENHA VISTO A TEMPORADA INTEIRA. O AVISO ESTÁ DADO ~
- Quando o John Clare/Criatura/Caliban matou aquela família lá: achei foi pouco.
- Maaaano, quando a Lily surtou e fez aquele discurso do caralho fiquei tipo “eita nóis”.
- Sembene gritando “KNOW WHO YOU ARE!” <3
- Frankenstein não fez Proerd.
- Que enrolação pra matar aquele carinha hein Ethan, quase que dá ruim.
- Únicas cenas fodas do Dorian na temporada: ele matando a Angelique e se olhando no espelho, e ele dançando com a Lily no salão.
- PORRA MANO PRA QUE MATAR O SEMBENE? MALDITO ETHAN FILHO DA P
- Mas pelo menos ele matou a Evelyn em seu formato Lobisomem Raivoso. Porém ainda não perdoei.
- Bartholomew Rusk, o Sherlock Holmes do terror.
- Que cena macabra a da Evelyn pegando o coração do bebê, e totalmente irônico o episódio ter ido ao ar no dia das mães.
- Ainda bem que o Lyle continuou vivo. Era o mínimo que eles podiam fazer depois de meu coraçãozinho despedaçar pelo Sembene.
- Deu ruim pro Ethan Lawrence Talbot.
~ FIM DAS OBSERVAÇÕES SPOILENTAS. A PARTIR DAQUI PODE FICAR DE BOA SE VOCÊ AINDA NÃO VIU ~
+ Melhor personagem: Sembene
Brilhou mais que todo mundo e quem disser o contrário eu mando o Ethan perseguir.
+ Melhor episódio: S02E09 (“And Hell Itself My Only Foe”)
Nunca perdoarei os roteiristas pelo que aconteceu aqui.
Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou da temporada. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?