Suspense/Terror

Supernatural: 8ª Temporada (2012/13)

• Hipocrisia sobrenatural

Sam e Dean no fundo são pessoas ruins. Eles matam pessoas possuídas por demônios em vez de tentar exorcismos e não se mostram nem um pouco abalados em tirar vidas. Pior do que isso: eles são hipócritas. Vivem exigindo que outros “façam a coisa certa”, e não fazem esforço algum pra melhorar as próprias atitudes. A oitava temporada de Supernatural promoveu em mim várias reflexões, não vou mentir. Assisti aos episódios com uma visão muito mais crítica do que o normal, o que me fez desgostar de inúmeros elementos da série. Ao mesmo tempo, foi a temporada que eu mais curti desde a quinta.

 

Sinopse

Depois de passar um ano enfiado no Purgatório, Dean Winchester está de volta à Terra. Para sua surpresa, seu querido irmão Sam não o procurou enquanto estava sumido. Isso porque seu parceiro de caçadas viu a oportunidade de tentar uma vida normal. Com o retorno de Dean, isso não é mais possível. A situação fica ainda pior quando eles reencontram Kevin Tran. O profeta afirma ter encontrado uma maneira de fechar para sempre as portas do Inferno. Portanto, os Winchester voltam a trabalhar juntos para cumprir esse objetivo e encerrar o domínio demoníaco de uma vez por todas.

Existem dois tipos de pessoa

Crítica

Eu pensei tantas coisas diferentes ao longo desta temporada que é até difícil saber por onde começar. Fiz questão de anotar todas as minhas reflexões a respeito dos episódios, e é por isso que a Narração Spoilenta ficou ridiculamente grande. Nas próximas temporadas, vou escrever um pouco menos, mas desta vez achei justo deixar na íntegra justamente por conta de todos os pensamentos que me vieram.

Bora começar pela parte boa. Como eu disse na introdução, este foi o ano que eu mais curti desde o quinto. Por quê? As histórias estão melhores e mais interessantes. Ainda que nem todos os arcos sejam bons, o que faz a diferença na oitava temporada é o núcleo principal. A busca pelas placas, o esforço de Kevin, a passagem de Dean no Purgatório, são muitos elementos que mantêm a trama caminhando sem que seja exageradamente interrompida. Todo mundo sabe que esse é um defeito recorrente em Supernatural, então não vou me alongar.

Eu genuinamente gostei de muita coisa, de verdade. O senso de propósito foi bem estabelecido desde o início, e eu realmente tinha dúvidas sobre o que aconteceria no final. Por se tratar de uma série focada em dois personagens principais durante 15 temporadas, era meio óbvio que nenhum deles morreria de fato ou abandonaria a vida de caçador. Mesmo assim, tirando a previsibilidade nesse sentido, foi um enredo em que tudo podia acontecer.

A partir de agora, vou começar a bater em Supernatural. Crianças, fechem os olhos. Começando um pouco light, o arco do Castiel começou legal. Eu me senti curioso sobre o que iria acontecer, e a participação de anjos deixava tudo mais emergente. No entanto, ficou legal só no começo. À medida que foi se aproximando do fim, eu não aguentava mais ver a cara da Naomi, uma personagem apresentada nesta temporada. Perdi o interesse no próprio Castiel, ainda que isso seja um impropério para os fãs.

Também não consigo gostar do Crowley como antagonista principal. Ele funcionava perfeitamente com aquela dinâmica de “frenemies”, em que havia uma relação de amizade e embate com os Winchester. Aqui, tudo parece forçado, porque os roteiristas não sabem justificar as ações do vilão. Vamos a um exemplo marcante.

O Crowley é o Rei do Inferno, certo? Portanto, quando está fazendo algo que não pode ser interrompido por Dean e Sam, por que o tal Imperador dos Demônios não sai dos Estados Unidos? Sério, se eu fosse um demônio que descobrisse a respeito de uma placa com o poder de me trancar, eu iria me manter o mais afastado possível de quem teria a chance de me destruir. Eu iria pra China, pra Austrália, ou até pro Inferno, já que seria o meu reino. Pra ser sincero, por que o Crowley simplesmente não mata os Winchester? Se é porque no fundo ele se importa com eles, é só visitá-los com frequência no Inferno. Seria até melhor pro Rei do lugar.

