• Polarização ao extremo
Esse é definitivamente meu tipo de filme. Mundo distópico em um cenário quase apocalíptico, relações de paternidade/maternidade, uma viagem cheia de perigos e ainda por cima com um grande ator brasileiro no elenco? Pode contar comigo!
Os Estados Unidos estão divididos, por mais irônica que essa frase possa ser. Por algum motivo não especificado, o país vive uma guerra civil intensa onde ninguém está seguro. No olho do furacão, os jornalistas Lee e Joel buscam entrevistar o presidente e são acompanhados por uma jovem fotógrafa e um experiente repórter.
Guerra Civil é mais curto do que eu esperava. Com menos de duas horas, ele deixa um indiscutível gostinho de “quero mais”. O roteiro deliberadamente não explica por que os EUA mergulharam em uma guerra civil, deixando um constante ponto de interrogação. Eu gostei da abordagem, sobretudo porque a história é contada do ponto de vista de jornalistas de guerra, que teoricamente têm o dever de registrar os acontecimentos sem interferências e juízo de valor.
Os personagens são interessantes, e o elenco principal composto por Kirsten Dunst, Wagner Moura (que tá muito bem, por sinal), Cailee Spaeny e Stephen Henderson possui sinergia. Também preciso destacar Jesse Plemons, que só aparece em uma única cena – justamente a melhor do filme.
O fio condutor da trama é simples: os personagens precisam ir do ponto A ao ponto B, em um cenário devastado pela guerra. Essa relativa simplicidade, porém, é carregada de nuances, traumas e questionamentos morais sobre trabalho jornalístico e polarização social. A estrutura me lembrou The Last of Us, mas sem zumbis e com muita política.
Infelizmente, o longa de Alex Garland é tão direto que a falta de contexto às vezes causa ausência de profundidade. Havia espaço pra mais, mesmo o filme tendo sido competente no que apresentou. Além disso, os últimos cinco minutos são meio clichês e geram um pequeno contraste.
Guerra Civil sabe bem como aplicar uma ficção não tão distante assim da nossa realidade. É tenso, enérgico e imersivo, com uma construção de mundo que aflora a imaginação.
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Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou do filme. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?