• Entrando nos trilhos
A série de TV Resident Evil The Walking Dead inicia seu quarto ano de maneira tranquila.
Agora que o temido Governador não é mais uma ameaça, Rick & Seus Amigos™ decidem construir uma vida calma na prisão. O líder agora não quer mais saber de armas e seu principal hobby passa a ser brincar de Colheita Feliz (ai, que saudades do Orkut) e conversar com os outros membros do grupo.
O primeiro episódio começa algum tempo depois do último capítulo da terceira temporada, agora com a galera da prisão mais relaxada por não ter que lidar com vilões psicopatas de um olho só. Além de Rick, os personagens que tanto gostamos continuam lá, como Glenn, Maggie, Hershel, Michonne, Daryl e tantos outros que compõem o grupo encabeçado pelo ex-policial.
É claro que num universo como o de The Walking Dead, a paz e tranquilidade não reinam por muito tempo. No começo desta temporada, uma nova ameaça surge em forma de um vírus que acaba atacando dezenas de pessoas na prisão e provocando até mesmo mortes de personagens variados. Este é o pano de fundo inicial, mas com o avanço da história novos problemas surgem e a partir do episódio 9 as coisas mudam radicalmente.
Não dá para dizer exatamente como elas mudam, porque qualquer coisa que eu disser vai ser um spoiler. Por isso, basta somente constatar que o começo de temporada tranquilo contrasta bastante com a segunda metade agitada da mesma.
Como em toda temporada de TWD, novos personagens são introduzidos – uns figurantes inúteis, outros de fato importantes para a trama. Temos Bob, um ex-médico com problemas de alcoolismo, Tyreese e Sasha (que já haviam sido introduzidos na terceira temporada mas que agora ganham um maior destaque), Tara e Lily, duas mulheres importantes em uma certa parte do enredo, e os mais interessantes – Abraham, Rosita e Eugene. Por que interessantes, Leleco? Simplesmente porque Eugene declara que sabe exatamente o que causou e como parar o apocalipse zumbi.
Como a temporada é claramente dividida em duas partes, vamos analisá-las separadamente. A primeira metade, apesar de momentos constantes de diálogos intermináveis e repetitivos, é bastante legal, sendo que muita coisa acontece a todo instante. A segunda metade, por outro lado, é beeeeem mais parada e só acelera de vez nos episódios finais.
Até aqui a quarta temporada é talvez a menos legal de todas, mesmo com cenas icônicas que ficarão para sempre na memória dos fãs. Aliás, a temporada conta com o que pra mim é o melhor episódio até então, o oitavo; lembro que assisti com lágrimas nos olhos e que me arrepio até hoje com algumas partes específicas. No dia em que vi, esperei ansiosamente o dia seguinte pra que eu pudesse comentar tudo com os meus colegas na escola que acompanhavam também.
É complicado criticar uma série como The Walking Dead pois toda vez que alguém faz isto, alguns fãs geniais e brilhantes vêm com o argumento arrasador de “se não gosta, não assiste”. Nossa, dá vontade de morrer toda vez que eu leio ou ouço isto. Cara, se eu tô criticando a série é justamente porque eu sei que ela pode melhorar, mas fazer o quê se tem gente que se contenta com pouco.
Contudo, vou criticar mesmo assim. Em vários momentos a história fica arrastada demais – e olha que eu nem me importo tanto com isso. O problema é que a série usa a enrolação como justificativa para “desenvolvimento dos personagens”, o que todos sabemos muito bem que pode ser feito com maestria sem necessidade da trama ficar lenta.
Mas enfim, a quarta temporada de The Walking Dead continua boa, como eu disse lá em cima. Os personagens continuam carismáticos e os momentos de ação e drama são bem feitos, e além de tudo a conclusão da temporada deixa um gancho envolvente. Minha ressalva fica mesmo para o andamento da trama que por vezes caminha no ritmo de uma tartaruga com problemas de locomoção.
Apesar de tudo, The Walking Dead é uma das minhas séries favoritas, sabe por quê? Porque foi meu primeiro amor. A primeira série que eu assisti. Por isso, acho que quando ela chegar na 76ª temporada, ainda estarei lá, firme e forte, mesmo tendo agonia de séries que nunca acabam. Porém, o que importa mesmo aqui nessa review de hoje é que ainda assim recomendo a quarta temporada, analisando sem o coração de fã de carteirinha. Então vai lá, ligue o Netflix, prepare a pipoca e boa sessão.
~ OBSERVAÇÕES SPOILENTAS: NÃO LEIA A NÃO SER QUE JÁ TENHA VISTO A TEMPORADA INTEIRA. O AVISO ESTÁ DADO ~
- Michonne atravessando o Governador com uma espada foi muito épico; porém, só acho que a Lily deveria ter deixado o cara ser comido vivo pelos zumbis.
- QUE EPISÓDIO LOUCO AQUELE QUE A LIZZIE MATA A IRMÃ E DEPOIS A CAROL MATA A LIZZIE AAAAAAA
- O massa é que todo mundo ficou bolado com a morte da Karen e ninguém nem ligou pro David, risos.
- Tadinho do Chris-e-Greg :/
- Daryl ficou totalmente putaço com o Bob.
- Maggie, Rosita e Sasha são donas do meu coração <3
- Hershel perdendo a cabeça foi algo que nunca me esquecerei.
- Michonne reencontrando Rick e Carl foi lindo :’)
- Eu sei que o Glenn é totalmente da Maggie, mas a interação dele com a Tara foi algo muito legal de se ver.
- Puta que pariu, o Rick mordendo o pescoço do cara!!!!!!!!1111
- Mas é claro que teria alguma coisa de errado com aquele Terminus, né.
- Jurei que o Tyreese iria ficar griladão com a Carol, que homem.
- Daryl e Beth s2
- O rosto do Rick tava muito fodido no final do episódio 8, putz.
- E pensar que eles censuraram a fala original – o que era pra ser “they’re fucking with the wrong people” (algo como “eles estão fodendo com as pessoas erradas”) virou “they’re screwing with the wrong people” (algo como “eles estão ferrando com as pessoas erradas”). Uma série com mutilações e sangue o tempo todo censura a palavra “fuck”, vai entender.
- O discurso do Rick pro Governador foi tão lindo, pena que não funcionou.
- Eu sei que é meio mórbido e já até ficou batido, mas tenho que lembrar: a morte do Hershel ficou meio sem pé nem cabeça.
~ FIM DAS OBSERVAÇÕES SPOILENTAS. A PARTIR DAQUI PODE FICAR DE BOA SE VOCÊ AINDA NÃO VIU ~
+ Melhor personagem: Michonne
Responsável por vários momentos de respeito, a nossa ninja brilhou como nunca.
+ Melhor episódio: S04E08 (“Too Far Gone”)
Apesar do episódio 14 ser também extremamente foda, ainda fico com o 8.
Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou da temporada. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?