Séries, Super-Heróis

Arrow: 7ª Temporada (2018/19)

Arrow: 7ª Temporada
Arrow: 7ª Temporada

• Viciados em heroísmo

Vocês estão familiarizados com o conceito de “retcon”? Se sim, que bom! Se não, vou tentar explicar. A “continuidade retroativa” é um termo para conceituar um momento em uma obra de ficção na qual a história altera fatos previamente estabelecidos em prol de uma nova trama. Vamos pegar o Superman como exemplo. Todos sabem que a coisa mais letal para Kal-El é a kryptonita, certo? Ok. Agora, suponhamos que um novo arco dos quadrinhos dissesse que o magnésio é muito mais fatal para o Superman. Isso nunca havia sido mencionado antes, mas subitamente passou a ser verdade. Concluindo, seria um retcon. Infelizmente, tal recurso acontece com muita frequência em séries e sagas de filmes. Arrow é campeão nesse aspecto. A cada temporada que passa, um retcon diferente é usado. Sara Lance e Andy Diggle terem sobrevivido aos incidentes que todos pensavam tê-los matado é apenas um exemplo disso. Em seu sétimo ano, um massivo retcon surge pomposamente. Em uma obra que já não é mais lá essas coisas, isso tende apenas a piorar o cenário.

 

Sinopse

Oliver Queen está preso. Após se entregar ao FBI em troca da garantia de que os federais prenderiam Ricardo Diaz, o Arqueiro Verde passa seus dias na cadeia Slabside. Do lado de fora, Felicity Smoak e William se escondem de Diaz, enquanto o Team Arrow desempenha diferentes funções em Star City. A presença de justiceiros não é mais bem vista na cidade, e ironicamente Dinah Lance é quem precisa impedi-los de atuar no local. John Diggle, por sua vez, trabalha com a A.R.G.U.S. no processo de captura de Diaz, mas as pistas esfriam depois de cinco meses. Mesmo com Oliver na prisão, um novo Arqueiro Verde surge em Star City agindo como se fosse um Robin Hood. René Ramirez fica cada vez mais interessado no misterioso herói, pois sente falta da maneira que as coisas eram antes. No futuro, um adulto William se encontra com Roy Harper em Lian Yu.

The Girl With The Dragon Tattoo (2011)

Crítica

Para minha surpresa, a sétima temporada começou muito bem. A trama de Oliver na prisão me deixou fisgado, e a mudança de “flashbacks” para “flashforwards” foi uma alteração agradável e instigante. É verdade que quando a série voltava suas atenções para Felicity e Ricardo Diaz, o nível caía. Entretanto, em geral a história estava fluindo muito bem. Fiquei aliviado pelo fato de Arrow não ter querido resolver o encarceramento de seu protagonista em poucos episódios, dando tempo para sentirmos o desespero de Oliver e a sua sensação de impotência. Além disso, os dilemas acerca da necessidade de justiceiros em Star City e o mistério acerca do novo vigilante delineava um sólido núcleo, e tudo isso fez com que eu ativasse o otimismo dentro de mim.

Só que ele não durou tanto quanto eu gostaria.

Acho que nem dá pra ser considerado spoiler o que estou prestes a dizer (era algo inevitável, convenhamos), mas eventualmente o nosso Arqueiro Verde sai da cadeia. A partir daí, a história degringola. A temporada abandona a sua originalidade e estabelece a mesma dinâmica presente nos enredos anteriores. Em todo episódio, temos um vilão invadindo algum evento específico, os mocinhos indo atrás dele e deixando-o escapar. As coreografias são sempre tediosas e genéricas, a trilha sonora é sem graça e repetitiva (os sons parecem zumbidos) e a direção quase não se esforça em fazer alguma coisa de diferente. O roteiro é a pior parte. Os diálogos parecem provenientes de um gerador de clichês aleatórios e os personagens são rasos, porque suas histórias são frágeis.

