Drama

The Walking Dead: 10ª Temporada (2019/20/21)

• Alfabeto dos sussurros

Qual é a diferença entre série favorita e melhor série? A resposta é bem simples, na verdade. Nem sempre a série que nós mais gostamos é necessariamente aquela que consideramos a melhor. Se eu acho The Walking Dead uma das melhores séries de todos os tempos, com um enredo sólido e diálogos inspirados? Nem perto disso. Se eu considero The Walking Dead a minha série predileta? Aí sim! É como se fosse uma discussão sobre futebol. Eu sei que o meu time não é o maior do Brasil, mas, ao mesmo tempo, pra mim ele é. No caso de The Walking Dead, eu tenho noção das qualidades indiscutíveis que a obra possui, como a sua capacidade de apresentar, desmontar e reconstruir personagens, a habilidade em entregar momentos memoráveis e a perfeição na utilização de zumbis. Paralelamente, eu não finjo que não percebo todos os defeitos. E falarei bastante deles a seguir.

 

Sinopse

Os Sussurradores são os inimigos da vez. Na temporada passada, rompeu o início de uma guerra entre aqueles malucos e os nossos queridos habitantes de Alexandria, Hilltop, Reino e Oceanside. A primeira batalha decisiva foi vencida pelos adoradores dos mortos, culminando no frio assassinato de Tara, Enid, Henry, Tammy Rose e outros. Em vez de buscar uma retaliação, as comunidades decidiram respeitar as fronteiras estabelecidas pelos Sussurradores, ficando cada um na sua. A situação permanece assim por meses, até que a relação se torna insustentável e a guerra volta a estourar, sendo liderada por Carol, Daryl e Michonne, três dos sobreviventes mais antigos de The Walking Dead.

Alguém dá uma roupa nova pra ele, pelo amor de Rick

Crítica

Sendo totalmente imparcial em minha análise, The Walking Dead foi espetacular nas três primeiras temporadas, tendo um ótimo quarto ano. O quinto e o sexto alternaram entre bons e maus momentos, e o sétimo e o oitavo foram medianos. A série parecia não ter mais pra onde ir, até que veio a nona temporada. Quando eu a assisti pela primeira vez, não fiquei tão impressionado assim. Porém, vendo pela segunda vez após assistir a todas as temporadas anteriores novamente, percebi o salto de qualidade que havia ocorrido. A nona conseguiu resgatar o espírito de TWD, e dali para frente era a chance de a obra se reerguer na sua reta final, considerando que ela será encerrada na 11ª temporada. 

Contudo, The Walking Dead voltou a repetir erros recorrentes desde a quarta temporada. A história da décima começa boa, explorando as diferentes abordagens das comunidades e as consequências do massacre dos Sussurradores alguns meses antes. O enredo explora situações mais bélicas, lembrando até as batalhas contra Caminhantes Brancos em Game of Thrones. Os zumbis voltam a ser ameaças grandes, algo que não acontecia há muito. O roteiro aposta em maneiras diferentes de conduzir os episódios, como apresentar subtítulos para arcos específicos, dividindo sequências de cenas como os capítulos de um livro. A força dos personagens fica evidente, e por um tempo os Sussurradores ficam um pouco de lado, até retornarem aos holofotes.

Foi então que começaram os erros. Vamos pegar os vilões principais da série como exemplo. O Governador foi um antagonista incrível por ter sido o primeiro daquela magnitude em The Walking Dead, e também pela contraditoriedade de alguém que acolhe pessoas em uma comunidade murada e extermina outras para sair como salvador. Negan teve um começo explosivo, e chegou à série para representar um vilão sádico, sem muitos escrúpulos. Alfa e os Sussurradores trouxeram um tipo de ameaça diferente. Sorrateiros, esses inimigos nasceram para ficar nas sombras, fazendo-nos perguntar, toda vez em que apareciam zumbis, se aqueles eram realmente mortos-vivos ou apenas vivos vestidos de mortos. A proposta dos Sussurradores levou um clima de terror pouco explorado à série, e que tinha tudo pra ser perfeito.