Aproveitando a deixa, por que os Winchester são tão especiais? Vamos analisar com frieza. Quais são suas grandes habilidades? Eles não são os melhores lutadores. Não são os mais inteligentes. Os dois se alimentam só de besteira o tempo todo, então a forma física não deve estar em dia. Eu não gosto de histórias em que os protagonistas sobrevivem só por serem os protagonistas, no famoso “plot army”.

Além disso, Supernatural é péssimo nos detalhes e falha miseravelmente no seu ciclo repetitivo das mesmas artimanhas narrativas. Em toda temporada, Dean ou Sam escondem algo um do outro. Eis que o segredo vem à tona e a raiva surge entre os irmãos. Inevitavelmente, eles fazem as pazes, afirmando que aquela pequena família é a única que eles terão. Querem mais? Temos que engolir cada besteira pelo bem da ficção. Como é que esses dois conseguem dinheiro, pelo amor de Zeus, Prometeu e Ártemis? Eles cometem fraudes de cartão de crédito, beleza, mas não são pegos nunca? Não vou nem me esticar demais no fato de usarem identificações do FBI sem problema nenhum em qualquer lugar, porque senão ficaria horas por aqui.

Eu sei que em algumas séries ou filmes temos que relevar certas coisas pelo bem da ficção. O problema é que Supernatural se leva muito a sério. As suas tensões e dramas são extremamente superficiais, mas a obra age como se fosse algo pesado e cheio de repercussões permanentes. Pra completar, outra coisa que me irrita é a inabilidade de resolver casos em mais de um episódio. Tudo tem que começar, desenvolver e acabar em um só capítulo. Se algumas resoluções de casos fossem adiadas, talvez a história ficasse mais coesa e menos apressada. Se é pra fazer uma temporada de mais de 20 episódios, você não precisa criar 20 histórias diferentes. Cria umas 12, e desenvolve-as com mais capricho.

Pra terminar meu desabafo, Supernatural tem algumas breguices que são marca da série, mas não consigo gostar. Todo episódio tem alguém sendo arremessado em algum vidro. Normalmente, esse alguém é o Sam, que é nocauteado logo na sequência. Além disso, as transições de flashbacks com a Amelia, com o Sam de repente olhando pro horizonte e a trama voltando pro passado, me deram um sentimento muito piegas. Também não consigo entender por que eles se dão o trabalho de montar uma dinamite especial que mata demônios e exige muito esforço no preparo, pra usá-la contra três diabinhos. Se é pra fazer isso, não é mais fácil matar logo uns 20, pra pelo menos compensar?

O episódio que Prometeu tudo e entregou nada

Veredito

Não se enganem, eu gostei muito da oitava temporada de Supernatural. Todos os defeitos que destrinchei ao longo do texto são coisas que estão presentes em praticamente toda a série, mas que só agora eu consegui elaborar com mais precisão. Sim, há um estilo muito repetitivo, um roteiro pra lá de frágil e personagens que entram em loops constantes, sem parecer evoluir propriamente. Por outro lado, a trama principal foi um acerto, e o enredo conseguiu encontrar um equilíbrio melhor entre histórias de um só episódio e o objetivo final. Eu realmente me diverti enquanto assistia, ficando ansioso pela investida seguinte. Nota final: 3,3/5.