As reviravoltas são feitas somente para dizer que estão lá, e acabam destruindo certas místicas da série. A trama do “futuro” começa cheia de potencial, mas sua conclusão me deixou pensando que, se tivesse sido completamente retirada da temporada, não teria feito nenhuma diferença prática. Sinto que não valeu a pena os capítulos perderem tanto tempo com aquilo sendo que tudo poderia ter sido descartado ou pelo menos resumido. Quanto ao presente, a série enrola demais e eu comecei a ficar verdadeiramente irritado com algumas coisas. Por que diabos os bandidos quase sempre abordam os heróis com facas e porretes? De vez em quando, aparecem alguns com metralhadoras ou revólveres, mas são minoria. Na maior parte do tempo, os vilões cercam os mocinhos e, em vez de apertarem o dedo no gatilho e fuzilarem todo mundo, eles saem correndo em direção aos seus alvos para trocarem socos e pontapés. Qual é o problema deles?

Não foi só isso que me deixou irritado. Eu tive uma ideia no meio da temporada que eu gostaria de ter tido antes. Em todos os episódios, era possível citar alguma cena em que os heróis deixavam alguém escapar do jeito mais idiota imaginável. A galera está lá brigando quando de repente o vilão solta uma faíscazinha no ar e desaparece. Em vez de o Team Arrow sair correndo atrás no encalço, eles simplesmente se conformam e vão embora. Não faz sentido algum. E isso que eu nem mencionei as vezes em que os personagens fazem ou deixam de fazer algo pelo bem do roteiro. Consigo citar duas cenas específicas. Em uma delas, um mocinho está com uma arma de fogo lutando contra um inimigo usando escudo. Em vez de atirar nas pernas do malfeitor, o herói opta por continuar cravando balas na parte de cima do vilão, dando a possibilidade de o mesmo bloquear as balas com o escudo. Isso é que é inteligência.

Em outra cena, um cara do bem, armado com um revólver, chega em um lugar no qual seu alvo está de costas pra ele. Seu campo de visão está limpo, e o herói dispara no ombro do inimigo. Em seguida, eles lutam corpo a corpo e o vilão consegue escapar. Aí eu te pergunto: por que diabos o herói não deu um tiro em cada perna do terrorista, ou disparado uma bala na cabeça dele pra resolver a situação logo? Isso me leva até outro aspecto incômodo na série. Parece que virou moda agora o idealismo barato que não leva a nada. O Team Arrow já matou dezenas de antagonistas menores, mas sempre que chegam em um vilão principal, eles tentam ir “por um outro caminho”. Isso sem falar na incongruência de certos idealismos, mas vou deixar pras Observações Spoilentas.

Algo que também me incomoda atualmente em Arrow é que todo mundo tem talentos formidáveis. Se não é com a luta, é com habilidades de computação. Ninguém é uma pessoa comum na série. Nas primeiras temporadas, Laurel e Quentin Lance, Thea Queen, Tommy Merlyn, John Diggle e vários outros cumpriam esse papel, contrabalanceando e consequentemente engrandecendo Oliver Queen como protagonista. De repente, a Laurel virou uma Canário, a Thea e o John se transformaram em justiceiros e os outros que eram mais pé no chão morreram. Até o Curtis, que já era genial o bastante quando trabalhava apenas no ramo computacional, foi lá e virou justiceiro também. Quando todo mundo em uma obra é incrível até demais, todos deixam de ser.

Acredito que ficou bem claro então o que eu achei da temporada. O mais triste de pensar é que ela tinha várias ideias interessantes em mente, como a prisão do Oliver, o Team Arrow se virando sem ele, a trama no futuro, as hipocrisias dos heróis que têm uma relação com o heroísmo semelhante a uma dependência química, os dilemas da vida profissional e os princípios de Dinah Lance… e tantos outros elementos. Alguns deles conseguem ser minimamente bem explorados, principalmente no começo da temporada. Os primeiros episódios de fato são divertidos. Porém, a série foi ficando cada vez pior com o tempo e eu tive extremas dificuldades de finalizar a história.