Porém, The Walking Dead acabou os transformando em vilões genéricos. Os Sussurradores começaram a matracar constantemente, ganharam um excessivo tempo de tela e perderam bastante singularidade. Algumas coisas ficam melhores quando mostradas apenas parcialmente. A partir do momento em que a série começou a evidenciá-los toda hora, insistindo em rituais repetitivos e fazendo com que ganhassem um local de base, da mesma forma que o Governador em Woodbury e o Negan no Santuário, os Sussurradores deixaram de ser aquelas figuras místicas de outrora. Ok, a “base” deles tinha uma distribuição bem diferente das outras e era ao ar livre, mas é essencialmente a mesma coisa, com as mesmas figuras de poder e autoridade.

Quanto aos heróis, The Walking Dead mais uma vez usou seus personagens como mero recurso narrativo. Em toda temporada, tem o idealista, o vingativo, o insano, o machucado, o redentor e o imprevisível. Sério, toda temporada tem isso, e às vezes a personalidade de alguém desponta de modo mecânico pra preencher uma função dentro da trama. Não importa se Fulano nunca demonstrou ser rancoroso antes, do nada essa característica surge fortemente nele. Além disso, a série foca nos personagens errados. A décima temporada deveria ter tido um foco inicial naqueles que perderam entes queridos pelas mãos da Alfa: Carol, Ezekiel, Lydia, Alden, Earl, alguma pessoa dos Salteadores… mas não é exatamente isso que acontece. A temporada consegue explorar bem o luto da Carol e da Lydia e chega a ensaiar uma reação dos Salteadores, mas fica por isso mesmo.

Vários personagens são colocados na geladeira. Em vez de a série fornecer um espaço igual para a maioria em um mesmo espaço de tempo, ela faz isso de maneira parcial. Em um episódio, a história decide focar em Ezekiel, por exemplo, introduzindo algum arco para ele. No capítulo seguinte, Ezekiel é posto de lado para que outro personagem ganhe brilho. O arco de Ezekiel então fica em suspensão por seis episódios até que a série resolve retomar de onde parou. Eu acho legal que The Walking Dead queira explorar seus personagens individualmente, mas, quando faz isso de maneira tão fragmentada, o arco não tem a mesma importância quando retomado e a gente até esquece. O Eugene é um que teve um núcleo interessante introduzido tarde demais e que poderia ter sido desenvolvido durante toda a temporada, mas ele ficou esquecido durante a maior parte do tempo para só depois ser trazido à tona.

Retornando aos vilões, a temporada exagera no famoso “plot armor”, ou seja, quando um personagem não morre apenas porque está “protegido pelo roteiro”. Sabe quando o Glenn caiu no meio de uma multidão de zumbis e conseguiu se esconder debaixo da lata de lixo? Aquilo é um exemplo de plot armor. Ele não morreu naquela hora não porque conseguiu escapar de uma maneira realística, mas simplesmente porque, na visão do roteiro, não era pra ele morrer naquele momento. A falta desse plot armor é uma das coisas que tornavam Game of Thrones tão boa, e a aplicação do recurso foi um dos motivos pelos quais aquela série ficou tão ruim. The Walking Dead sempre teve um ligeiro plot armor em figuras como Rick, Michonne, Daryl e Carol, mas na maioria das vezes nos dava a sensação de que ninguém ali estava realmente seguro. A décima temporada perde um pouco dessa qualidade, colocando a armadura em pessoas que não fazia sentido terem sobrevivido em certas situações.

A quantidade de episódios é maior e os últimos seis são um pouco abaixo da média, mas isso eu perdoo porque posteriormente descobri que nem era pra terem sido lançados. Eles funcionaram como um “bônus” por causa dos atrasos na produção da 11ª temporada, em virtude da pandemia. A showrunner Angela Kang não queria deixar os fãs sem nada pra consumir durante o primeiro semestre de 2021, e por isso tomou tal decisão. Eu discordo de alguns caminhos tomados pela trama, mas entendo e valorizo a atitude de lançar capítulos extras.

No final das contas, a décima temporada tem muitas ideias boas, muitas mesmo. A trajetória de Negan é sensacional, as facetas de Daryl são abordadas, há um aumento de violência, as lutas e conflitos são de encher os olhos. Quando a série quer, ela sabe impressionar. Nas vezes em que realmente se concentra em seus personagens, a trama nos fisga de um jeito difícil de escapar. Aquela letargia presente na sétima e oitava temporadas não está mais aqui. Na maioria do tempo, The Walking Dead não deixou a história ficar tediosa, bem longe disso, apenas poderia ter aproveitado melhor o que tinha em mãos.

