• Solidão profunda

Ao contrário dos outros filmes sobre os quais escrevi nesse quadro, eu não exatamente recomendo este aqui. Vou explicar.

O Mistério do Farol é inspirado em acontecimentos reais. A sua história elabora uma teoria sobre o Desaparecimento das Ilhas Flannan, um caso que ocorreu em 1900 em uma ilha da Escócia. No fato em questão, três guardas de um farol simplesmente desapareceram sem deixar qualquer vestígio. O filme pega essa temática e constrói sua trama em cima, explorando a jornada de três personagens: Donald, um homem mais jovem, James, um de meia-idade, e Thomas, um mais velho.

É uma boa premissa. Quem não gosta de um bom e velho desaparecimento? Imaginei que seria algum tipo de suspense próximo do terror, mas não é exatamente isso. O Mistério do Farol tem suspense, mas coloca um pé no drama e um dedo na ação. A construção daquele cenário desolador do farol (empregos que eu jamais seria capaz de ter) é realizada de maneira lenta, assim como o desenvolvimento dos personagens. Porém, enquanto a primeira construção é feita de maneira satisfatória, a segunda peca.

Nenhum dos três personagens tem grande profundidade. Em vez disso, eles possuem arquétipos bem conhecidos. Donald é mais ingênuo, James, reservado, e Thomas está ferido pela vida. Isso funciona até certo ponto, mas falha no terceiro ato. Antes disso, o filme parecia estar tomando um caminho diferente do que o imaginado. Depois de uma primeira metade com progressão cadenciada, o enredo subitamente acelera e a história fica instigante. Quando o conflito é encerrado, o filme volta a cair na lentidão e tenta explorar a psique dos seus personagens, mas é tarde demais pra que a gente realmente se conecte com eles.

O Mistério do Farol possui boas ideias e uma atmosfera propícia ao suspense, mas esbarra na falta de uniformidade e é excessivamente devagar, sem que isso culmine em uma trama cheia de nuances. O filme é “curto”, o que não deixa a experiência ficar cansativa, mas ela também não se torna marcante. Nota final: 2,5/5.

Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: Glossário do Leleco

Nota nº 2: quer conhecer melhor a história do blog e os critérios utilizados? Seus problemas acabaram!! É fácil, só acessar esse link: Wiki do Leleco

Nota nº 3: bateu aquela curiosidade de saber qual exatamente é a nota das temporadas, sem arredondamentos? Se sim, dá uma olhada aqui nesse link. Se não, pode dar uma olhada também: Gabarito do Leleco

Nota nº 4: pra saber sobre quais séries e temporadas eu já fiz críticas no blog, é só clicar aqui: Guia do Leleco

Nota nº 5: sabia que eu agora tenho um canal no YouTube? Não? Então corre lá pra ver, uai: Pitacos do Leleco

Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou do filme. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?