Jovens Vingadores

Veredito

As duas primeiras temporadas de Arrow são excelentes. A terceira desliza um pouco, mas consegue manter a sua essência. A partir da quarta, tudo começou a dar errado. Tudo bem que a quinta recuperou um pouco do fôlego e a sexta conseguiu estabilizar as coisas de certa forma, mas não há mais desculpas para defender a sétima. Eu só fui perceber o quanto ela era ruim quando terminei o último episódio (cinco meses depois de iniciar o primeiro) e comecei outra série que eu gosto, devorando os episódios um atrás do outro. Não consegui fazer isso com o Arqueiro Verde. Ok, os primeiros episódios realmente são legais, alguns conceitos são bem espertos e certos núcleos se destacam positivamente. Em um determinado ponto, a narrativa perde o foco e o índice de qualidade cai, mas Arrow consegue dar a volta por cima e se recuperar por um curto espaço de tempo. Tragicamente, as coisas voltam a piorar. As cenas de luta são sofríveis e o roteiro enfraquece a si mesmo exponencialmente. A quantidade extensa de episódios só torna a experiência mais cansativa. Em geral, é um dos piores anos de Arrow até o momento, ficando atrás apenas da quarta temporada. Precisei ser bonzinho pra não classificá-lo como Perda de Tempo. Nota final: 2,5/5.

Continuidade retroativa em sua forma mais pura

 

>> Crítica da 1ª Temporada de Arrow

>> Crítica da 2ª Temporada de Arrow

>> Crítica da 3ª Temporada de Arrow

>> Crítica da 4ª Temporada de Arrow

>> Crítica da 5ª Temporada de Arrow

>> Crítica da 6ª Temporada de Arrow

 

Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: Glossário do Leleco

Nota nº 2: quer conhecer melhor a história do blog e os critérios utilizados? Seus problemas acabaram!! É fácil, só acessar esse link: Wiki do Leleco

Nota nº 3: bateu aquela curiosidade de saber qual exatamente é a nota das temporadas, sem arredondamentos? Se sim, dá uma olhada aqui nesse link. Se não, pode dar uma olhada também: Gabarito do Leleco

Nota nº 4: pra saber sobre quais séries e temporadas eu já fiz críticas no blog, é só clicar aqui: Guia do Leleco

 

~ NARRAÇÃO SPOILENTA: NÃO LEIA A NÃO SER QUE JÁ TENHA VISTO A TEMPORADA INTEIRA. O AVISO ESTÁ DADO ~

 

