Curtinhas do Leleco, Musical

CurtinhasdoLeleco #88 – A Cor Púrpura (2023)

a cor púrpura

• Encontrando a própria voz

Não, eu nunca assisti ao filme de mesmo nome de 1985, dirigido por Steven Spielberg. Portanto, parti pra ver essa nova adaptação do livro de Alice Walker sem ter nenhuma noção da história. E devo dizer que saí bastante satisfeito da sessão.

Obrigada a se casar com um homem de caráter questionável e sem ter a coragem necessária pra sair dessa situação, Celie vê os anos se passarem enquanto ela parece não sair do lugar. Contudo, a chegada de uma cantora e os bons exemplos femininos ao redor a ajudam no processo de encontrar a própria voz.

Eu gosto de musicais. Talvez não seja o maior fã, mas praticamente todos que eu já vi desse gênero me agradaram: La La Land, Os Miseráveis, O Rei do Show… e com A Cor Púrpura não foi diferente. As canções são todas muito boas, principalmente as primeiras. O filme não perde o ritmo nesse quesito, inserindo as músicas em momentos que fazem sentido na história.

A Cor Púrpura conta com um ótimo elenco e sabe muito bem como administrar a nossa atenção. As personagens são boas, e destaco aqui duas atuações: Fantasia Barrino e, principalmente, Danielle Brooks. As duas brilham de maneiras diferentes; a primeira, de modo mais sutil, e a segunda, de maneira mais enérgica. Taraji P. Henson também faz um bom trabalho, assim como o elenco em geral.

Eu gostei muito da narrativa de A Cor Púrpura. É um pouco inquietante acompanhar a vida da protagonista sem ela dar sinais de que vai fazer algo pra escapar daquela realidade abusiva. Contudo, isso não torna o filme menos interessante. Celie representa a bondade naquele contexto, o que torna a sua evolução mais satisfatória.

É um filme bonito. Não vou negar que me emocionei no final, apesar do roteiro escorregar um pouquinho no terceiro ato. Contudo, quando começa a ficar cansativo, o longa trata de amarrar as pontas e inserir o desfecho. Assim que a última melodia é lançada no ar, fica aquela sensação boa no coração.

A Cor Púrpura exibe uma vida agonizante em vários momentos, mas sem caricaturar demais o sofrimento. Na verdade, é um filme bem-humorado, capaz de achar o equilíbrio entre drama e comédia.

Esse ator só gosta de trabalhar no Domingo

 

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Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou do filme. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?

Publicado por Luiz Felipe Mendes

Fundador do blog Pitacos do Leleco e referência internacional no mundo do entretenimento (com alguns poucos exageros, é claro).