Um membro do Slipknot no apocalipse zumbi

Veredito

Apesar de todos os defeitos, a décima temporada continua mostrando claros sinais de evolução em The Walking Dead desde a resolução do núcleo dos Salvadores. Quando parece que a história está prestes a ficar ruim, a obra dá um jeito de se livrar dos problemas e introduzir algum bom arco para nos agraciar. A primeira metade é mais objetiva, conseguindo entregar reviravoltas realmente inesperadas e sendo capaz de inovar alguns conceitos narrativos. A segunda metade sofre com a perda de fôlego, desenvolvendo personagens que não precisavam de tanta atenção e desperdiçando aqueles que possuíam um imenso potencial. Não é uma temporada tão memorável e cativante quanto a nona, mas mostra que a série está no caminho certo rumo ao seu esperado desfecho. Nota final: 3,7/5.

Deus é amor

 

>> Crítica da 1ª Temporada de The Walking Dead

>> Crítica da 2ª Temporada de The Walking Dead

>> Crítica da 3ª Temporada de The Walking Dead

>> Crítica da 4ª Temporada de The Walking Dead

>> Crítica da 5ª Temporada de The Walking Dead

>> Crítica da 6ª Temporada de The Walking Dead

>> Crítica da 7ª Temporada de The Walking Dead

>> Crítica da 8ª Temporada de The Walking Dead

>> Crítica da 9ª Temporada de The Walking Dead

 

Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: Glossário do Leleco

Nota nº 2: quer conhecer melhor a história do blog e os critérios utilizados? Seus problemas acabaram!! É fácil, só acessar esse link: Wiki do Leleco

Nota nº 3: bateu aquela curiosidade de saber qual exatamente é a nota das temporadas, sem arredondamentos? Se sim, dá uma olhada aqui nesse link. Se não, pode dar uma olhada também: Gabarito do Leleco

Nota nº 4: pra saber sobre quais séries e temporadas eu já fiz críticas no blog, é só clicar aqui: Guia do Leleco

 

~ OBSERVAÇÕES SPOILENTAS: NÃO LEIA A NÃO SER QUE JÁ TENHA VISTO A TEMPORADA INTEIRA. O AVISO ESTÁ DADO ~

 