  • Diggle muito folgado com a Lyla exigindo saber das coisas da A.R.G.U.S.. Ela é esposa dele, mas naquele ambiente é a chefe, uai.
  • A trama do Oliver na cadeia tá muito mais real e interessante do que as aventuras da galera em Star City. Eu simplesmente tô cagando pra eles.
  • Oliver e Talia tiveram mais química em um episódio do que Oliver e Felicity em umas quatro temporadas.
  • Arco finalizado do Dr. Jarrett Parker, provavelmente teve a cabeça cortada pela Talia.
  • O Curtis é um personagem muito bom quando não abusam do seu senso de humor e ignoram um pouco seu lado Sr. Incrível, que não tem nada a ver com ele.
  • Anatoly me dá a impressão de que já deveria ter morrido há muito tempo na série.
  • Felicity pior personagem até aqui. Antes, era seu romance que incomodava. Agora, é o pacote completo.
  • A maquiagem da Dinah do futuro é ridícula de fraca. A da Alena ficou muito boa.
  • O Stanley ter matado o Dunbar era bem previsível, né, assim como a fuga do Diaz após ser capturado. Ele com certeza vai ser o novo vilão.
  • Eu sinceramente espero que o arco do Diaz tenha acabado com o Oliver matando ele na prisão. Se o cara ainda estiver vivo, vou ficar bem puto.
  • Oliver e Turner (ótimo personagem) é a parceria que eu não sabia que precisava.
  • A série depois da prisão ficou meio marasmo demais. A ideia do Oliver trabalhando pra polícia é interessante, mas ele voltando a usar o traje aconteceu rápido demais, ele deveria ter se negado por mais tempo.
  • Diaz vivo e prestes a ajudar Diggle e Lyla não me surpreende.
  • Eu odeio essa droga de universo compartilhado da CW. Poderia até funcionar se fosse tipo a Marvel com a Netflix, mas o jeito deles quase obriga a gente a ver as outras trocentas séries medianas e gigantescas porque senão ficamos perdidos pra caramba na trama.
  • Não entendi nada desse ep 9, mas a história foi mais legal do que a da temporada em si. Esse bagulho da Crise das Infinitas Terras deveria ser uma série totalmente separada, e não episódios dentro de séries diferentes. Eu não vi o início da história e não vou ver o final, porque não vou pegar outras séries que não assisto só pra me inteirar do que rolou. Dá preguiça até de ler um resumo na internet. É uma pena.
  • A Caitlin não conseguindo acertar a Nora Fries desarmada foi um atestado de incompetência.
  • Jurei que eu não gostaria do plot twist da Emiko ser irmã do Oliver, mas até que curti. Pensei que seria algo ocasionado pelo Flash, mas nada. Ela sempre esteve lá.
  • Oliver descobriu finalmente que o pai era cuzão (como se o suicídio dele na frente do próprio filho não fosse motivo o bastante).
  • Em alguns aspectos, a temporada tá melhor do que as outras (principalmente o protagonista). Mas a trama parece que é a mesma há um tempo já, só mudam os vilões.
  • Tenho uma preguiça de personagens idealistas em séries. No caso, o Curtis. Mano, dane-se se tem uma bomba na cabeça do Esquadrão lá. É só eles não traírem a ARGUS e tudo vai ficar bem. Não é como se fossem executá-los por nada, é como se fosse balear um bandido em fuga.
  • Achei muito legal esse ep do documentário, foi uma mudança pra lá de interessante. É isso que eu penso: se vai fazer uma temporada gigante, pelo menos tente inovar algumas coisas. Arrow é sempre a mesma coisa, com o mesmo roteiro, as mesmas lutas, um evento sendo interrompido por um vilão (dessa vez, o Quimera) e as coisas dando certo no final. Gostaria que o ep inteiro fosse doc ou só trocasse algumas vezes de ângulo, pra dar uma imersão maior, mas valeu a tentativa.
  • O cara que mandava bilhetes ameaçadores era o Stanley, que prendeu Oliver, Felicity e William e cortou a garganta da Dinah (mas o genial Curtis que sabe fazer tudo consertou o bagulho com um protótipo). Stanley foi preso, Felicity aparentemente tá grávida.N o futuro tá o William, a Mia Smoak e o Connor Hawke, filho adotivo do Diggle, além da Zoe, filha do Rene. Eles estão procurando pela Felicity.
  • Temporada tá caindo de nível, apesar de frequentes reviravoltas (como Mia Smoak e o Stanley sendo o vilão, além do William indo morar em Central City).
  • Diaz finalmente morreu! Dante talvez não seja um vilão, no final das contas. E ihh, a Emiko tá trabalhando com ele…
  • Oliver serve pra derrotar os inimigos principais, os outros membros do time derrotam os secundários. É previsível demais.
  • Dinah tinha tudo pra ser a Melhor Personagem, porque é o elo entre os vigilantes e a polícia. Porém, ela não tem carisma nenhum e eles parecem não se preocupar em desenvolvê-la. Teve a parte em que ela falou que colocou o dela na reta e tudo mais, mas é tudo muito superficial. Oliver continua na frente.
  • William adulto é um personagem bem legal, e a Mia tá melhorando. As coreografias dela são legais.
  • Felicity mais velha ficou bem caracterizada, e parece uma personagem mais tolerável. Mas eu quero saber mesmo o que rolou com o Oliver.
  • Uma verdade impopular: se os justiceiros nunca tivessem dado as caras, Star City teria progredido.