Ela tentou… ela tentou tankar o Crowley

 

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Nota: caso eu tenha usado algum termo desconhecido para vocês, meus queridos e queridas leitoras, não hesitem em acessar esse post aqui, ó: Glossário do Leleco

Nota nº 2: quer conhecer melhor a história do blog e os critérios utilizados? Seus problemas acabaram!! É fácil, só acessar esse link: Wiki do Leleco

Nota nº 3: bateu aquela curiosidade de saber quais exatamente são as notas das temporadas, sem arredondamentos? Se sim, dá uma olhada aqui nesse link. Se não, pode dar uma olhada também: Gabarito do Leleco

Nota nº 4: pra saber sobre quais séries e temporadas eu já fiz críticas no blog, é só clicar aqui: Guia do Leleco

Nota nº 5: sabia que eu agora tenho um canal no YouTube? Não? Então corre lá pra ver, uai: Pitacos do Leleco

 

~ NARRAÇÃO SPOILENTA: NÃO LEIA A NÃO SER QUE JÁ TENHA VISTO A TEMPORADA INTEIRA. O AVISO ESTÁ DADO ~

 

  • Episódio 1: a estadia do Dean no Purgatório literalmente não durou mais do que um episódio. Depois de um ano preso, ele voltou à Terra e reencontrou o Sam. Dean ficou putinho com o Sam porque o irmão teve a AUDÁCIA de seguir com a vida após seu desaparecimento. Depois, as coisas se resolveram e eles começaram a procurar pelo Kevin Tran. Encontraram o profeta, que descobriu um jeito de fechar as Portas do Inferno pra sempre. Acho que o Crowley não vai gostar disso, hein?
  • Episódio 2: o drama entre os irmãos praticamente acabou. Eles decidiram ir atrás da mãe do Kevin Tran e resgataram-na dos demônios. Todos acabaram indo pra um leilão a fim de pegar a tábua com a Palavra de Deus. No fim das contas, o Crowley escapou com a tábua (não sei por que o Dean não correu atrás dele, mas beleza) e o Sam tacou o Mjolnir em um assassino de virgens. Sim, ele é digno. Ah, o Kevin Tran sumiu novamente depois de sua mãe ser possuída e despossuída.
  • Episódio 3: o primeiro filler da temporada, mas foi bem legal. Os irmãos foram atrás de um caso em que as vítimas tinham seus corações arrancados. No final das contas, era culpa de um atleta dos tempos maias que fez um pacto com um deus e tudo mais. Ah, o Sam disse pro Dean que vai parar com a vida de caçador assim que acharem o Kevin e a tábua. Aham.
  • Episódio 4: este aqui foi massa. O episódio quase inteiro passou pelas lentes de três jovens universitários, quando um deles é mordido por um lobisomem ancestral lá. Dean e Sam aparecem nas filmagens, como coadjuvantes investigadores. No fim, dois dos três jovens morrem e uma menina transformada foge. Dean decidiu deixá-la, optando por dar a ela o benefício da dúvida de que não arrancará corações humanos, apenas de animais.
  • Episódio 5: conhecemos mais sobre Benny, o vampiro com quem o Dean passou um ano no Purgatório. Gostei do pessimismo do personagem, deu uma dinâmica de descrença com tudo, até com a própria vingança. Depois de ele e Dean derrotarem os vampiros que traíram Benny, Sam descobriu que o irmão ressuscitou um “monstro” e ficou putaço.
  • Episódio 6: eu não entendo essas tretas dos Winchester. Dean ficou bravo porque o Sam não procurou por ele. O que o Sam deveria ter feito? Procurado onde, exatamente? Acho que não tinha nenhum jeito de saber onde o Dean tava, a conclusão mais lógica seria o irmão ter morrido mesmo. Quanto ao Sam ficar com raiva do Dean ter escondido o Benny, faz um pouco mais de sentido porque o Dean matou a Amy, aquela amiga do Sam, simplesmente porque ela era um “monstro”. Ainda assim, discussões bestas demais. Sobre o caso do episódio, Garth voltou como sucessor do Bobby e os três derrotaram um Espectro Vingativo Confederado.
  • Episódio 7: a história principal andou novamente, com o Kevin perdendo um dedo e a Palavra de Deus sendo quebrada em duas. Castiel voltou do Purgatório e botou o Crowley pra correr. Além disso, revelou pro Dean que ficou no Purgatório de propósito. Tomara que isso acabe com o arco de “sou responsável por tudo de ruim que acontece no mundo” do Dean. Ah, e que doideira é aquela da Naomi controlando o Castiel?
  • Episódio 8: ah, esse foi muito legal. Dean, Sam e Castiel investigaram alguns eventos que pareciam desenhos animados na vida real. No final das contas, a culpa era de um idoso com poderes psicocinéticos que afetavam todos à sua volta. O capítulo foi cheio de pequenas reviravoltas até descobrirmos a verdade, e foi legal ver o Castiel com os Winchester.