  • Pra mim, a temporada deveria ter começado com uns quatro episódios sem nem aparecer um Sussurrador, apenas focando nas comunidades em si e em como elas processaram o luto e tudo mais. Depois disso, teria sido interessante um episódio de flashback focado no Beta, e não na Alfa. Ela não precisava de mais um. Somente então os Sussurradores voltariam pra trama, e já de um jeito que seu arco fosse encerrado, pra não desgastar igual acabou acontecendo.
  • Carol infelizmente repetiu um arco recorrente dela. Depois de um tempo sendo foda, ela tem uma “recaída”, faz alguma merda e então se redime fazendo alguma coisa foda, pra gente acabar se esquecendo da merda que ela fez antes. O fato de a Connie ter sobrevivido (ainda bem que ela não morreu, não me entendam mal) tornou toda aquela trama na caverna inútil. Pelo menos a Magna deveria ter morrido. Não esperava que o Negan fosse matar a Alfa, mas a Carol estar envolvida nisso só provou o meu ponto de redimir a personagem.
  • O Beta não morre não? Roteiro forçou demais. A Judith deu um tiro no peito dele, e por algum motivo ele estava usando colete, sendo que ninguém de Alexandria tem arma direito. Além disso, ninguém se preocupou em dar um segundo tiro na cabeça dele pra ter certeza. Depois disso, a galera tentou fazer uma emboscada nele na estrada, mas o deixou escapar estupidamente. Por fim, o Alden teve a chance de meter uma flecha nas costas do cara, mas em vez disso escolheu atirar na Gama zumbi (que prioridade é essa?). E foi muito nada a ver o plano da galera de deter o Beta, muita possibilidade de dar ruim. Por que ninguém deu um tiro na cabeça dele logo pra evitar um monte de problemas?
  • E a Gama nem deveria ter existido, sinceramente. Toda a sua trama poderia ter passado pro Beta, teria sido bem mais interessante.
  • O desfecho da Michonne foi digno, com ela indo procurar o Rick. O episódio dela foi emocionante, com uma sequência do que poderia ter acontecido se ela não tivesse salvado a Andrea. Só queria que o diálogo com a Judith antes de a Michonne partir em busca do Rick tivesse tido um pouquinho mais de profundidade. E a única coisa que faz sentido naquela parada do Rick ter desenhado a Michonne e a Judith no celular é não ter sido ele quem desenhou, mas sim alguém que ficou de olho nas duas enquanto ele tá perdido por aí. E os filmes de TWD vão ter de explicar muito bem isso, porque tem de haver uma razão MUITO boa pro Rick simplesmente ter deixado sua família pra trás e não ter voltado pra ver todos novamente.
  • A cena de sexo do Negan com a Alfa jamais será esquecida. Jamais.
  • Gostei da morte do Siddiq pela imprevisibilidade, mas odiei que mataram um dos únicos personagens que estavam realmente funcionando na temporada. Ainda bem que o Padre Gabriel se vingou daquele Dante maldito, o cara estava estranho desde o começo.
  • Faltou alguém com papel de liderança na série. O Rick foi embora, a Michonne aparecia esporadicamente e agora já até deixou a série, e a Maggie ficou desaparecida durante a maior parte do tempo. Nenhum outro personagem tem esse potencial de liderança atualmente. Padre Gabriel pode até ser um bom administrador de Alexandria, mas não é um líder nato como os outros. O Daryl e a Carol são muito bons quando tratados como coadjuvantes, aqueles “ajudantes” dos líderes, mas não como líderes em si.
  • A Judith é uma personagem que, se houve algum exagero em sua “fodacidade”, eu passo pano. Gostei também que a série não ficou presa demais naquele discurso de “ela é só uma criança, temos de protegê-la”, porque assim ela teria sido um Carl 2.0. Ela matando o Earl foi tenso, mas não teve aquele peso do Carl matando zumbis no começo da série, por exemplo, e isso dá até pra entender pelo contexto avançado do apocalipse. No entanto, a Judith sofrendo com a Sussurradora aleatória morta pelo Daryl foi um pouco deslocado, por ter sido óbvio demais. Ela merecia mais originalidade.
  • Ezekiel ganhou uma lufada de ar fresco nesta viagem com Eugene e Yumiko. E ai como eu queria que o cenário urbano fosse aproveitado mais vezes…
  • Rosita é outra que ganhou um ótimo destaque com a morte do Siddiq e tudo mais, e depois sumiu completamente. Ela deveria ter matado o Beta, teria sido um momento marcante pra personagem. E o casal com o Padre deveria acabar logo, não dá liga.
  • Ideia boa de diálogo: alguém contando pra Judith sobre a fazenda, o Shane, a Lori, o Dale, a Andrea e toda aquela época. Pra isso funcionar, provavelmente teria de vir do Daryl, ou talvez até da Maggie. Não imagino a Carol fazendo isso. Outra ideia: o Daryl perguntando por que o Negan matou o Glenn daquele jeito, para que tanto sadismo.
  • Beta foi muito mal aproveitado. Ele ter sido um músico famoso, não querer mostrar o rosto por causa disso e ter vivido um trauma renderia um excelente arco.
  • Ok, o plano de derrotar os Sussurradores no final das contas deu certo, mas não quer dizer que foi bom. Aquela carroça com caixa de som era muito vulnerável, muita coisa poderia ter dado errado. Gostei do Daryl enfiando as facas nos olhos do Beta, mas gostaria que tivesse sido o Negan, teria sido mais prazeroso. Mas que belo fim pra horda, gostei de geral caindo do penhasco. Agora quero ver quem são os stormtroopers que capturaram Eugene e companhia.
  • MEU DEUS O HERSHEL FILHO DO GLENN, É IGUALZINHO ELE. Sobre os outros, o Elijah parece promissor, e o Cole parece que chegou pra ocupar o espaço de personagem cuzão genérico.
  • Que episodiozinho cachorro esse 18, hein, com o perdão do trocadilho. Não acrescentou em nada ao personagem do Daryl, na verdade só atrapalhou. A magia do Cachorro se chamar cachorro porque o Daryl se afeiçoou a um animal selvagem e não queria tornar aquilo oficial foi destruída, porque na verdade foi a Leah quem deu o nome. Demoraram 10 temporadas pra abordar o lado amoroso do Daryl e fazem logo com uma personagem desconhecida que é basicamente uma Daryl mulher? Se fossem abordar esse lado dele, e que não precisava porque deixaria no ar o porquê de ele nunca ter demonstrado interesse por ninguém, que fosse com alguma personagem conhecida. Mas é claro que essa Leah vai aparecer ainda, porque senão ela teria morrido. O que me cansa em TWD é que eles transformam histórias simples em episódios de 40 minutos. Esse episódio poderia ter sido todo resumido em literalmente um diálogo dele com a Carol, por exemplo, teria até deixado as coisas melhores.
  • O episódio do Padre Gabriel e do Aaron começou meio tedioso, mas teve a parte massa do cara com a roleta russa que o Padre acabou matando. Fiquei com um gosto ruim no estômago depois daquilo, mas mudei de ideia quando vi que o cara manteve o irmão preso por anos. Depois teve um episódio quase filler, mas que serviu pra conhecermos melhor a Princesa. Gostei da personagem, e achei massa o jeito que lidaram com a sua loucura. O penúltimo episódio, por outro lado, foi o pior da temporada, com a Carol caçando um rato. Levou a lugar nenhum.
  • O último episódio foi muito bom, com o passado do Negan e da Lucille e a história de origem daquela Salvadora, Laura (apesar de sua morte ter sido bem idiota). Só não foi uma boa season finale. Mas a pergunta que fica é: será que vai rolar treta entre Negan e Maggie na última temporada?