  • Ok, isso não faz nenhum sentido. Beleza, a Emiko era a líder do Nono Círculo e meio que esteve por trás do acidente do Robert e do Oliver, mas com que intuito? Vingança barata? Porque ela poderia facilmente ter tomado o controle da empresa, ou pelo menos tentado. Ela realmente acredita no Nono Círculo ou o usou como pretexto? Isso tudo tá muito forçado, sem falar na burrice de ter matado o Diaz com o uniforme de Arqueiro. E outra, que coincidência ela ser boa com o arco e flecha, né, sendo que tem tantas outras armas mais úteis. A trama tá ficando cada vez mais desesperada.
  • O bom é que eles ficaram procurando urânio nos dois únicos lugares de Star City que tinham urânio, mas não pensaram que os vilões simplesmente poderiam ter ido pra outra cidade.
  • Não entendo esse Nono Círculo e o Dante. A A.R.G.U.S. ficou procurando por eles durante meses e nunca conseguiram pistas. Foi só o Team Arrow entrar na jogada que toda hora eles aparecem em Star City. Organização bem secreta, hein, parece os maçons.
  • Eu tenho uma preguiça de quando séries querem levantar algum argumento e utilizam seus personagens pra isso. Por exemplo, no ep 18 eles queriam passar o recado de que a redenção é uma jornada, e não um destino. Pra isso, colocaram personagens pra debater o tema, mas com uma clara indicação de qual era a resposta “certa”. Acho um truque barato demais. E aliás, esse ep foi bem ruinzinho. O time das Canários não pegou, e olha que o rolê da Laurel tinha potencial. Poderiam ter trabalhado melhor a discussão de reabilitação de criminosos, mas ficou um texto preguiçoso e a Laurel voltou pro lado do bem com a força da amizade, e então resolveu voltar pra Terra-2. Blé.
  • Mais um ep mais ou menos, desta vez focado no Diggle. Ele descobriu que seu pai que ele pensava ser um herói foi negligente e o padrasto que ele pensava ser vacilão foi o herói que salvou geral. Foi uma evolução de personagem legal, e ainda teve a questão de o general se chamar Stewart. Lanterna Verde por aí?
  • Emiko matou o Dante e a Felicity destruiu o Arqueiro, mas fora isso não deu nada.
  • Finalmente um arco interessante em Arrow, mas duvido que vão tratar do jeito certo. O Team Arrow não passa de um bando de hipócritas. Ficam posando de heróis, mas acobertaram as mortes de dois guardas inocentes simplesmente porque foram causadas por um deles. Que tipo de heroísmo é esse? E o melhor é que eles realmente se acham no lado perfeito da história. Quanto ao Roy, ok que tecnicamente ele não teve culpa de ser ressuscitado e precisar lidar com os efeitos do Poço de Lázaro, mas ele tinha a OBRIGAÇÃO de ter contado pro time antes de entrar em uma missão importante como impedir um ataque terrorista. Ele foi negligente e deveria ser condenado por isso. Mas o Team Arrow passou pano. Gostaria muito que o roteiro pegasse esse viés de mostrar que eles são bem falhos, mas duvido que isso aconteça.
  • Que motivaçãozinha besta a da Emiko, hein? Ok, beleza, o pai dela a abandonou. Mas por causa disso, ela foi lá e não contou sobre as bombas no Queen’s Gambit, sendo responsável pela morte do pai, e agora quer destruir uma CIDADE INTEIRA pra punir o Oliver que nem sabia da existência dela e, desde que soube, sempre estendeu a mão. A Emiko fazer mal ao pai eu até entendo, mas o resto não faz muito sentido. Como o Oliver disse, chega um ponto em que ela deve ser responsabilizada pelos seus atos.
  • Mais uma vez uma série pegando um personagem morto como alucinação de outro personagem. Dessa vez foi com o Tommy em relação ao Oliver. Zzzz
  • Não sei pra que criar a tensão dos personagens estarem perto de morrer, até porque já sabemos que no futuro eles estão vivos. E aquela ilusão do Oliver perdendo todo mundo foi bem boba e anticlimática.
  • POR QUE O OLIVER DEIXOU A EMIKO ESCAPAR, VÉI? METE A FLECHADA NELA LOGO, VAI FICAR APOSTANDO A VIDA DE MILHARES DE PESSOAS NA CAPACIDADE REMOTA DE A EMIKO CONSEGUIR SE CONVERTER AO BEM? QUE TIPO DE HEROÍSMO É ESSE? E POR QUE O OLIVER NÃO TEM ESSE MESMO PENSAMENTO EM RELAÇÃO A DEZENAS DE VILÕES MENORES QUE MATA INDISCRIMINADAMENTE?
  • A primeira metade do último episódio foi meio brega, e a última frase da Emiko (“I just wanted to be a Queen”) ficou entre a breguice e a esperteza.
  • Crise das Infinitas Terras parece que vai ser um plot interessante, mas vamos ver. Como será que o Oliver morreu?
  • No resumo da ópera, a temporada começou me interessando muito, mas do nada caiu o nível. As coisas começaram a melhorar novamente com a revelação do paradeiro da Emiko, mas aí o enredo ficou besta de novo. Foi uma temporada de poucos altos e muitos baixos.
  • Ah, pra quem ficou se perguntando sobre o que eu me referi na introdução do pitaco, era sobre o fato de a Emiko Queen ter sido a responsável pelo naufrágio do Queen’s Gambit e o nascimento do Arqueiro Verde. É como se fosse revelado que o responsável pela morte dos Wayne foi o Pinguim ou alguém do tipo, uma decisão feita somente para valorizar o vilão de forma barata. Se a série tivesse abordado a existência de Emiko na terceira temporada, por exemplo, até daria pra aceitarmos a retcon. Fazer isso no penúltimo ano de Arrow foi bem nada a ver.

