• A ascensão e fúria dos vilões
A série sobre a cidade do Batman só que sem o Batman tem uma segunda temporada infinitamente melhor que a primeira.
James Gordon retorna como o protagonista bonzinho que derrota bandidos apenas com a força do caráter, Pinguim como o vilão presunçoso por quem a gente acaba torcendo e Harvey Bullock como o parceiro de personalidade meio duvidosa. A fórmula que já havia dado certo ganha força e os três voltam a brilhar na história, sobretudo Gordon, que começa a burlar um pouco a lei para alcançar seus objetivos.
Bruce Wayne, o garotinho mimado, também volta mostrando sua evolução como um futuro herói e seu mordomo Alfred ressurge ainda mais legal, com seu sotaque britânico de respeito. Selina Kyle, Ivy e outros também estão de volta na série, o que deixou os fãs bem felizes.
A trama do segundo ano de Gotham é mais linear que a do primeiro. Dividido em duas partes (Rise of the Villains e Wrath of the Villains), o inimigo principal agora é Theo Galavan, um homem influente que surgiu do nada e possui planos de dominar a cidade junto de sua irmã, Tabitha. O fato de agora a história ter um foco maior, com menos fillers do que antes, foi com certeza um ponto muito positivo.
Além disso, a série aposta alto em apresentar Jerome Valeska, que todos sabem que é o Coringa, apesar dos produtores nunca confirmarem. Como é de conhecimento geral, o inimigo principal do Batman é um dos personagens mais difíceis de ser interpretado, ainda mais por ter ficado marcado pela perfeita atuação de Heath Ledger em Batman: O Cavaleiro das Trevas.
Houveram reações adversas quanto à performance de Cameron Monaghan como Jerome. Várias pessoas consideraram ótima a atuação, mostrando bem a insanidade do personagem; e outras o acharam um pouco forçado. Eu sou tão indeciso que entro nos dois grupos, pois é. Em várias cenas eu achei o ator muito exagerado, tentando em vão imprimir a loucura na voz e nos trejeitos, chegando até a ficar meio ridículo. Por outro lado, em outros momentos o achei bastante convincente, ainda mais considerando quem ele estava representando.
O cara que realmente brilhou foi ninguém menos que Edward Nygma. Já na primeira temporada gostei bastante dele, mesmo estando abaixo do Pinguim, que ganhara bem mais destaque. No entanto, agora Oswald Cobblepot aparece um pouco mais apagado, dando espaço para o Charada brilhar, com seu jeito psicopata e afetado de ser.
Gostei do vilão Theo Galavan, apesar de achar que ele não chega aos pés do Pinguim e do Charada. Seu núcleo foi bem trabalhado, ainda que tenha tido um defeito enorme: Barbara Kean. Se com o Jerome ainda não tenho certeza se ele é forçado ou genial, com Barbara eu tenho plena convicção que é uma personagem horrível. Não sei se é culpa da atriz ou do roteiro, só sei que em cada cena com ela eu tinha vontade de chorar de desgosto.
Entretanto, uma personagem feminina que se destaca é Leslie Tompkins, o novo interesse amoroso de James Gordon. Sempre na dela, Leslie é bastante inteligente e fica anos-luz na frente de Barbara, mostrando que não está ali somente para beijar o protagonista.
O problema maior de Barbara é que fizeram uma transformação nada a ver da personagem. Sim, ela era meio estranha, mas agora ela enlouqueceu de vez, uma evolução meio sem sentido, ainda mais considerando que ela tem um filho com Gordon nos quadrinhos. Este é um motivo que me faz ficar bastante curioso quanto ao futuro de Barbara.
Outra coisa que devo elogiar são os novos vilões secundários introduzidos. Hugo Strange, Vagalume e Mr. Freeze são alguns exemplos já conhecidos pelos fãs das HQs que fazem uma participação na série, uns com mais destaque, outros com menos. Os arcos de Bruce também melhoraram, apesar de eu ainda achá-lo meio chatinho. Maaas considerando que ele é uma criança que perdeu os pais, eu consigo relevar, né.
Apesar de tudo, Gotham ainda tem vários dos mesmos defeitos de antes. O tanto de episódios teria plenas condições de ser reduzido, nem que fosse de 22 pra 16. Juro que nunca vou aceitar esta insistência para com esta fórmula de temporada.
Como eu disse no início, este segundo ano é muito melhor que o primeiro, ainda mais com a ausência de Fish Mooney. A terceira temporada tem potencial para ser ainda melhor, ainda mais se os constantes erros forem corrigidos e a história não perder o foco.
~ OBSERVAÇÕES SPOILENTAS: NÃO LEIA A NÃO SER QUE JÁ TENHA VISTO A TEMPORADA INTEIRA. O AVISO ESTÁ DADO ~
- Quando a Fish retornou eu tive a mesma reação do Luke Skywalker quando descobriu quem é seu pai.
- Imagina que bom seria se os policiais fossem que nem o Barnes.
- Qual evolução é melhor: de Charmeleon pra Charizard ou de Galavan pra Azrael?
- Até agora não decidi se achei o Hugo Strange foda ou entediante (sim, eu sou bastante indeciso).
- Nossa, mas como que derrota esse Azrael, tá ficando dif… PUTA QUE PARIU ISSO É UM RPG?!
- Como eu fiquei feliz quando o Pinguim voltou com tudo se vingando da família lá.
- Ah, que paia a Lee ter perdido o bebê :/
- Fiquei bem “como assim, cara” quando o Galavan matou o Jerome.
- Corte das Corujas *-*
- Aquela atriz da Tabitha é um amorzinho, né.
- Charada e Pinguim: melhor parceria.
- E aquele final, hein? Quero até ver o que vem por aí.
~ FIM DAS OBSERVAÇÕES SPOILENTAS. A PARTIR DAQUI PODE FICAR DE BOA SE VOCÊ AINDA NÃO VIU ~
+ Melhor personagem: Edward Nygma
Insano e esperto, o Charada ganha seu merecido espaço e fica em evidência, sem decepcionar os fãs.
+ Melhor episódio: S02E17 (“Wrath of the Villains: Into The Woods)
Tanta coisa aconteceu nesse episódio que nem dá pra resumir. Mas é foda, isso eu garanto.
Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou da temporada. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?