• O preço da fama
Após sofrer um grave acidente que quase lhe tirou a vida, a cantora Skye Riley retorna ao mundo do pop. A turnê vira um pesadelo quando ela passa a ser perseguida por uma entidade que se manifesta através de pessoas sorridentes.
Eu gostei bastante de Sorria, uma das minhas primeiras críticas no quadro Curtinhas do Leleco. Demorei a assistir Sorria 2, mas já sabia que iria gostar, até por causa da recepção positiva após o lançamento. Depois de refletir por um tempo, é possível dizer que a sequência superou o original.
Ainda que tivesse um conceito minimamente autêntico, Sorria tinha uma narrativa convencional pra um filme de terror. Sorria 2 possui curvas dramáticas parecidas, mas se arrisca mais. A começar pela protagonista, uma pessoa famosa. Isso faz com que as consequências da maldição ganhem uma escala maior, porque os holofotes estão colocados nela e o mal não está mais oculto. É uma boa mudança da dinâmica do terror, em que normalmente as ameaças são contidas a um pequeno grupo.
A atriz Naomi Scott é uma grande responsável por fazer Sorria 2 funcionar. A sua agonia crescente e a insegurança ao voltar aos palcos conversam diretamente com a ansiedade causada pela maldição. Mesmo se não houvesse maldição, seria um estudo interessante sobre paranoia no meio artístico, e um comentário social válido sobre a pressão pela qual artistas passam.
Sendo menos filosófico, o filme também é eficaz nas cenas de medo. Várias sequências me deixaram tenso – toda vez que alguém sorridente aparecia, eu já me preparava. A cena com um monte de dançarinos…. nossa. A trama também é eficiente no que propõe. O final é meio previsível, mas condizente com a mensagem que o roteiro queria passar e corajosa ao dobrar a aposta do perigo em tela, algo incomum no gênero.
Sorria 2 é uma evolução em relação ao seu antecessor em praticamente todos os sentidos. A ambientação colorida e glamourosa traz um diferencial pro terror, que sabe muito bem como e quando deve mostrar as caras. O filme segue um rumo pré-determinado e não tenta chegar em outro destino, mas pelo menos muda as coisas no caminho.

CURIOSIDADES
- A cena em que Skye é confrontada por um grupo de dançarinos é a favorita do diretor. Ela demorou dois dias pra ser filmada e todos os figurantes eram dançarinos profissionais.
- As cenas em que a protagonista bebe uma garrafa inteira de água foram feitas sem efeitos especiais. A atriz Naomi Scott comentou que não esperava que fosse uma experiência tão desconfortável.
- O diretor Parker Finn escalou Ray Nicholson como Paul como uma forma de homenagem ao pai do ator, Jack Nicholson, por sua interpretação em O Iluminado.
- Para o papel de Skye, Naomi Scott se inspirou em Lady Gaga. A atriz teve apenas algumas semanas pra aprender as músicas e coreografias antes do início das filmagens.
FICHA TÉCNICA
Nome original: Smile 2
Duração: 2h07
Países: EUA, Canadá
Diretor: Parker Finn
Elenco principal: Naomi Scott, Rosemarie DeWitt, Lukas Gage, Miles Gutierrez-Riley, Dylan Gelula, Ray Nicholson
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