Marvel, Séries

Os Defensores (2017)

• Os Vingadores do bairro

Enfim o esperado grupo do Universo Cinematográfico de Séries da Marvel está reunido. Universo Cinematográfico de Séries? Que porra que eu falei, mano?
Enfim o esperado grupo das séries do Universo Expandido da Marvel está reunido. É, acho que agora melhorou.
Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage e Punho de Ferro. Desde 2015, com o lançamento da primeira temporada de Demolidor, os fãs de super-heróis viviam uma expectativa de que acontecesse logo a formação do grupo conhecido como “Os Defensores”. Se você tá lendo isto aqui, provavelmente já assistiu às outras séries ou pelo menos a uma delas. Por isso, vou escrever levando em conta essa aposta, mas relaxa que não vou revelar spoilers gigantes sobre a trama das outras séries não, só o básico. Então simbora.
Três heróis, uma heroína. Caso você, querido leitor, tenha assistido Breaking Bad, sabe que a Jessica Jones é de fato uma heroína, haha. De qualquer forma, um deles é cego, mas destrói nas lutas. A mulher tem super força e dá uns saltos sinistros. O outro cara tem a pele impenetrável e super força, super mesmo. E por último, tem um bebê chorão um especialista em artes marciais com um poder de transformar os punhos em armas letais.
Como toda história de heróis, Os Defensores exige um vilão. A misteriosa Alexandra, interpretada pela maravilhosa Sigourney Weaver, é a escolha da vez. Representando o Tentáculo como um todo, essa mulher tem planos malignos contra o mundo, ou basicamente contra a cidade de Nova York (até porque se fosse contra o mundo Os Vingadores é que seriam chamados). Com o decorrer da temporada, os nossos quatro super-heróis se encontram e dão início a este quarteto tão fantástico. Caraio, Quarteto Fantástico. Isso daria um bom nome.
Dos quatro protagonistas, apenas Matthew Murdock e Danny Rand já estavam familiarizados com a ameaça do Tentáculo. Enquanto os inimigos de Jessica Jones e Luke Cage eram um pouco mais pé no chão, os antagonistas dos outros dois remetiam a algo mais sobrenatural, mais ficcional do que o normal. Já que eu tô aqui falando disso, eis o primeiro tema que quero abordar: os vilões da série.
Alexandra inicia a temporada como uma vilã decente e com potencial para evoluir. Contudo, o enredo do Tentáculo que a parceria Marvel-Netflix criou não é tão interessante quanto poderia ser. Diversas vezes eu fiquei me perguntando: “porra, se esses caras são tão poderosos assim, por que eles parecem tão frágeis às vezes?”. Esta foi uma sensação que me perseguiu durante a temporada inteira. Para servir de exemplo, vou citar Arrow, terceira temporada. O vilão principal é alguém clássico dos quadrinhos e extremamente poderoso, com capangas profissionais e altamente treinados. Na série, no entanto, esses capangas pareciam os vilõezinhos de Power Rangers, ou algo do tipo. A galera do mal em Os Defensores talvez não seja tão exageradamente inútil assim, mas é mais ou menos nesse caminho que eles agem.

Imagina encontrar esses quatro na reunião de família

Vamos virar o disco e falar dos mocinhos. Obviamente, são os quatro protagonistas, dah. A questão que eu achei super interessante na série foi o entrosamento e a relação entre eles. Quando a gente pensa em um time de super-heróis, imediatamente vem na cabeça pessoas que querem fazer o bem, que confiam umas nas outras e que se juntam para combater o mal. Pode-se dizer que Os Defensores têm um pouco dessas características, mas a relação entre os quatro tá longe de ser amigável. Praticamente na temporada inteira eles ficam discutindo, o que era de se esperar sendo que todos têm personalidades tão distintas. Murdock é sistemático e cheio de valores. Jessica faz somente o que Jessica quer. Luke é cauteloso e, na maioria do tempo, não quer se meter em encrenca. Danny é demasiadamente inocente e furioso. Colocar esses quatro egos juntos repentinamente não era algo que poderia se encaixar logo de cara, e esse ambiente de discussões ficou muito mais real com a proposta da série.
Alguns desses personagens mudaram um pouquinho, principalmente Danny Rand. Na série homônima dele, o Punho de Ferro era alguém que só fazia cara feia, não sabia agir no mundo real e tentava acabar com tudo na porrada. Já em Os Defensores, ele surge como uma espécie de pequeno alívio cômico, mas sem perder a sua essência.
Personagens secundários retornam à trama, mas nenhum deles brilha. Claire Temple, Colleen Wing, Misty Knight, Foggy Nelson, todos eles servem mais como suporte do enredo, apesar de terem seus momentos. Entretanto, é algo compreensível, sendo que havia pouco tempo para abordar todo mundo.
Isso nos leva ao terceiro tópico. Por que diabos a Netflix colocou somente oito episódios em Os Defensores? Praticamente todas as temporadas de suas quatro séries poderiam ter sido padronizadas em 10 episódios, para eliminar algumas pequenas enrolações. Aí quando eles colocam os quatro juntos, fazem uma temporada menor. Infelizmente, essa decisão foi um dos defeitos da temporada, porque não dá tempo da história ficar plenamente emocionante e ser explorada totalmente.
A principal qualidade do ano de estreia de Os Defensores é de fato a relação entre os personagens, o que basicamente é o que sustenta a temporada. Os vilões em alguns momentos têm destaque, mas são um pouco fracos. Os Defensores não chega a ser ruim, mas não deixa de ser um pouquinho decepcionante tendo em conta o que poderia ter sido. Ainda assim, vale mais a pena assistir do que Punho de Ferro. De qualquer forma, tenho certeza que quem assistiu a temporada de estreia do Quarteto Fantástico sem grife não perdeu tempo.

