Ficção científica, Séries

Orphan Black: 2ª Temporada (2014)

• O Clube das Clones

Após o final da primeira temporada com um cliffhanger clássico pra deixar a gente desesperado pelo próximo episódio, Orphan Black começa bem seu segundo ano.
A trama das clones começa a ser melhor desenvolvida, incluindo todo o seu projeto e os recursos necessários para que ele fosse colocado em prática. Além de explorar todo este lado do Clube das Ovelhas Dolly, Sarah agora também deve focar na proteção de sua família, sobretudo sua filha impossível, Kira.
Grandes revelações são expostas, o que dá um ingrediente a mais na história. Novos personagens importantes são apresentados, e alguns acabam se tornando essenciais para a história; há também o aprofundamento de outros, como Donnie, o marido de Alison. Tudo isto aliado à um enredo inteligente e original, que consegue nos prender a atenção a todo momento.
Devo avisar que se você não assistiu pelo menos ao primeiro episódio desta temporada, melhor parar aqui, pois um eventual spoiler importante aparecerá aqui. Não diga que não avisei.
O destaque do segundo ano da série se chama Helena, a clone-assassina-loira com a voz e o sotaque mais lindos do mundo. Sim, ela sobreviveu. Não preciso explicar aqui as circunstâncias do ocorrido, somente frisar que trazer ela de volta foi uma das melhores decisões que a BBC tomou, até porque tenho certeza que ela se tornou a personagem favorita de muita gente.
Outra personagem que ganha uma maior profundidade é Siobhan, a Sra. S.. Desde a primeira temporada ela tinha aquele jeitão misterioso, e aqui ele é ainda mais trabalhado, levantando diversas questões sobre seu passado. Por falar nisto, esta é uma coisa bastante abordada na segunda temporada: o passado.
Além dos acontecimentos envolvendo as clones, a família de Sarah, Dyad e os acontecimentos do passado, um grupo de religiosos fanáticos se torna parte importante da história, sendo que eles acabam tendo participação direta em vários segmentos da trama principal.
A segunda temporada não é tão frenética e agitada quanto a primeira. Com um ritmo mais cadenciado, as coisas demoram um pouco mais a fluir e algumas subtramas não são tão interessantes quanto no primeiro ano. Porém, a interação do Clube das Clones no qual a primeira regra é não falar sobre ele continua impecável, e várias das melhores cenas são as que uma interpreta a outra, como na primeira temporada, quando Alison se passou por Sarah. O cuidado da atriz Tatiana Maslany é incrível de se ver, e dá pra perceber a mudança dos trejeitos nestes momentos, algo impressionante.
Algumas das partes envolvendo os Proletheans, a gangue religiosa da pesada, são um tanto quanto maçantes. Não chegam a ser ruins, mas há uma evidente diferença de qualidade quando a série muda para os momentos exclusivos das clones. O que salva o núcleo dos Proletheans é justamente a Helena, que conseguiu segurar o arco com maestria.
Felix e Cosima continuam como queridinhos do público, o que é totalmente compreensível. O primeiro permanece com sua personalidade adorável e seu jeito engraçado, protetor e altruísta; a segunda mantém-se esperta e de olho em todos os acontecimentos, sempre nos mostrando o lado científico da série.
Em relação à primeira temporada, o nível caiu só um pouquinho, o que não quer dizer que o segundo ano não contenha momentos fortes e marcantes. O desfecho é chocante, deixando um gancho ainda mais poderoso para a próxima temporada, na qual poderemos conhecer ainda mais os segredos por trás das clones. Mal podemos esperar.

 

~ OBSERVAÇÕES SPOILENTAS: NÃO LEIA A NÃO SER QUE JÁ TENHA VISTO A TEMPORADA INTEIRA. O AVISO ESTÁ DADO ~

 

  • Gostei do Cal, mas prefiro ele com a Daenerys, rs.
  • Eita porra Sarah, meteu o lápis na Rachel.
  • Ninguém mexe com a Helena, jovens. Especialmente o bostinha do Henrik.
  • Muito massa aquela cena do Mark e do Paul conversando sobre experiências passadas.
  • Helena no bar, melhor parte hahaha
  • Essa trama das clones vai ficando cada vez maior, pqp.
  • Sra. S. rainha da porra toda.
  • Caraaalho, pirei no Donnie matando o Leekie.
  • Nunca mais lerei a palavra “sestra” da mesma maneira.
  • Gracie só um pouquinho sem graça, imagina.
  • Não adianta, nunca vou confiar na Delphine.
  • Adorei os momentos de interação entre Sarah, Cal e Kira, awn <3
  • Vic + DeAngelis: dupla mais enjoada.
  • Cosima ensinando pros noobs como é que se joga.
  • Não é por nada não, mas aquele clone transgênero foi bem inútil, né.
  • Scott e Cosima são tão fofos.
  • Clones homens?? Vish, agora é que o negócio vai ficar complexo.

 

~ FIM DAS OBSERVAÇÕES SPOILENTAS. A PARTIR DAQUI PODE FICAR DE BOA SE VOCÊ AINDA NÃO VIU ~

 

+ Melhor personagem: Helena
Após ‘voltar dos mortos’, a sestra tomou de vez o lugar de melhor da temporada com sua personalidade maluca.

Quando chega o final do semestre
Quando chega o final do semestre

+ Melhor episódio: S02E10 (“By Means Which Have Never Yet Been Tried”)
Novamente o último capítulo da temporada ganha o título de melhor episódio, nada anormal por aqui.

Maravilhosa
Maravilhosa

 

Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou da temporada. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?

Publicado por Luiz Felipe Mendes

Fundador do blog Pitacos do Leleco e referência internacional no mundo do entretenimento (com alguns poucos exageros, é claro).