 

~ FIM DAS OBSERVAÇÕES SPOILENTAS. A PARTIR DAQUI PODE FICAR DE BOA SE VOCÊ AINDA NÃO VIU ~

 

+ Melhor personagem: Negan
Eu odeio o Negan vilão, mas amo o Negan anti-herói. Durante os primeiros episódios, ele foi indiscutivelmente o melhor. Entre a metade e o final, Daryl quase conseguiu roubar o seu espaço, com a sua característica de potencializar todo mundo à sua volta, mas o Salvador conseguiu recuperar seu prestígio no fim.

Um monstro desses merece perdão?

+ Melhor episódio: S10E13 (“What We Become”)
Um capítulo centrado em uma das únicas personagens que não tiveram um momento de grande declínio narrativo em toda a série? Pode contar comigo! O episódio 17 também foi um dos meus favoritos, com diálogos bem escritos e um alto desenvolvimento de personagens.

Quando os universos de Harry Potter e da Marvel se encontram

+ Maior evolução: Kelly
A Connie foi uma adição tão boa na temporada passada que acabamos nos esquecendo um pouco da Kelly, mas aqui ela conseguiu ganhar um pouco mais de espaço e me agradou bastante como personagem.

Kelly On Wayward Son

+ Maior surpresa: Princesa
A personagem mais diferente de The Walking Dead a ser introduzida na série. Parece ter vindo de algum filme como Zumbilândia, mas surpreendentemente conseguiu se encaixar em TWD.

Uma arqueira, dois membros da realeza e um cowboy

+ Maior decepção: Alfa
Beta poderia facilmente ter entrado aqui, mas eu não tinha muitas expectativas pra ele (apesar de ter sido claramente desperdiçado). Alfa tinha tudo pra ser a melhor vilã de todos em The Walking Dead, mas o roteiro exagerou tanto que acabou enfraquecendo a personagem.

Se ela tivesse um carro, seria um Alfa Romeo?

+ Mais subestimado: Siddiq
Lembra quando eu falei ali em cima que às vezes a série aposta nos personagens errados? Siddiq tinha força pra ter uma excelente evolução, mas não foi tão longe quanto poderia por culpa da própria trama.

O legado de Carl Grimes

+ Pior personagem: Carol
Dói o meu coração escrever isto aqui, mas é a verdade. Carol é uma das melhores personagens da história de The Walking Dead, disso não há dúvidas. Entretanto, repetiram nela a mesma coisa que fizeram em outras temporadas, e ela passou de uma mulher inteligente e destemida a uma pessoa estúpida e covarde. Não gostei de seu desenvolvimento, mas espero que consigam corrigir isso.

Saudades Carol da quarta temporada

 

Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou da temporada. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?

Publicado por Luiz Felipe Mendes

Fundador do blog Pitacos do Leleco e referência internacional no mundo do entretenimento (com alguns poucos exageros, é claro).