Obras de Época, Séries

Vikings: 2ª Temporada (2014)

• Prontos para a batalha!

Vikings inicia seu segundo ano com estilo.
Agora que todos sabem que o Rollo é um traíra, Ragnar inicia sua batalha contra ele e Jarl Borg, outro babaca escandinavo. A luta é daquele jeito que a gente espera: homens barbudos, sem camisa e com cortes de cabelo exóticos se sujam de sangue enquanto estripam uns aos outros, algo bem natural e humano. Como sempre, Rollo é o que tem a aparência mais selvagem, o que o deixa em vantagem no quesito “fodisse”.
Enquanto Ragnar é quase sempre bem sucedido na guerra, no amor ele começa a se ferrar um pouco. Com a chegada de uma grávida Princesa Aslaug, nossa rainha Lagertha se revolta e vai embora de Kattegat, deixando Ragnar tristão e arrependido.
A série avança no tempo, algo que é muito usado em Vikings. Quatro anos depois dos acontecimentos do primeiro episódio, Ragnar decide invadir de vez a Inglaterra, com seus guerreiros 67x maiores que os ingleses. A temporada foca nas conquistas dos escandinavos liderados por nosso protagonista e nos jogos políticos envolvendo tanto o rei de Wessex quanto o rei Horik.
O amor da vida de Ragnar – Athelstan – também é uma parte importante da história, com suas escolhas e indecisões quanto ao próprio destino. É um personagem interessante, mas obviamente não mais que nosso Ragnar e o maluco Floki, que aqui ganha uma personalidade um pouco controversa e dúbia (eu tinha que usar esta palavra, muito sofisticada).
O segundo ano da série é notoriamente superior ao primeiro. As tramas estão mais encorpadas e os personagens ganham mais brilho, ainda mais com a adição de alguns novos, como o Rei Ecbert e o Bjorn versão adulta. As negociações entre o rei de Wessex e Ragnar são particularmente interessantes, e como sempre as batalhas são bem feitas e insanas, embora um pouco previsíveis considerando que na maioria das vezes os vikings vencem.
A presença do Oráculo e suas profecias também é muito legal, sendo que a gente fica tentando interpretar e imaginar quando e de que forma as coisas que ele diz acontecerão. As traições e conspirações também são um ponto forte da série, e aqui nesta temporada isto não é diferente.
Ragnar continua com suas expressões malucas e jeito excêntrico, algo interpretado muito bem pelo ator Travis Fimmel. Aliás, as atuações em geral são muito boas, e as subtramas envolvendo personagens menores também são interessantes, embora algumas em Wessex sejam um tanto quanto lentas.
A Princesa Aslaug não é uma personagem especialmente agradável, às vezes até mesmo meio chata. Contudo, as mulheres da série são muito marcantes, sendo que na sociedade dos vikings elas entravam em batalhas e várias tinham mais coragem que os próprios homens. Além de Lagertha, obviamente, Helga, Siggy, Porunn e Kwenthrith impõem seu espaço dentre tantos caras que roubam os holofotes, isto citando somente algumas.
A questão é que Vikings é uma série muito subestimada, assim como tantas outras atualmente. Claro que sua produção está muito abaixo de outras como Game of Thrones, por exemplo, mas eu particularmente prefiro que priorizem uma história boa do que cenários extraordinários mas com enredos fracos (não dizendo que GoT entra neste grupo, só pra deixar claro).
Quem assistiu à primeira temporada de Vikings e curtiu, consequentemente gostou da segunda. O nível subiu muito, e eu devorei os episódios como se fossem um pacote de Doritos mergulhados naquele molho gostoso. Um grande trabalho do History Channel, ajudando a colocar no topo a história de Ragnar Lothbrok.

 

~ OBSERVAÇÕES SPOILENTAS: NÃO LEIA A NÃO SER QUE JÁ TENHA VISTO A TEMPORADA INTEIRA. O AVISO ESTÁ DADO ~

 

  • Puta. Que. Pariu. O que foi aquela cena da Blood Eagle com o Jarl Borg?!
  • Fiquei xingando o puto do Floki a temporada inteira, só pra ele me calar a boca no final.
  • Coitado do Rollo, foi todo pisoteado.
  • Acho paia ficarem falando mal do Athelstan, parem de crucificar o cara, hehe.
  • Não é possível que o Athelstan prefere traduzir coisas do que dilacerar pessoas.
  • Aethelwulf e Kwenthrith – não poderiam ter tido nomes mais simples não?
  • Floki de olho no Bjorn e na Porunn, haha
  • Ninguém mexe com a Lagertha apunhaladora de olhos.
  • Helga e Floki são tão fofinhos, awn
  • Ragnar subiu a montanha, colocou a espada entre as pernas, voltou-se para o horizonte com poder estampado nos olhos e disse filosoficamente: chupa, Horik!

 

~ FIM DAS OBSERVAÇÕES SPOILENTAS. A PARTIR DAQUI PODE FICAR DE BOA SE VOCÊ AINDA NÃO VIU ~

 

+ Melhor personagem: Floki
Na temporada inteira fiquei com um misto de sentimentos em relação à ele, embora o Ragnar seja um cara muito mais legal e foda. Foi uma decisão difícil, mas acho que o último episódio me ajudou a pender para o lado de Floki.

Ora, ora, vejam só: são os reis da temporada
Ora, ora, vejam só: são os reis da temporada

+ Melhor episódio: S02E10 (“The Lord’s Prayer”)
Tem hora que fica até clichê dar sempre o prêmio pro último episódio da temporada. Mas fazer o quê se quase sempre deixam o mais foda pro final?

Namore alguém que te olhe como estes dois se olham
Namore alguém que te olhe como estes dois se olham

 

Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou da temporada. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?

Publicado por Luiz Felipe Mendes

Fundador do blog Pitacos do Leleco e referência internacional no mundo do entretenimento (com alguns poucos exageros, é claro).