• Apocalipse solitário
Na minha pré-adolescência, este era um dos meus filmes favoritos. Fazia mais de dez anos desde a última vez que eu tinha visto, e fui assistir curioso pra saber como o Leleco de 2023 reagiria.
Robert Neville é o único sobrevivente em uma Nova York assolada pela destruição. Três anos depois de um vírus aniquilar a maior parte da população mundial, ele leva a vida quase sozinho, ao lado de sua cachorra, Sam, em uma cidade comandada por criaturas agressivas que aparecem sempre que o sol se põe.
O panorama por trás de Eu Sou a Lenda é muito bom. O CGI não é lá essas coisas, e chega a ser fraco até mesmo pra época em que o filme foi lançado, mas eu sou capaz de relevar isso quando o restante compensa.
A primeira metade do filme é excelente. Os diálogos de Robert com Sam, a sua rotina solitária e metódica, a vontade de curar o mundo mesmo depois de tanto tempo e os desafios da nova realidade são ótimos pontos narrativos. Por meio de flashbacks, a trama vai se enriquecendo e dando mais profundidade ao cenário pós-apocalíptico, deixando o filme cada vez mais instigante.
Porém, eu não sou muito fã do terceiro ato. Por mais que eu adore o fato de haver uma atriz brasileira no elenco, a Alice Braga, a sua personagem infelizmente é pra lá de rasa. A aparição dela desvia o foco do filme até então, e mal há tempo o suficiente pra que a gente se acostume com a nova abordagem, tendo em vista que ela aparece muito tarde.
O roteiro também escorrega no final. Pode parecer bobo, mas eu não consigo comprar a ideia de que alguém no mundo não conheça Bob Marley, fazendo-o parecer um cantor alternativo. Pois é isso que acontece: a personagem da Alice Braga não faz ideia de quem ele é, mas de alguma forma conhece o Damian Marley. Eu sei que é besta, mas me incomodou mais do que deveria. E não só isso, mas a decisão derradeira do protagonista quanto ao lançamento de uma granada é completamente sem sentido.
Eu Sou a Lenda ainda é um filme bom, mas os deslizes no fim o afastaram da minha lista de Favoritos do Leleco. Contudo, sempre lembrarei dele com muito carinho.
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