 

{Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: https://pitacosdoleleco.com.br/2017/07/11/glossario-do-leleco/}

{Nota nº 2: quer conhecer melhor a história do blog e os critérios utilizados? Seus problemas acabaram!! É fácil, só acessar esse link: https://pitacosdoleleco.com.br/2017/09/16/wiki-do-leleco/}

{Nota nº 3: bateu aquela curiosidade de saber qual exatamente é a nota desta temporada, sem arredondamentos? Se sim, dá uma olhada aqui nesse link. Se não, pode dar uma olhada também: https://pitacosdoleleco.com.br/2017/09/16/gabarito-do-leleco/}

 

~ OBSERVAÇÕES SPOILENTAS: NÃO LEIA A NÃO SER QUE JÁ TENHA VISTO A TEMPORADA INTEIRA. O AVISO ESTÁ DADO ~

 

  • Meta de relacionamento: Elektra e Demolidor. Não, pera.
  • Cara, muito decepcionante aquele Tentáculo. Os caras estão vivos há milhares de anos e no final parecem mó desorganizados. Uma pena, porque tinham um potencial muito foda.
  • Ding, ding, ding! Ponto positivo para as cenas no restaurante, com todos eles reunidos. Que delícia ver todo mundo junto aaaaa
  • Outra sequência foderosa: a primeira reunião deles, no terceiro episódio. Ficou muito legal de assistir, principalmente o Punho de Ferro quebrando a espada da Elektra.
  • Pqp caralho, o Bakuto cortando o braço da Misty fora. Tá, confesso que eu já sabia o que iria acontecer, graças a uma postagem da Legião dos Heróis com a seguinte manchete: “veja como Misty Knight pode adquirir seu braço biônico!”. Desde então, deixei de curtir a página.
  • Malcolm virou um homão da porra, hein. Olha, tenho que admitir que o cara ficou bem boa pinta.
  • E por falar em beleza, a Misty, hein? Que mulher.
  • Karen Page mais apagada que a visão do Matt.
  • Aaaaaah o primeiro confronto entre o Luke e o Danny foi muito bom kkkk o melhor relacionamento é entre esses dois, disparado.
  • Danny não tá mais tão insuportável assim, né? Só quando ele fala “my name is Danny Rand, I’m the protector of K’un-Lun……….”
  • Legal que o tempo inteiro a temporada ficou nos provocando mostrando as adagas originais da Elektra. Toda hora eu pensava “agora vai!” e não ia. Grrrr
  • Os produtores gostam de cabeças sendo arrancadas, é uma verdade. Stick decapitando Sowande, Colleen decapitando Bakuto…aliás, o placar final foi Colleen 2×0 Bakuto, certo? Bom demais, bicho.
  • Finalmente o Stick morreu. Ele era fodão, sim, mas também era muito cuzão.
  • Confesso que fiquei bem “ata” quando a Elektra matou a Alexandra.
  • Ah, claro que o Demolidor não ia morrer, né. A pergunta que fica é: onde que ele tá? *emoji pensativo*

 

~ FIM DAS OBSERVAÇÕES SPOILENTAS. A PARTIR DAQUI PODE FICAR DE BOA SE VOCÊ AINDA NÃO VIU ~

 

+ Melhor personagem: Jessica Jones
Apesar de não ser a melhor combatente e não ser tão poderosa quanto os demais, é a que mais brilha na temporada – somente com suas palavras e ações.

Mood

+ Melhor episódio: S01E03 (“Worst Behavior”)
O momento que todos estavam esperando.

Você teria um momento para ouvir a palavra de K’un-Lun?

 

Obs.: Não, a imagem acima não é do terceiro episódio, mas eu queria fazer essa piada.

 

Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou da temporada. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?

Publicado por Luiz Felipe Mendes

Fundador do blog Pitacos do Leleco e referência internacional no mundo do entretenimento (com alguns poucos exageros, é claro).