  • Episódio 9: mais um desdobramento de Benny. Um vampiro matou gente numa cidadezinha e Martin, um outro caçador, avisou Sam disso. A galera viajou e o Dean descobriu que na verdade foi outro vampiro. Pra ganhar tempo, ele fingiu que a Amelia estava em perigo e o Sam saiu correndo de lá. Martin ficou puto com o Dean acreditando no Benny e tentou matar o vampiro, mas Benny o matou antes. Fico triste com uma notícia dessas! Na história do Sam, descobrimos que o Don, marido da Amelia, na verdade não morreu e o Sam escolheu ir embora pra não causar confusão.
  • Episódio 10: muita coisa aconteceu aqui. Dean interrompeu a amizade com o Benny porque o Sam não gosta. Sam escolheu não ficar com a Amelia pra poder seguir na vida de caçador. Aliás, essa rixa entre os irmãos já tá me enchendo o saco. Eu entendo os dois lados, mas ambos já fizeram bosta. Dean tá certo em acreditar no amigo, Sam tem razão em ficar puto com o estilo “dois pesos, duas medidas” do irmão, pelo fato de ele ter matado a Amy na temporada passada. Mas velho, já passou. Não vai adiantar nada eles ficarem remoendo, e isso tá empacando a história. Além desses acontecimentos, os irmãos e Castiel resgataram o Samandriel da tortura, mas Castiel foi obrigado a matá-lo pela Naomi, porque ele revelou ao Crowley a existência de uma placa de como aprisionar anjos. Tenso.
  • Episódio 11: Dean e Sam reencontram a Charlie no meio de um jogo gigantesco de RPG. Uma galera começou a morrer de verdade e eles descobriram que tinha a ver com um dos jogadores, que aprisionou uma fada. Foi um episódio legal de ver por causa da criatividade e da leveza da trama, apesar das mortes. Dean e Charlie são muito bons juntos, e foi sensacional ver os Winchester participando da batalha fictícia.
  • Episódio 12: episódio surpreendente. Sam e Dean encontraram Henry, o pai de John que viajou do passado pra fugir de uma demônia chamada Abaddon. Inclusive, é por isso que o Henry meio que abandonou o John, porque ele acabou morrendo no futuro, pra que seus netos aprisionassem Abaddon. Conceito interessante.
  • Episódio 13: a série realmente interrompeu de vez a temática das placas e decidiu investir na trama dos Homens de Letras, a sociedade secreta de caçadores da qual o Henry fazia parte. Acho legal explorarem dois grandes arcos na temporada, mas, por algum motivo, não gostei muito desse núcleo dos nazistas e tudo mais. Achei meio tedioso, sei lá, mas pelo jeito essa briga entre Thules e a Iniciativa Judá ainda terá próximos capítulos. Pelo menos serviu pra dar uma espécie de “base” pros irmãos Winchester trabalharem. E, mudando um pouco de assunto, queria falar rapidamente sobre a sexualidade de Dean. Não sou ninguém pra cravar isso, mas faria total sentido ele ser pelo menos bissexual. Alguns indicativos são sua necessidade de reforçar a heterossexualidade a todo momento, suas relações fortes com outros homens – companheirismo e conflitos com Sam, amizade com Cass, idealização de John, irmandade com Benny. O Dean tem essa tendência de se conectar de forma muito intensa com outros homens, e a sexualidade seria uma boa forma de explicar essas dinâmicas. Ou talvez isso tudo seja apenas fruto dos daddy issues, ou seja, o Dean tentando performar a masculinidade advinda da falta de um exemplo masculino constante em sua vida. Mas sei lá, talvez eu esteja viajando, não sou nenhum psicólogo. E muito menos coach
  • Episódio 14: este episódio deu uma quebrada na trama nazista e voltou pras placas. Kevin descobriu que, pra fechar as portas do Inferno, é preciso completar três provas. A primeira delas é se banhar com o sangue de um cão do inferno. Os Winchester investigam uma família que vendeu a alma ao Crowley e, no fim, o Sam se banha no sangue em vez do Dean. Ele deve ter ficado bem contrariado por não ser o protagonista da vez. O episódio foi bão, mas achei meio confuso os irmãos continuarem na fazenda depois que uma das filhas do bilionário morreu. A conclusão lógica seria ela ter feito o pacto, mas eles tiraram de não sei onde que poderia ter mais uma pessoa fazendo pacto. Segundo eles, era porque a família tinha descoberto petróleo onde não existia. Mas, novamente, a conclusão lógica seria a filha que morreu ter feito um pacto pra conseguir isso. Achei meio nada a ver.
  • Episódio 15: os irmãos vão atrás de um bruxo que salvou a vida deles algum tempo antes, e descobrem que ele supostamente está matando pessoas enquanto dorme. Na realidade, era um outro bruxo implantando memórias falsas. Com a ajuda de uma mulher-cachorro, eles eliminam o bruxo do mal e o bruxo do bem foge com sua companheira. Foi bem filler, mas teve o Sam tossindo sangue no fim e claramente omitindo algo do Dean (como sempre) depois de ter se banhado no sangue do cão do inferno.
