• O auge do Arqueiro
“Meu nome é Oliver Queen. Depois de cinco anos numa ilha infernal, voltei para casa com um único objetivo: salvar a minha cidade. Mas, para isso, não posso ser o assassino que eu era. Para honrar a memória do meu amigo, tenho que ser outra pessoa. Tenho que ser algo…diferente.”
A segunda temporada de Arrow já começa com mudanças. Oliver Queen agora não é mais um assassino, e começa a tentar resolver as coisas sem matar ninguém assim como o Batman para honrar a perda de seu amigo Tommy na primeira temporada. A proposta aqui é mais ousada, e a série tenta abordar ainda mais alguns elementos dos quadrinhos.
Como eu já disse várias vezes aqui no blog, vou deixar de lado a fidelidade à história original, até porque estou aqui para analisar a série, e não a adaptação. Dito isso, devo afirmar que aqui está a melhor temporada de Arrow e provavelmente a última realmente boa, porque enquanto escrevo isto, já assisti tanto a terceira quanto a quarta e posso dizer com certeza que o nível caiu absurdamente.
A história começa logo após os desdobramentos da primeira temporada. Oliver deixou Starling City, Moira continua na prisão, Laurel está lá advogando como sempre e Diggle e Felicity vão atrás de Oliver para convencê-lo a voltar para a cidade. O protagonista aceita, e além de ter que lidar com os desafios como Arqueiro, agora terá também que enfrentar os problemas da empresa de sua família.
O personagem Slade Wilson, introduzido nesta temporada, tem todos os requisitos necessários para formar um bom vilão: uma voz rouca de respeito, uma deformidade no rosto, uma barba para mostrar quem é que manda, cabelo com fios grisalhos demonstrando experiência, atitude e o mais importante de todos, estilo. Não tirando os méritos do Malcolm Merlyn, que foi também um ótimo antagonista, mas aqui o Slade rouba a cena e os holofotes do nosso herói.
Outro cara que me agradou bastante foi o lek Roy Harper. O aspirante a vigilante tem alguma coisa que me prendeu a atenção – talvez seja a possibilidade de um parceiro de luta para o Arqueiro. Além deles, novos personagens interessantes também são apresentados, como Sebastian Blood, Barry Allen (sim, ele mesmo, o Flash), Isabel Rochev e uma garota misteriosa que se eu revelasse quem é seria um grande spoiler, isso sem contar o aprofundamento de personagens como Shado e Lyla Michaels.
Por falar em Shado, os flashbacks da ilha são outro ponto forte da temporada, por motivos de Slade Wilson. O núcleo vai contando esta parte do passado de Oliver, no qual ele conheceu o futuro vilão e as razões pelas quais os dois se tornaram desafetos um do outro. Claro que às vezes é meio frustrante quando estamos no meio de uma cena importante do presente e do nada voltamos ao passado, mas não tanto quanto na primeira temporada, sendo que o enredo dos flashbacks fica às vezes mais interessante que o arco principal da história.
A trama do presente alterna entre o foco principal e os famosos fillers, os episódios que contêm os conhecidos “casos da semana”, “monstros da semana” ou “vilões da semana”, uma nomenclatura mais apropriada para se referir à Arrow. Muitos destes episódios são realmente bons, ainda mais os com a participação de Floyd Lawton, porém o maior erro da série continua sendo o excesso de capítulos, uma característica que eu nunca canso de criticar.
Os episódios finais são agitados e fascinantes, com revelações e sequências longas de ação. A conclusão também é boa e bem bolada, e lembro que fiquei extremamente ansioso pela terceira temporada na época. Pena que Arrow perdeu demais a qualidade, mas melhor deixar este assunto para outro post.
~ OBSERVAÇÕES SPOILENTAS: NÃO LEIA A NÃO SER QUE JÁ TENHA VISTO A TEMPORADA INTEIRA. O AVISO ESTÁ DADO ~
- Maldito Sebastian Blood traíra; contudo, devo reconhecer que aquela máscara dele é bastante foderosa.
- Já não bastasse as características que listei lá em cima, o Slade ainda conta com um nome de supervilão foda: Deathstroke.
- Se o Oliver está lembrando o estilo do Batman, devo chamar o parceiro dele de Roybin?
- Carai, aquela cena do Slade matando a Moira foi tensa demais.
- O cara leva uma flechada no olho e sobrevive. Coisas de ficção.
- Mais uma vez uma mulher sendo motivo de briga entre dois homens, nada anormal por aí.
- Sara Lance é a nova dona do meu coração.
- Aliás, o Oliver já pegou todo mundo dessa série, né.
- Quando tocou We Come Running <3
- Meta de amizade: John Diggle.
- #PiadasRuins – e aí Quentin, qual é o Lance?
- Nyssa + Sara ou Thea + Roy, o tempo dirá qual foi o melhor casal.
- Hmmm, muito esperto aquele final envolvendo a Felicity.
- Vejamos o que Hong Kong guarda para nós.
~ FIM DAS OBSERVAÇÕES SPOILENTAS. A PARTIR DAQUI PODE FICAR DE BOA SE VOCÊ AINDA NÃO VIU ~
+ Melhor personagem: Slade Wilson
Acho que já deixei claro o porquê de eu tê-lo achado o melhor da temporada, né.
+ Melhor episódio: S02E23 (“Unthinkable”)
Uma conclusão de tirar o fôlego e um plano muito esperto de Oliver são responsáveis por esta conquista.
Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou da temporada. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?