• Entre tapas e beijos
Eu acho incrível como funcionam as comédias românticas. Como pode ser tão bom um gênero em que 90% dos filmes têm o mesmo roteiro? É quase sempre a mesma coisa: duas pessoas com nada em comum se conhecem, constroem uma relação turbulenta, começam a se apaixonar, surge um drama e tudo dá certo no final. Todos Menos Você é mais um desses filmes, e isso passa longe de ser um demérito.
Após se conhecerem de maneira aleatória em uma cafeteria, Bea e Ben iniciam uma forte paixão. Porém, as coisas dão errado e eles passam a se odiar. Quando viajam a Sidney para um casamento de duas pessoas do mesmo círculo social, eles são obrigados a se aturar.
Eu escrevi no primeiro parágrafo que quase toda comédia romântica segue a mesma fórmula. Na verdade, eu sempre bato nessa tecla aqui na página. No entanto, pra um filme desses dar certo, é necessário que um elemento funcione: a química. Se os atores principais não tiverem isso, não adianta, o filme não vai prestar.
Podemos falar qualquer coisa de Todos Menos Você, mas não dá pra negar que Sydney Sweeney e Glen Powell possuem química. É um negócio que não dá pra explicar; ou tem ou não tem. Eu vi um filme chamado Na Sua Casa ou na Minha?, que inclusive tem crítica por aqui, onde a química entre Reese Witherspoon e Ashton Kutcher é simplesmente inexistente, o principal motivo pelo qual aquele filme não deu certo.
Aqui, isso não acontece. A tensão romântica e sexual em Todos Menos Você é palpável. Quanto à parte da comédia, não são todas as piadas que convencem. Algumas, na verdade, são previsíveis e longas demais. Mesmo assim, o clima divertido do filme tá sempre por ali, o que ajuda a potencializar todo o conjunto.
Em geral, o elenco é operante. Alguns não passam de estereótipos, como o surfista australiano e sem pudor, mas todos estão bem encaixadinhos. O roteiro, igual eu já falei, é um arroz com feijão bem feitinho.
Todos Menos Você é uma prova de que as comédias românticas não devem nunca cair em desuso. Pode não ser um gênero cheio de histórias originais e profundas, mas quem é que não gosta daquele bom e velho clichê?
Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: Glossário do Leleco
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Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou do filme. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?