 

~ FIM DA NARRAÇÃO SPOILENTA. A PARTIR DAQUI PODE FICAR DE BOA SE VOCÊ AINDA NÃO VIU ~

 

+ Melhor personagem: Oliver Queen
O protagonista foi um dos únicos a demonstrar múltiplas camadas. Se não fosse pelo seu arco, sobretudo na prisão, a temporada teria definitivamente sido Perda de Tempo.

Cabelinho na régua

+ Melhor episódio: S07E07 (“The Slabside Redemption”)
Ainda que tenha tido um erro de continuidade na cena final, foi um capítulo bem agitado e possivelmente o último realmente bom da temporada.

Diggle, Diggle, Diggle

+ Maior evolução: Laurel Lance
Eu a odiei na temporada passada, mas a Sereia Negra trouxe boas discussões para a série, mesmo com a obra não conseguindo extrair o melhor disso.

Laurel de olho no Lance

+ Mais subestimado: Turner
Suas participações foram ótimas. Normalmente, eu falaria que suas boas performances poderiam render mais tempo de tela no futuro, mas sabemos que, se isso acontecer, Arrow vai estragar o personagem. Portanto, deixa como está mesmo.

Turner Down For What ♪

+ Pior personagem: Felicity Smoak
Na temporada passada, eu a classifiquei entre as melhores. Desta vez, não teve jeito. Além de seu romance com Oliver ser chato, Felicity tomou um caminho que a deixou insuportável no ano de despedida da atriz Emily Bett Rickards.

Fã de Avril Lavigne aí

 

Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou da temporada. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?

Publicado por Luiz Felipe Mendes

Fundador do blog Pitacos do Leleco e referência internacional no mundo do entretenimento (com alguns poucos exageros, é claro).