  • Episódio 16: pior da temporada, disparado. Inventaram uma trama de mitologia grega que tinha potencial, mas ficou uma bosta. Depois de verem um cara que não parava de morrer, Sam simplesmente CHUTOU que seria o Prometeu, sem nenhum tipo de prova concreta. É claro que na verdade era de fato o Prometeu, porque não daria tempo de colocar uma reviravolta. Botaram um menino aleatório lá pra morrer constantemente também e fazer a gente se importar com seu destino, só que não. Aí apareceram a Artemis, que parecia uma personagem de Arrow, e Zeus, um cara qualquer de terno. No fim, com a força do ódio, Prometeu enfiou uma flecha nele e em Zeus e resolveu o problema. Tudo foi ruim no episódio: caracterizações, diálogos, enredo. Mas ok, vamos lá.
  • Episódio 17: a trama voltou pro enredo principal e a Meg retornou. Infelizmente, o Crowley a matou. Infelizmente porque é uma das melhores personagens da série, mas sempre subutilizada. Em outra frente, o Castiel se livrou do controle da Naomi com a força do romance da amizade com o Dean. Meio preguiça disso, sinceramente. Por que toda história que envolve uma pessoa sendo controlada por algo sempre termina com outra pessoa a convencendo a sair? É sempre “pare, você não é assim” ou “sei que você ainda está aí dentro”. Blé.
  • Episódio 18: série voltou com outro filler, trazendo de volta uma personagem secundária da temporada passada. Três adolescentes se tornam jovens Caçadores, sendo manipulados por um Caçador mais velho. Os Winchester o desmascaram e ele se mata, e assim os jovens decidem abandonar a vida de Caçadores, optando por continuar juntos naquela casa. Mas as perguntas que ficam são: como eles pagarão as contas, sendo que nem trabalham e só estudam, e como explicarão o “sumiço” do antigo habitante daquela casa? Isso não daria problemas com o Governo? Acho que tô dando crédito demais pra Supernatural, sinceramente.
  • Episódio 19: pra realizar o segundo teste, Sam vai pro Inferno e passa no Purgatório antes. O objetivo era tirar uma alma inocente e levá-la pro céu. Convenientemente, eles descobriram que o Bobby estava lá. De um jeito inexplicavelmente rápido, Sam encontrou Bobby no Inferno e o levou até o Purgatório. Dean precisou enviar o Benny pra lá a fim de mostrar o caminho de volta pro Sam. De um jeito inexplicavelmente rápido (de novo), Benny encontrou o portal e se sacrificou pra que o Winchester pudesse passar. R.I.P. Benny.
  • Episódio 20: a Charlie tá de volta, e eu não gostei muito dela aqui. A cada cinco minutos, tinha que fazer uma referência nerd, o que me deixou meio com preguiça. Quanto à história, os Winchester e a Charlie caçaram uns djinns genéricos lá, a Charlie se despediu da mãe moribunda, e o Dean deu um abraço caloroso no Sam.
  • Episódio 21: os irmãos vão atrás do Metraton, o escrivão de Deus. Eles o encontram e descobrem que ele passou eras escondido e sem saber o que rolava no mundo. Basicamente, se acovardou e se isolou de tudo. Pelo menos, resgatou o Kevin das mãos do Crowley, e agora Sam e Dean sabem que o último teste é “curar um demônio”. Ah, o Crowley tomou a placa dos anjos literalmente de dentro do Castiel, mas o Castiel conseguiu escapar e se encontrar com os Winchester.
  • Episódio 22: ok, o roteiro foi bem idiota neste episódio. É sério que o Sam e o Dean poderiam ter ido atrás de qualquer demônio fracote de encruzilhada, mas escolheram logo a Abaddon, uma das mais poderosas de todos os tempos? E além de tudo, deixaram-na sozinha só pra atender a chamada do Crowley? Esse tipo de coisa frustra demais, porque é só roteiro ruim, não tem outra explicação. E que pena que a Sarah lá morreu. Não que eu lembre dela na primeira temporada, mas aparentemente foi alguém importante naquela época, principalmente pelo seu romance com o Sam.
  • Episódio 23: então. Aos 45 minutos do segundo tempo, Dean falou pro Sam parar com o terceiro teste porque ele iria morrer no processo. Achei isso meio esquisito, porque era meio óbvio que provavelmente o Sam morreria, e eles desistirem de tudo no fim é um insulto ao Kevin e à temporada como um todo. O mais ridículo foi o Dean dizendo que nunca jogaria nada na cara do Sam, sendo que ele literalmente fez isso no começo da temporada. Personagem mais hipócrita da série. E acabou que o Metatron era mentiroso, matou a Naomi e fez todos os Anjos caírem na Terra como se fossem cometas. Ah, e o Sam expulsou a Abaddon, mas é claro que ela ainda vai aparecer.

 

~ FIM DA NARRAÇÃO SPOILENTA. A PARTIR DAQUI PODE FICAR DE BOA SE VOCÊ AINDA NÃO VIU ~

 

+ Melhor personagem: Kevin Tran
Demorou 20 episódios pra eu chegar nessa conclusão, mas, assim que ela veio, fez um bocado de sentido. Kevin foi o verdadeiro herói da temporada, o que mais se sacrificou para que os demônios fossem derrotados.

Kevin Eleven

+ Melhor episódio: S08E08 (“Hunteri Heroici”)
Na plataforma TV Time, eu sempre avalio todos os episódios que vejo, dando cinco estrelas apenas pra aqueles que realmente se destacaram. Nesta temporada, o único que dei nota máxima foi este. Apesar de se tratar de um filler, a história é tão criativa que pra mim foi a melhor de todas. E, pra quem é novo no blog, nem sempre a imagem ilustrativa tem a ver com o capítulo, ok?

Ela é diferente das outras garotas :3

+ Maior surpresa: Benny
No início, ele não parecia ser nada demais. À medida que a trama foi se desenrolando, deu pra perceber bastante os seus méritos. Além disso, a sua amizade com o Dean foi tão singela que forneceu uma nova dinâmica na série.

Olá, tudo Benny?

 

Ei, você! Tudo joia? Pois é, eu também tô bem. E já que agora temos intimidade, comenta aí o que cê achou da temporada. Opiniões são sempre bem-vindas, e é importante lembrar que nos comentários spoilers estão liberados. Se você não quiser vê-los, corre logo pra assistir e depois volte aqui, beleza?

Publicado por Luiz Felipe Mendes

Fundador do blog Pitacos do Leleco e referência internacional no mundo do entretenimento (com alguns poucos exageros, é claro).